Femea

PAGINA 17~ ANTONIO TAVERNARD uma roubada por sordido mecO que a espanca e gos'a com turpitude, a outra, pelo convento que llie acenava com o céo. Quiz dar o paraizo ao sapo, e o charco ao archanjo. · Falhei, tinha que falhar. Não sou neurasthenico e, muito menos, rie– vropatha. A minha arvore ancestral não registra nenhurn ramunculo luuatico ou alcoolico. E, no en– tanto, di~gnostico-.me anormal. Sinfo o, sei-o pelas minhfls attitudes que pôem sarcarmos onde eu pla– ·nejava collocar carinhos, e vice-versa. · Amigos? Amantes? Ah! ... O ultimo, intimo, do peito, .fraterno falsificou-rne a assignatura numa letra apocripha de uns tantos mil róis que paguei sem reciamar. Apreçava muito baixo a amizade ... A derradeira, garrula paulista de olhos côr de chá, ingeriu arsenico porque alludi a abandona! a, estrebuchou, mereceu dos jornaes o cognome es– palhafatôso e antecipado de suicida por amôr, foi, á minha custa, para o pensionato de caríssimo sa– natorio de onde sahiu á custa do medico que a tratára. ' · O meu unico parente, um tia avarento e my– santrôpo que, numa tarde, me_ esbofeteou por lhe ter pedido dinheiro, estourou, 'apoplético, ha dous annos, legando a sua fortuna á hospitaes e, a mim, velha Bíblia de edição quinhentista. Qualificam-no de benemerito. Eu, tambem. Consid,ero-me desastrado até nas minhas ac– çõ(;)s mais enaltecidas pelo vulgo. De urna feita, numa praia de veraneio, durante forte ressaca, á custa de esforços titanicos, arranquei das aguas um lJomem prestes a se afogar. Era um thysico no terceiro gráo. O governo federal concedeu-me a

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