Femea

PAG1NA 166 ANTONIO TAVERNAHD Morava uma certêza na pergunta. Elia con– firmou-a: -Sim! Mas é ·muito tarde , .. · Desvario. Depois de uma profissão passional, não existe muito tarde porqu~ expirou à razão, a logica esvahiu-se, simplificou-se o absurdo. A alegria e a sobêrba embriagaram-no, gri– tando-lhe: «E's o senhôr; ella, a · escrava. Não \ deixes fugir a 1ruprema occasião ! ». Uma rema- . nescente · achêga de consciencia sussurrou-lhe : · «Lembra -te que ella casa .amanhã e que estás tu– 'berculôso ! i>. Foi isso que os perdeu. A certêza de nã'o po– der traz a possibilidade. · ·Enclavinhou os dêdos nos hombros esculptu– raes que a .sêda chrvstal cobria levemente. · : Ella, por sua vêz, surprehendia, em séus la- . bios, supplicas de beijos, na lassidão dos muscul0s, . ansias de amplexos, em todo corpo, emfim, fre· mitos anhelantes de gôso. A Maria Romana imp\l· dica e vesanica resurgia ua filha. . Em· ambos, os sentidos desbridaram-se, rugiu a carne~ preponderou a materia. Enliamaram-se, jungidos como parasitas a um tronco. Machuca,· ram-se em apêrtos deniorados. Rolaram sobre a .côlcha da praia, sob o cortinado das luminosida- des pallidas do · luar, na camara nupcial da noit~ gloriosa. E possuii'am-se-ella, na vespera de ser dê outro; elle, quando já não era de ningueri1 . .. . ·········· ··········· ... ........... ................. , ..... ············ -Almo! .. . -Alba! ... ·. .} . .. . ······················· ···················· ........... ························

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