Femea
DENTRO DA NOITE Ao meu lio Baymundo Tauernard . O minguante afoiçado era _um esgalgo a lchi- . mista a querer, no laboratorio da noite; transfor. mar o carvão das trevas na prata do luar. Arrisca. '. va timida scentêlh~ logo apagada. Persistia, porém. .Outro reverbero, mais outro até que, de s nbito, triumphante, conseguiu o milagre. E foi um alas– tl'o argent.eo, límpido de iuz pallida por todo o fir- · · mamen_to, escorrendo pela terra immovel, encapu– lhando a agitação do mar que, agora, assim illumi– nado, phosphorando, lembrava enorme earrapaça de · moí1strn cavalgada por bilhões de pyrilampos. De quando em quando, num rouquêjo de le· viathans exhaustos, um vento varava o silencio pondo. zum zum cavos e sinistros no arcabouço férreo dos -galpões do pôr to. · _ Debuxado na sombra, os contornos alvaiados, o edifício da Port-of-Pará tinha quaiquer cousa , de· tumulo descommupal, · de mausoiéo cyclopico ,. destin 0do a encarn13irar ossadas de briareus. Por tri;iz delle, o areal h.rniluzia, como um deserto em .-. 1uiniatuta õentro do qual os vultos dos benjamim: . assemelhavam-se a pigmeus beduínos embuça<lps ,: em albornozes escuros, paralysados ante o !~minar da cidade que, como uma Kaaua 'aclamantina, lam– pejava no alto da rampa. ·
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