Femea

PAGINA 142 AiSTON'lO TAVERN AHD tuam, como corrique1r1smo, digno ·de louvôres ou merecedôr ·de lastima. E por àssim ser, é que al· guem, que tudo · daria em holocausto á pereme fé· licidade do ente amado, nã-o medindo .saef'ificio;- ln· tando, ás vêzes até contr[l o impossiv·e.J, sentir-se· ia o mais .desgraçado doR' ·homens se, ao partir, aqu. lle não ficasse entre dôl'es, aculeado de ma- goas, triste, infeliz. · . . A lagrima, em amôr, consolida á obra iniciada pelo sm·riso pois, se ·este é o baptismo, àquelle é a. confirmação. Para a seára dos 'sonhos passiona· es, a acção conjuncta de _ambos se faz tão impres– cindível corno a do sol e da chuva para as mes– ses e vinhêdos. Della ·depeúde o séu viço: A dos de Gustavo tev.ê-a, em abund~ncia, du– r.ante dous annos . No entanto, murchou, feneceu extinguiu-se . Porque? Porque, . em Celia Maria, tudo· aqumo não passava de mero namôro sem consequencias, banal, fragil e quebradiçó,"cousa pe. quena e insignificante. E·, sem reparar que, no môço, dava-se o contrario-que o que para ella era quasi nada para elle era tudo, a grande ini:. ciação, a explosão dos seus intimos anseios vagos e indefinidos em explendida ·realidade, não, ape.:. nas, ·miragem illusoria, mas ·pôrto de chegada pará onde, sem reflectir, abicára a náo do seu tempera~ meu to , emotivo, o velame das illusões tumido ao galerno dessa primeira aventura amorosa, primej· ra e ultima, unica-porque, no seu 'coração volµ~ vei e romanêsco, outro homem soubesse chantar dolirante paixão rompeu com Gustavo numa carta laconica 1 .requintando-se na crueldade de escrevi:ir ctirecta ·allusão ao seu novo amiôr. ; · ; Eüe 1~~cebeu-a ao voltar dà aula 'de anatomia.

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