Femea
FEMEA nura que derramára, emocionado como um, noviço ao professar, eila só achou uma palavra, apenas, uma unicl;l, mas que, ao soar, foi clarão que illumi– na, musica que encanta e eloquencia que arreba– ta:-« Sim l•> Enamoraram-se e, durante um mêz, minuto pela duração e século pelo numero de felicidades que conteve, fruiram simples e deliciôso idyllio como o da briza e do jasmim, do orvalho e da relva, do sabiá e da larangeira, idyllio em que o amor so soube rebuçar-se no alvo véo da candura e da in- nocencia. . Mas a saude revigorára-se ... as aulas espeta· vam e ... elle teve que partir. Quanta promessa, quanta jura na despedida !... Phrases triviaes que nunca esquecemos, que ficam como que tatuadas no nosso espirito, cercando-nos de um ambiente 'especial, compôsto, talvez de um pouco de egoismo, de orgulho transcedente e de muito de dolorosa emoção, o ambiente de quem parte soffrendo, deixando a soffrer alguem que ama e por quem é amado. O amôr é bem o precipitado resultante da combinação do natural com o absurdo. Tem, a lo• gica da loucura. Vê a: tudo por um prisma seu. Para elle, não existe nem ridiculo, nem exaggero, nem escandalo, nem contrasenso, nem paradoxo em cousa alguma que lhe dicte .a vontade, em acto algum d'onde julgue provir· a sua ventura. O mun– do exteriôr, dentro do .qual os amantes só na ap· parencia se sugeitam aos seus preconceitos e nor– mas, soffre-lhe contínuos estupros, successívos golpes nos quaes o que aos outros espanta, hor· rorisa ou faz rir se apresenta, para os que o cul-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0