Femea
PAGINA 132 ANTONIO TAVERNARD -~ão. Falta, apenas, dobrar aquella esquina. Silenciamos, emquanto eu accendia um cigar· ro. Depois, ao continuarmos o caminho, metti o pé num. enlameado cfiarno de onde houve saltitan· te fuga de sapos. -Irra! Que idéa disparatada · a tua ! -Não reclames, rapaz. O e-spectaculo paga a pena . '-Então, esse santão; esRa mistura de fakir e puçangueiro tem mesmo algurna cousa de curiôso? -Verás! ... Verás! ... Contornamos o canto, encostando-nos á pare· de para dar passagem a grunhidôra varn de porcas e bacorinhos. Adiaµte, a poucos passos, pelas frinchas de urna choç~, escorriam estrias anrnrellaças de luz .e indefinivel toada cantada em surdiúa . ' -E' alli. Bntemos. Dentro, do socêgo recem-estabtJlecido pHla brusca mÓrte da cantiga: urna vóz rouca per– guntou: --QueP.1 é? -Gente irmã.-respondeu Claudio. O rectangulo da porta entreabriu-se em diffi-::. culdades rle empenamento e num rangir de dos bradiças enferrnjaclas. Entra111os. O aposento, dé chão batido, parêdes de taboa, cobertura .d e jus– sára escurecida J)fdo fumo sujo ela lamparina, pe '· queno e abafadiço. delineadp em in~erto feitio de ootunda truncada, abrigava cin.co ou seis vul,tos a{Jocoraclos a chupar compridos cachimbos de ta· qu~ry, que, á nossa entrada, mal levantaram os olhos. numa lethargica indifferença do pouco caso: Saudamos:
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0