Femea
PAGINA 117 F.~~ M IôA Por fim, despeiando se do receio , a vóz timi– da àa mulher articulou : -Jango, é preciso você resolver-se sobre se o Joãozinho vae para a escola ou para a officina. -Já resolvi. Vae prn officina. -Mas ... ' - Não tem 11ias, nem meio mas. Quem manda sou eu, e, acabou-se. Deppis, o meu filho tem que ser analphabeto como o pae. Filho de pobre não tem luxo. E' pl''o trabalho, é pr'o officio. Isso de lêtrns é só pr'os ricaços ... A m'ulhet' desatou a chorar, conhecendo a tei, mosia irrecluctivel do companheiro, sabendo que: porisso, o filho , para quem sonhára, como todas as mães, um futuro explendicto e gloriôso, estava · condemuado á mesm.a grilhêta que prendia o pro– genitôr. Encolerisaclo, Jango largou forte punhada sobre a mêsa . cobriu a esposa de apôclos, amea– çou espancai-a, ecabando iJot' mandai· a dormir mais o peqúeno .. Suffoeando os ais. lá se foi coitada para o cu– biculo visinho, dolorosa qual a l\latE:r do Calyario, porque o sou filho, sangue do seu sangue, carne da sua. camé, ia ser, tambAm, crucificado no Golgo· tha da i,gnorancia. E, á mãe e ao filho, nessa espe· cie de Via- Cr1teis, ainda flagellou, pelas costas, a gargalhada mordaz do perver3o. · . Só na. sala, o oJ..)erario fechou a janella, apa– gou a lampal'ina e deitou-se, fi:.;ando, alguns ins– tantes, a escutar, distrahido o uivar da: ventania desencadeada .. Depois, quiz adormecer. l\las, o somno fugiu-lhe'. E assim rolou, horas inteiras:, na maqueira estreita e incommoda, até que uma vaga ..
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0