Femea
PAGINA 114 ANTONIO TAVERNARD Tirei suas roupa. Com a camisa, puz-lhe uma morda– ça·na' bocca, naquella bôcca de crumichama que sa– bia menti tão bem corno sabia cantá. Deitei ella na rêde onde Illidio, emborcado, os pêllo do peito duro de sangue; parecia um juda cheio de palha e borrado de vermelhão. Amarrei el!a a elle com a corda d'ella extendê roupa, bem cochadinho. Sa· cudi-lh8 uma canéca d'agoa na cnra: amarellà que nem 'taná, ·e, qnando vi ella tremê, abl'i os olho e olhá o seu pnr. sahi, trancando · a porta, deixan– do os dois, lá clentrn, uniclinho que nem carôço de piquí. E!la disse que ia fazê as tl'es hora de ago· nia ? Fêz, pruriuê só adispois de tres hora vim avt· zá o senbô. Rascante ao esfrolar o papel, ·a' penna tremia na mão do escrivão. Eu olhava sem ver, ouvia sem reflectir, no · estupôr de evocar o mal'tyrio phantastico daquel– ~s tres horas tragieas que receberam um môrto e uma mulher sã, e restituirarn um môrto e uma louca. Ao lado, encostado á parêde, .o cabo, um ne· g_rnlhão testemunha de tantas b'a1'baridades, em· pallidecêra sob a pelle côr da noi,te: ·
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