PARÁ. Presidente da Província (1882 : João José Pedrosa). Falla com que o exm. snr. dr. João José Pedrosa abrio a 1ª sessão da 23ª legislatura da Assembléa Legislativa da Província do Pará em 23 de abril de 1882. Pará: Typ. de Francisco da Costa Junior, 1882. 62 p.

,. •. .•.•.. ' ................... ·-....... .. •,•,. ..............._ ..._. ·-· ... '.•.. .. ..... . .__._. .. ·.· ._. ......... ..........._........•:•.•. ~ ....... :" ...........!•. !! ~~ ••• pirarucú seccó e farinha d'agua; expostos a fehres intteqnitent~ e paln<losas qne os diúmão ás vezes por familias inteir{ls; obrigados a penosas viagens, se iirào d~ uni dia de trabalho lucrn que out1:a industria da provinci;:i, lhe:; nijo daria em muitos dias , voltãp ao lar tão pobres quanto sahirão, representando assim o ·pa_pel de verdadeiras machinas de trabalho para gozo alheio. Esta deploravel situação, muitas vezes npt~µa por itdministra– dores e escriptores, ha feito dizer como o Sr. conselheiro Araujo Brusque em 1862, que, encarada por este lado, semelhante indus– tria é fatal aus verdadeiros interesses do Pará, porque, emquanto deixa lucro av,intajado aos que recebem o producto já p1:epàrado e aos cofres publícos, nada .aproveita ao geral da população, tiran_ do-lhe o incentivo para a cultura da terra e para oexerci-ci~ de ou– tras industrias: affeiçoando-a á vida nomada, aventurosa e desre– grada dos seringaes, estagnando, emfim, ento1·pecendo e contraá– ando o progresso do trabalho amparado pela ecollOIJlia. Aquelle previdente administrador observou o perigo e apon– tou,.o, deixando escriptas ha 2ú annos as seguintes palavr~s: ( Comparai a estatística de alguns ramos de proJucção de v0ssa província no tempo em que florescião, com a época do de– senvolvimento da industria da borracha, e não dexareis de reco– nhecer que as lavouras do a]g·odào, do .arroz , elo café e <la cana de assucar forào supplantadas pelos fabulosos lucros, que esta outra offerece; e ainda mesmo agora outras não se desenvolvem por fal– ta destes braços, que outro emprego não procurão. • Não esqueçamos ainda que os seringaes vão sendo destruí- , . Jos, e que o producto, que delles nos provém, deve qiminuir para o futuro, que registrará então nos annaes de s·ua historia o tempo . . - 9-ue perderam os emprehendedores desta industria, e os males que soffreu a popnlaçã? que a e1la se dedica. « Não rz condemno senão porque. considerando ·está industriá, conforme se passão as scenas de sua existencia nesta pr~vincia; os . . homens, que a exercem, são represeritàdos como quantidades iner- tés ou cifras exi_sfontes no fim de uina cohmma de sommâr, como / .

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