PARÁ. Presidente da Província (1882 : João José Pedrosa). Falla com que o exm. snr. dr. João José Pedrosa abrio a 1ª sessão da 23ª legislatura da Assembléa Legislativa da Província do Pará em 23 de abril de 1882. Pará: Typ. de Francisco da Costa Junior, 1882. 62 p.
••• • •..... '• •••• ••• •• ••• •••• ' ... ........ ............. . . . .... . ....... ......... -......... ....... .. ...... ...... ... .......... . .. ~ . . ........... ,1,,......... -r,=t...... ~ntes de tudo convém não esquecer que é sempre perigoso para uma grande região confiar só n'um ramo do trabalho, por -mais lucrativo que este seja. A verdadeira prosperidade só pód-e · resultar do concurso de variados empregos .da actividade, e quan– do sobrão no Pará como no Amazonas elementos de riqueza, fôra. imprevidencia não procurar activar a sua agricultura, hoje não só estacionaria, mas decadente. A canna de assucar, por exemplo, encontra ali todas as dese– j:1veis condições de cultura vasta que, .estimulada, poderia alimen– tar uma industria remuneradora. O algodão e o arroz não encontrão no Pará sólómenos apto do que onde mais florescem. Entretanto, na_ da prospera senão a iridnstria daborrnckt, e, digamos a verdade, já que é pouco sabida, apenas em proveito do fisco e dos intennedia– rios, ,A população, essa não participa da riqueza da• industria; a sua sorte é lastimavel. -A ,bonacha paga no Pará, por direitos geraes, provinciaes e tnunicipaes, 24 ºI<> ! O que importa dizer que se tal proclucto cons– .tituissc um monopolio do Estado, com certeza não tiraria o fisco proveito igual a tão fortes direitos. _ Quem souber que o tratado do Brazil com o Peru garante o livre transito pelos rios e fronteiras, e que: no littoral fluvial da– quelle Estado, é completamente livre de impostos o commercio de importação e exportação, avaliará em que esc ,la se effectnará o contrabando, tanto mais que a verdadeira região da fiiphonia ,Elastica se ac'ha na parte superior do Amazonas, abrangendo os •valles do Madeira, Purús, J uruá, J ulahy e J<wary, região de 200 leguas de comprimento e l '20 de largura, que é cortada pela linha fronteira. entre a foz do Beni re a vertente do Javary. · Já.·hoje é de taes rios .que vem a maior porção de borracha e boa partcda~popu.lação brazileira, que ali se emprega na extracção, ha transposto a fronteira em diversos pontos do lado sul. A re·visão dos nossos tratados de transito com as republicas ribeirinhas é, pois, necessidade urgente,- por que a continuar o _ãctual regimep, sendo absolutamente ii;npr~ticavel reprimiÍ· efficaz- •
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