PARÁ. Presidente da Província (1858-1859: Monoel de Frias e Vasconcellos. Falla dirigida a Assembléa Legislativa da Provincia do Pará na segunda sessão da XI legislatura: pelo Exmº. Sr. Tenente-coronel Manoel de Frias e Vasconcellos presidente da mesma Provincia em 1 de outubro de 1859. Pará: Typ. Commercial de A.J.R. Guimarães, 1859. 74 p.

Jt- RELATORlo.· · sólo da . ·Col011ia ê nà verdade 1ãixo. e: alagaüo, em , parte,·_por occasiãa-#dàs chê1cis: do- equinoxio, segundo nie~ informão; mas se for con– ,.Yenienremente vallado pode offerecer taboleiros _enchutos e isentos das e-Irn:ias. ordinarias. · ": Na: 1pínião• de pessoas competentes o alagamento da -Ilha póde tor– na}- ·-tmpropria para moradia de colonos, pois . que ali ap·parecem febres intenpite'!1,tes, posto que isso te11;ha logar em toda a , Provincia nos luga-.,, res situados á màrgem e proximidade dos •rios; mas ·da mesma cir– cupsta~.cia do alag~nien'to pode o genio do homem tirar proveito ~ para o agricultura e industria, pondo em contribuição às aguas que alagão o ter- reno, como motores - de machinas. · : : : , ~ Entretant9 o ímcleo que ali se formóu não. é para despresar-se; é uma base que apresenta condições~tle prosperidade, .e que espera a força viva para progredir . · Al~m da casa de moradia do proprietario, · chefe da Colonia; ha ali uma capella em c91;:tstrucção, diversas e pequenas habitações, modes– tas, pôrem propriàs para os Colonos e s1:1as familias, um engenho para moer canoa, .movido por agua, bem que poucQ,, aperfeiçoado, um outro de serrar ma~eira e de serra vertical, 9utro nov? e ·gi.perf.eiçoado • para canna, que amda não está montado. .. . . • · Os colonos- e suas familias parecerão-me satisfeiti;is, e com apparen- cias de sande e robustez. · . - - ·. - A colonjsaç~o, . como sabeis, é ainda um problema a resqlver . em llQSSO P.ê!IB, .Diyersos, systemas já tem ido ensáiadits, outros - se ,. ensaião, mas quâJ:d'êUesserá o melhor, . qual ã' elies · progusira . res~ltados mais vantaJososze o_que a experiencia só nos poderá diser ~mais tàrde. Gomo que.r!2 porem que seja, - c_umpFe , acoroçoar aquellas émpresas coloniaes, que forem baseadas em boa fé; pois que' a colopi~ação traz .o aug– wentoÜa n0s.sa popufação, e da nossa industriã product1va, constituindo .assim uma necessidâde: urgentissima para não ser -attendida, a fim: deq..ue o futuro de -nosso p_aiz não s( a:presente com côres ~tân_i C!'),rregàdas.. . · .. . Feliz·mente- apparecem alguns genios emprehen~dedores e _perseveran- ,,. te,:que lútão, ssm ~fübargo dos revéses, com ~as difficuldade8, e com ·os ri– gores áa .sorte na irrténção firme de "\,'.encerem todos os. obstaculos, .~ ou ele morrerân combatendo-os. , Do reiatorio do _Empresario, conhece-se o seguinte. Habi_litado_com poucos meios, o empresario da Colonia do O' re– correo . ao Governo da Província, sollicitando um empre:itimo pela êaixa · de eolonisação, creada no Tbezciuro Publico. ~. .Obt§ve a q1!antia _de 8:000$000, ({;:te._ pouco depois escapou de suas mãos cem a_ fug_~ d~ uns colou.os < e com a morte de outros; ficando êlle soh_rl:lcarregado~com essa divid~, por. cujo- réembolço é . responsavel. Suas -vist<k_S voltarão-se para o Governo Imperial, recorreo ao Im- perador, e obteve o\ emprestimo de -30:000$000- · "' ,.._ . Como ... respectivo conJracfo em mão, p_epsou ~lle que _o futnro de sua-Colonia ia firmar-s e, e ufano procuroq satisfaser ás~~côndicções á que - se obri-' g_ára, ~ fasendo desde . l~go encorrimendas d~ col2n2s agricultores, -mor,ige- rados ·e .robustos. ·, · • · . 4,s respostas porém que · Jhe -tem 0 vindo. já ·por tal modo o desanima- rão, ,que nao ·crê mais na possibilidade de obter·c0lonos. -· · • ~ ~

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