Estudos sobre o Pará: limites do Estado
\ f • • 120 LIMITES DO ESTADO Não é tudo. Prescrever que a verdâdeira bocca do Ya– mundá seja o paraná dó Caldeirão, para fazer por ahi o limite, quand9 aquelle rio, depois do lago de Faro, espraia-se n'um labyrintho de ilhas, furos, paranás, tornando 'difficillima, com os dados actuaes, senão impossível uma decisão acertada, levar-nos-ia a concluir que o Cunuris tem uma unica f6z, quando a verdade palpavel, visível, é que.são multiplos os seus· escoadouros. O Pará abriu mão das suas posses da margem direita do Yamundá, desde a confluencia do Pràtucú até á bocca do Cabory no Amazonas, n1,1m largo trecho onde jamais exerceu o Estado visinho jurisdicção. · As fazendas do Daquari, do Coriá, do Mamoriacá, do Panauarú, do Boiussú, do Aduacá, passaram ao domínio do Amazonas. Era preciso ceder pará ficar o Yamundá, isto é, um limite natural, até o Amazonas, ~ais facil ele demarcacão; mais van- . , tajoso sob o ponto de vista geographico ·e topographico. O Amazonas desistiu por sua vez das suas pretenções aó labyrintho da região alluvial Aduacá-Sapucaia, que tem menos de um gráo de comprimento, com ·1.argura talvez equivalente a um terço_de gráo, profusamente recortada por extensos paranás, lagos e furos. Esta foi a cedencia do Amazonas, unica e exclusiva, sendo ainda para reflectir que a constituição alluvial da região e a .Posição geographiça da bocca do Yamundá estejam indicando que semelhantes terras não foram abrangidas pela demarcação .de Mendonça Furtado e que, 'consequentemente, o Pará as 'tomou como primeÍro occupante, mansa e pacificamente. Restava combinar·, para fechar a froi:teira, o limite ao sul da serra Párintins.
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