A Estrela do Norte 1864

A ESTRELI~A DO NORTE. 2 fiKiMM P z :p;.;;;,mnaat&>liMiWH t&Míí a as sce-nas della_, ao pé da-~montanha _de Sião, á vista do Templo, ef nos propnos mu ros de Jerusalém ? ! . . , • demasiadamente suave para uma simi – lbante atrocidade; a justiça decidiu qu e võs abrissem quatro veias e võs deixas– sem correr o sangue ató expirardes. En– commendai vo~sa alma á Doos. CJ-JATEAUDRIAND. (Itinel'(ll'ÍO. ) O 111e1lo. ada ha mais funesto do que pôr medo ás creanças e causar- lhes, por _diverti– mento, emoções violen tas. Mmtas por causa do medo se tem tornado ner vosas, epilept icas, ou loucas. Ha todavia muita gente que se diverte 1;m assustar as cr e– anças, e que se recreia , sem algum e~– crupulo, com o terror dellas ; ~eve-se ev:– tar cuidadosamente este divertimento nao só porque é pouco espirituoso, 1~as P<?r– que é ch eio de perigos. A segumt~ his– toria vai mostrar até que pon to pode1:1 ch egar mesmo entre os adultos, os eff~1- tos do ~ edo, o que com mais forte razao se dá nas creanças. . Haverá sessenta annosiqu_e u~a socie– dade medica de. Loné!res, discutia sobre os effeitos do medo. um jde seu_s mem– bros pretendia, que o medo podia matar um homem de um temperamento rob~s– to; e como sua opinião não fosse s~gm_da dos seu s collegas propoz uma expen encia. Pouco tempo antes fôra condemnado á morte um criminoso por ha':er degola~o seu filho com circumstancias as mais horroros~s. Depois de o haver morto_ ás facadas em um accesso de cole~a, ab_rm– lhe o ven tre e revolveu-lhe os m tes tmos para ver se ~chava uma pequena m_oéda, que a: creança bem digna de tal,p:u, ha– via engulido na esperança de lh a e?~on– cler. Este homem, chamado Schnah , era de uma natureza a mais feroz, e por con– sequencia parecia ser o homem meno~ capaz de se deixar vencer pelo medo. Foi pois este homem O indi o-itado para soflrer o supplicio. " . Requisitaram-no á autoridade e obt~– ver~m licença para fazer nelle a expen – encia. Seu crime era tão horroroso qu_e ninguem se compadeceu delle. Sc1:t~ah , foi pois entregue á sociedade e ~ ~dlcma, e conduzido aó lugar do·1suppltc10, que era um quarto "'na torre de Londres. De– pôis do car rasco lhe haver lido a sentença que o condemdava á mortei poz-;;;- 1 eu1;';i olhos uma venda preparaaa co a vis– materia viscosa para lbe tapar ~e~strado ta. Havian:i colloc_ado sob 1 :/qucn te. uma banh e_rra .chcrn de :~irigindo-se ao :-~chnall, diz uma vo um crime in– cmmnoso, commettes~e_s di.IJ.ario seria qualificavel ; um suppl1c10 or O criminoso fo i agarrado, mergulhado na banheira e amarrado com gatos de ferros ; depois ô executor munido de um trinchete cortou superficialmente a pelle por cima das Yeias do braço fazendo 6. mesma operação nos pós. O suppliciado soltou um rug-ido e curvou a cabeça. En– tão um homem iniciado para este efl'eito tomou o pulso do condemnado e psalmo– diou lugubremen te as indicações seguin– tes no meio do silencio mais solemne : As veias esgotam-se . . . .. As artorias já quasi ftão batem • • . • A circulação pára .... A vida extingue-se . . • . Eis a morte I • •• • Schnali desfalleceu completamente ; es– tava morto, e todavia não havia perdido vinte gottas de sangue. É certo que o remorso deveria centu– plicar neste homem os effeitos do medo e se elle tivera a consciencia tranquilla não teria tão facilmente sucumbido; po– r ém se cm um homem feito e de consti– tuiçáo robusta, o medo pôde produzir se– melhantes resultados, o que não poderá elle fazer nas creanças ? Por tanto não façaes nunca ás crcanças scenas de fantasmas, de almas de outro mundo. Exigem-no ins tantemen te a cx– periencia e bom senso. V a1•ie11lules. LOUVAR A DEOS. Razão ti nha um santo dou tor de com– J.)arar esLe mundo a um relogio bem mon– ,tado com todas as suas peças. Os Céos ',ão as rodas, os elementos os pc_sos, as Propriedades das plantas e dos mmeraes ~s mólas · o tímpano que dá os horas ó o ~ornem, 'que deve glorificar a Deos por rodas as creaturas . . . . Inutil se torna ,lm relogfo com suas rodas, pesos e todas jts suas mólas, se o martello não bate as cloras; da mesma fórma os movimentos l os Céos, as influencias dos astros, os me– ceóros do ar, a fccu:oclidad c el o mar, as 2:ivcrsas produc~ões d'.1-L r!:a, as acções das <rcaturas,tudo isso ó mutil, se o homem, c:ncarregado de publicar a g-Ioria do Crea– lor, guarda v rgonhosamcnte . ilcncio. t Qual ? o.filho bom formado que não gos- 1ª de dizer bem de seu pai por pouco que l·1e tenha amor; a esposa, de seu esposo \

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