A Estrela do Norte 1864
Don1ingo "-'•nu II 1le t8G.&, N, f:l, A-ESTRELLA DO NORTE . son os AUSPICIOS DB s. EXC. REl'l lA. o sn. D. A:'>TO.'HO DE MACEDO COSTA, BISPO DO PAIIÁ, Venitc et ambulemus in Jumine Domiui. !SAI, II. 5. - iPPdfiê titBC PPM t ► YRi AS& -IM $ Secretaria da Santa Casa da i'1izericor– dia do Pará , em f4 de Março de f 8.64. - Exm. e Revm. Snr. - Oofficio que V. Exc. se dignou endereçar á ~reza Administra– tiva desta Santa Casa ·em data de 12 do corrente ácerca do hospital dos lazaros em Tucumduba, o qual V. Exc. acaba de hon– rar com a sua visita, é uma prova mais do elevado in teresse, que anima o bon– doso coração de V. Exc. pela sor.te da mí– sera humanidade;· o as palavras• lauda– torias, que V, Exc. entendeu dever ofi'e– recer á mcsmaJ\lesa Administrativa, como premio de alguns serviços prestados, são um novo incentivo para ella redobrar de esforço e protecção a favor daquelles nos– sos infelizes irmãos alli desterrados. Eu, como orgão da Mesa, agradeço cor– dialmente as benevolas expressões, com que V. Exc. nô<; quiz penhorar, e preva– lecendo-me da opportunldade reitero pe– rante V. Exc. os protestos da minha cons– tante consideração, estima e respeito. - Doos guarde á V, Exc.-E:xm. e ncvm. Snr. D. Antonio de i\laccdo Costa, digníssimo Bispo desta Diocese. - o Provedor, Dr. FnA CISCO DA S ILVA CASTRO. .Sexta-feii.•a §a11ta. mava « o seu dia! a siia horn ! » Jesus Chris– to, por um incomprehensivel excesso de amor por nó'l, quiz nesse dia solfrer as ignominias da Sua Paixão, e morrer em uma Cruz, para que nós os homens, cu– rados por suas feridas e lavados em seu sangue, achassemos em sua morte o prin– cipio da nossa vida~ Antigamente ::,:tamava-se a Sexta-feira Santa, Sexta-feira Adorada, por causa da tocante ceremonia da adoração da Cruz~ É de todas as festas a mais antiga. Santo A.gostinho diz-nôs que fôra instituída, como a da Paschoa e a do Pentecostes, pelos Apostolos. Este grande dia, anni– versario dos tormentos do Deos dos chris– tãos, tem sido sempre para elles um dia de oração, de penitencia, de santas la– grimas; hoj e os verdadeiros christãos pas– sam-n'o, como nos primitivos tempos, na meditação e principalmente no amor deste Deos moribundo e dos ineffaveís mysterios, que elle executou para no:;; sal– var. Nos Officios publicas deste dia de luto tudo respira âõr e compuncção. Os sinos· estão mudos, as velas apagadas; os Al– tares despojados de seus ornamentos; es– tende-se apenas sobre o Altar-mór uma toalha simples,. imagem do sudario em que foi embrumado o Corpo do Senhor. No começo do Officio, o celebrante e os assistentes prostram a face no chão; nem Natal, Sexta-feira Santa, Paschoa ! mesmo a Santa Missa ahi se celebra. Eis aq.ui trez grandes dias, trez nome~- Al\Iissa é o sacrificio incruento de Jesus b0m qt.eridos dos nossos corações 1- O Christo; é {} sacrificio- despojado do rnu: dia do nascimento, da morte, o dia do tri- aspecto lugubre epu,ngentc ; é o sacrific io umpho e d.a Resurreição de Jesus Christo do Deos Resuscitado; ora, em Scxta-f~ir~ Nosso alvador. Santa, estão o Padre e os fieis absorvido" O ia de Natal é o mais amavel; o dia na contemplação de Deos crucificado, cn– d~ P.ischoa ma~s mag-ni~co ; mas Sex ta- sanguen tado, lacerado, mor!bu~do ·: ·: feira Santa óma1sprofun -...1mente tocante Em Sexta-feira Santa a IgreJa nao pode, IDl]-_is solemnc, mais Santo ainda. ' ·nem sabe senã chorar 1 . E O grande dia de JI.Jizei'icordia · ó o dia o diacono canta solemnemente a I'ut-:i;ao do supremo sac,rificio elo Filho de Deos de Nosso Senhor Jesus Chtisto seaundo S. Joêlo. pelo qual suspirou toda sua vida, e O CJ.a~ convém realmen te appoli.Lr para o tcs!c-
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