A Estrela do Norte 1864
/ porém continuemos a nossa t'CYisü1 do Stabat . "\.º 3. O quisesthomo, é um duetlo para os dous soprani sol i, largo em mi maior compasso quaternario. Este <luetto é um dos mais lJcllos pedaços do Staúat; o seu r 1 thmo como a sua harmouisação é sum– mamcnte original, a sua execução diffi– ci1. As fusa no canto e sobretudo no acompanhamento dão a este numero uma certa agitação febril que não Yai mal com a palavras. Este duello apczar de uma formidaYcl cadencia em terça no seu fim, talycz não corra risco de er applaudido, mas será ele certo 1irofunda– rnente sentido. N.º 4. Aria para baixo em la menor : compasso 3/4. O seu rythmo iHolunta– r iamcntc nos recorda o côr0 dos monges conspiradores nos H11auenottes ele Meyer– becr . A parte melodica adapta-se bem ás 1 ia lavras: pl'O peccafis s1ue gentis, e t em ele 1 )ouco theatral. J\Tuito bella é a me– lodia : riclit suwn dulccm natwiy,; a entta– da repentina do acorclc _de do sustemdo maior . depo is ele la ma10r sobre ~ pala– vra mÓJ'ientem é ele 11m grande efJ'mto. N.º ,j . ll ecitatiYo para baixo sólo, com rOro sem acompanhamento da orcbcstra, em fa maior: alternando o compa.ss? cru:1- tcrnnrio com o de 6/8. A bnrmon 1saçao da vozçs não compen a n c_slo nume1:o a falta da orch cstra. Gomo Jª ha mmlos ;nnos que não ouvi m_os o Stab<lf de n?s– sini nada podemos dizer sobre o cffcito es lo córo. N º 6. Quatuor com acompan~mcnlo de ~rcllcstra cm_ fo b, campas o 2/4. Esta composição rnmto trabalhada e u_m pou– ro compriua, abunda cm melodias sua- ves. Cl . N. o 7. As palavrns : Fac ut 1Jol'lem a·is- ti mor/em etc. inspiraram o nosso maes– tro para um andante gracioso fi/8 cm mi maior. Esta cornposirão de um cstylo sério e grandioso _assenta sob~e um fun– damento h armomco o mais s1n1ples pos– sível. Poucas vezes o compositor do Sta– úat mostrou-se Ui.o sobrio cm procurar cf– J'citos thcat_racs ~orno nesta cavatina. A su a execuçao exige uma "ºido bas tan te extensão e de grande força cm todos os registros. 1, 0 s. Ariapnra soprano e côro : I1!flam- matus e.t acccnsus. E' o ponto c1t1 rn111;t1:,– tc a fine {leu,· do Stabat. com1iasso 'J/ ,,, to~~]icfodc do ut menor. n cpois elo udma lll!z' 1·,. ac compassos sc1•vindo d intro 1l.1- , ..., b 1 nina s 1- cção O sopranq a ro a sc_cna co n . enor 1,1 1·me e cncrg1ca melodrn ·111 1tl 11 ª 1 pi·o: .u . t · . . y· m a Slh rogando a ~an iss1m_a l!g_c f clie ju- lecção no cl1a do u1L1mo Jmzo. n · dicii, responde o côro, repet indo cm um fortissimo, os simples e graYes accorcles da introducção. Depois de uma modu– lação para o tom maior correspondente, o soprano accompanhaclo pelo côro can ta estas bellas palavras fa c me cntce custo– dfri, morte Chl'isti p1·remuniri, confoveri gra– tiá. O côro cantando ao principio cm nota ligadas, no fim deste período musical cn– tô::i. sómente notas breves cparadas por pausas ele colcheias syllabi ando a sim sotto voce as pala\Tas confo eri g/atia. Com ma.e t.ria e clclicaclesa sem igual assim exprimiu lloss ini a agita~ão, diremos mais a contric~ão que reina neces a.ria– mente no coração do homem que pede ao Céo a uni ca cousa que tem direito para pedir: confovel'i g1·atia. Em flagranLc op– posi~ão ao côro (e nisto reconhecemos a grande habilidade do compo itor para a producção ele cfl'citos theatracs) o so– prano não perde nada ele sua energia. Apenas ao principio do maggio1'e, parlici– pa ela ternura, para assim dizer, imma– mcnte ao tom mi b maior, J1or6m logo nos compassos eguintes o soprano se eleva cm um c1·escenclo, e por meio de uma fi– gura chamada Rosa.lia, (bem conhecida entre os musicas, e bem cara a ccrlos compositores) senão ao Céo pelo menos a um si b sobre-agudo forlis imo elo qual desce 6. primeira elo tom, para clepois de descançar apenas durante um compasso, r epeli r de novo o in(lammatus com o seu éco coral: in clie judicii. Segue o fac me cruce custocliri, com a mesma musica, sómen te transposta para ut maior ; e neste tom é que o compositor, depois de ter dado ao so– prano duas Yezcs occasião de fazer ouvir um ut sobre-agu do, concluc este magni– fi co, brilhante, e, sitvenia verbo , cmincn– temcnlc clrarnatico num ro. N.º 9. Qualuor para os dous soprani, tenor ehaixo soli, sem accornpanhamcn– to. Um andante em so l menor, compas– so 4z4. Este numero no qual o elemento chromatico predomina, scmprc_fez, e sem– pre fará as delicias dos Y~r~ade~ros_ama,1:1- tes da musica, e com cllcito d1[fic1l ~cua achar uma intrrprela!;ãO mais fcl_1z e mai s eloqu ente do quando corpu monet_ur, que a au stera mrlodia que cn lôa o baixo 110 principio do numero, ao qual rc pon– dero 2 Jei' imilntionem as outras vozes. ,.º 1 o. o Stabat ele Rossini acaba com a fuga ele estilo sobro as palavras : Amm i·n sempitemn se~ula. Este trabalho embora que nem de longe sr possa comparar co m as obras drs tc gencrn que o mundo ci– vilisa<lo eleve a maestros como os Scar– latti, Haendel, S. Bach, finali sa comtudo digna.mente a grande composição. B.em ,
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0