A Estrela do Norte 1864
A ESTRJ;l,LA. DO NORTE, Gl o reconhecer que vôs, illustre o honrado Presidente, e estas mesmas populações es– taes animados dos mesmos desejos de paz e tranquillidade que nós temos, em nossas cartas supracitadas, inculcado aos nossos supraditos veneraveis Irmãos. Praza ao mesmo tempo a Deus que os outros povos da America e os poderes que os dirigem, cGnsiderando seriamente quanto uma guerra civil é grave e desastrosa, queiram finalmente escutar as inspirações de um espírito mais tranquillo e adaptar resolu– tamente o partido da paz. Quanto a nús, não cessaremos ele dirigir as mais fervoro– sas suplicas ao Deus Omnipotente, para que espalhe sobre todos os povos da Ame– rica um espírito de paz e de caridade, e que os livre dos grandes males que os af– fligem. Nós supplicamos ao mesmo tem– po ao Deus Clemente e-:ltisericordioso es– palhe sobre vós as luzes da sua Graça, e võs ligue comnoscopor umaperfcitaami– zade. « Dada em Roma em s. Pedro, em 3 de Dezembro de i863, do nosso Pontifica– do XVIII. " Assignado : - Pio 1X. " (Continuação do n• 130 do primeiro anno.) Depois de terformadoohomem,{que era o unico objccto desta terra, Deus ;cessa a creação. Por tanto preten_der, que ~ste planeta nôs foi dado em igual partilha com os quadrupedes e inse~ t~s, é q~erer– se assim desonerar da gratidao devida ao Eterno; é uma inepcia repugnante; uma lastimosa baixesa-. Todo o animal, vôan– do no ar, nadando na agua, ou caminhan– do na terra paga ao homem tributo de sua carne, de sua plumagem,)Jde seuJvi– gor e agilidade; em uma palavra de suas faculdades e destino. Os poucos, cuja fe– rocidade protesta contra o seu imporia, evitam, pela fuga, a ~ua colc_ra _ou pa– gam com a morte a msubnussao. As listas do tigre, as pintas da pantcra,jador– nam a sella de seus cavallos. SeJ« todos os entes são pcnsamentosSde Deu_s, » co)llo sabiamente di sse Vico, e se por isso, cada um tem a sua importancia relativa, apres– scmo-nôs a concluir que estes « pensa– mentos se dirigem semrre á posteridade de Adão. - Não é para s1 me,smos q~1e ?S animaes existem. A quem -aproveitaria a intelligcncia do cão, a fidelidade do aga– mi, a vigilante assiduidade do g:ato, o he– roico ardor do cavallo, a sobriedade do jumento e do dromedario? Quem utilisa com o leite da camella, da vacca, da ove– lha: com a concha da lart.aruga e do cro– codilo: com as barbas e oleo da baleia, o elefante-marinho e dolamanlin? Quem emprega os dentes e a pelle dos tubarões, o pello do texugo, do coelho e do castor: a quente penugem do arminho, do urso, do griz: os CQrnos do rhinoce– ronte, e do alce? Quem _se adorna com as pennas do tukan, do abstruz e do paraizo? Qem veste o pello serabndan– te do carneiro, da alpaca, e da cabra the– tana? A quem aproveitam as forças do bufalo, do macho, do lama, e do elefante ·1 Para quem é que o milafre, o corrn, e o chakal limpam oscaminbos das immun– dices putridas? Quem colhe o mel da abelha, os perfumes da algalia e do musck, os trabalhos do bicho da seda, o escarlate da cochonilha, e a brilhante tin– ta da purpura? Quem gosa os cantos do rouxinol, a taramelicc da pêga e do pa– pagaio; ás côres brihantcs do p:wão, da lyra, do faisão ; a gentilesa da harda, os saltos do macaco, e a mimosa delicadesa do passara-mosca? Os animaes não existem, pois, senão para nosso proveito. Vedes diminuir e desapparecer grad u– almente aquellcs que nôs são rebeldes, cm quanto que aquellcs de que nôs utilisa– mos parecem abençoados pelo Creador. A faculdade de crear sompre, recusada aos carnívoros, é-lhes geralmente concedida. Sua conco11ç,io é mais frequente, sua ni– nhada mais numerosa, e seu leite mais sab?roso. Seus peitos mais repletos, são mmto tempo fecundos. Longo de se en– fraqu ecer com os cncrusamentos sua na– turesa melhora e fortifica-se. ' As especi~s v?getaes, e as raças animacs foram dcstnbmdas por cada parte do Glo– bo, antes das excurçõcs do homem, par,t que, cm toda a parte aonde chegasse ti– vesse logo vcstuario e mantimentos ~us– tentos do sua vida. E estas plantas' e se– r?S foram modificados segundo ª" neces– sidades, que nascessem para ellc das diffe– r c~ças das zonas e temperaturas. Para a~ latitud<:_s do equador, onde as agitações elo ar sao in_~1fficientes para modificar a.s calmi!-s do d1ll', crescem rapidamente som– bras impcnctraYeis. Os rudolphos com cachos do rosas, as:grinaldas do mugrin, as flores mosqueadas da vasta aristoloch ia, o~ fetos arborescentes, a fulsapata , o hi– b1scus, .ª c_opada das palmeiras, os innu- . meraveis c1pos, os cucurbitaceos tropado– res, plantas a moda deu mbclla, de lcqu crs e de guarda-sócs, folbas cujo nervos:) te– cido conserva uma sombra dilatnda e hu– mida, renornm incrssantcm~ntc sens
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