A Estrela do Norte 1864

Gtl> A. E§TRE:lLL.%. D O l\1'@11\TE. ., tW & &&a A • ta.:o tdC f:; , 1 , , ,-N.P « Zaf k! ih Vi .;;) ±?i i H i & 5-1 O 5 1 4 ?Mê i S e, « Em Ostária riôs informamos do mila– gre. Então soubemos haver n aldeia de Vicovaro duas Igrejas, uma pequena e ou– t ra grande. « Para lá corremos. Tocavam para a missa. « Foi nesta pequena Igreja qne a prin– cipio se produziu o milagre. Esta peque– na capella é muito antiga, tem fórma oto– gona : semelha-se a um antigo templo. « Em cima do altar, ornado de flôres ar– tificiaes e naturaes, entre círios acesos se achava o quatlro milagToso. . <• Dali depois o tiraram. Porém vêJa– mos as cousas como se passaram desde o seu começo: « sobre o altar havia um quadro da virgem muito antigo, moldurado de :uma tapeçaria de seda, coberto com um vidro. « Esta Virgem era, desde tempo imme– morial , venerada neste paiz. Dirigiam– se a ella para tudo : para os animaes en– fermos, para os filhos moribu ndos, para 0 marido embriagado, para a dôr de den– tes, emfim para se obter qual~er gr~ça. << A Virgem da pequena IgreJa de Vico– yaro não era a primeira vez que fazia tal milagre. Em tempos remotos ella houve– ra movido os olhos. Todos os annos, na quarta dominga de julho, fazem-lhe a festa e na semana que precede a esta do– minga, ha na Igreja um retiro espiritual. c elebra-se a missa, ha predica e prepara– ção para a grande solemnidade. « ora, á 22 de Julho haviam-se termi– nado estes piedosos exercícios. O sacer– dote se havia retirado, não restavam no pequeno templo senão algumas m~lhe– res que dirigiam á Virgem amaila diver– sas'supplicas. • <• Estas pobres mulheres oravam em voz alta. u De repente o rosto da Virgem mudou de côr (ci!'cumstancia esta que não se me havia dito em Roma) e seus olhos move– ram-se. Julgai do effeito produzido so– bre estas innocentes creaturas. Ellas gri– tam. Chamam outras pessoas. E toda a cidade em tropel para alli se dirige. O rosto continuava a mudar de cor, de mo rnento·em momento eseus&hos moviam– se continúadamen te. Chamam sacerdotes estes yêern; todos querem entrar. o tem~ plo era demasiadamente estreito. côro. As orações se prolongaram até a noute, hora em que a Igreja fechou-se. « No outro dia, depois da missa, reco– meçou o milagre. « Ellc se renova, desde então , todos os diaE, pouco mais ou menos á mesma ho~a das 9 ás 11 da manhã. Cada di;i. a IgreJa se enche de uma enorme multidão, Yinda de Tivoli, de Stibiaco, de Roma e dos Abruzzos. Nos domingos os visitantes chegam á oito mil. « Eu yos asseguro que o povo se acha extremamente contente. <• Nós tambem fomos vêr o milagre! « Estavamos tomados de admiração. O proprio tenente voltairiano sentia o cora– ção bater-lhe com mais força. Entramos em S. Pedro. A Igrej a estava cheia. Com summa difficuldade podemos chegar para não muito longe do cõro. Já se havia co- meçado a oraçã_o múver_sal. . . « Mas o que VI eu? Els o que deseJais saber. u A Virgem é uma Immaculada Concei– ção sem Menino Jesus. Ella es"!ã ~e pé e em posição de orar, com as ll?ª ºs Juntas sobre o peito e os olhos ergmdos para o Céo. Posto que não seja umaobra prima, comtudo é bella. Deve ser uma pintura do XV ou talvez do XVI seculo. <• Olhamos mais de uma hora, por entre a vozeria das orações, por entre o fumo dos círios. « De repente o rosto da Virgem pareceu tornar-se mais pallido. <• Nós distinguimos isto muito claramente, o segundo tenente Catholico, o tenrmte voltai- riarw ceu. . « Nisto nao ha amenor duvida. « A multidão começou a dar gritos. O rosto successivamente voltava ao estado ordi– nario, depois se tomava pallido . « Mas que brancura é esta que se espa– lha no rosto da Virgem? Será alguma cousa pos ta por traz do quadro ? !\ias como póde ser si elle se acha isolado no cõro? . . <• Eu não duvido que esta palli~ez seJa produzidapor um phenonem_o acmdent~l, ou por algum ardil, a~gum yidro, um na~ sei que collocado emdlstancrn; mas como . onde ? porque meio ? . . . ~ « E vós concordareis comigo, que tao difficultoso é dar-se uma prova c~ntra, como uma prova em favor de um milagre determinado. . bal « Porventura alguem Já ~oud~ ca - mente explicar a Cr u~ de Mig!1é · . « Resolveram e_n tão levar il. Imagem para a & 'rap.de Ig-re.Ja Paro~hi<;1,l de s. Pedro. A proc1ssao para logo foi feita. Durante 0 traj ec to parece que os olhos n ão se mo– veram. .« Chegada a S. Pedro, a pintura sagrada foi collocada sobre um altar no meio do « Eu vós digoo quevi. O mais nao sei. <• Conversamos com o cura de S. I_>cdr9, com alguns ecclesiasticos e com o v1gar10 do Tivoli.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0