A Estrela do Norte 1864
mavam parta neste cspectaculo de <lõr. Um grito de Genoveva chama á todos para junto do berço: o menino debatia-se com horri veis convulsões ; á vista desta scena pungente Antonio n ão sabe o que deva fazPr ; cor re á casa do medico e volta em um intantc. Omedico recusa vir, diz elle com magoa, perco as espranças ! .... o menino dE:ve morrer 1 .. . . Assim disse esse homem insensí vel, coração de bron– ze .. . morrer ! . . . meu filho ! . .. por qu em eu daria a ultima r otta de sangue para salvai-o! Arremcçando-se ao berço elle innunda de lagrimas ardentes o ros– to gelado ele seu filho. ( Continúa. ) Varletlncle@I. BOM PAE E MÁO FILHO. Um pae catholico empregá:-a todo o seu cuidado em dar uma religiosa 4lducação á ase faz á tua paixão ; executa teu cul pavel desígnio , dá-me a morte, já que ass im quPrcs . Eu ex;,i rando aqni , sal vo-te das mãos da justiça hn mana; ó a dcnadeira prova <le minha prrtern a l ternu ra para com tigo, _e na extrema.dôr, que soffrer , terei ao menos o con ·olo ue s:i.lvar- te a vida, aind:i. que eu perca a minha cm tu as müos! Omancebo ao ouvir tão desusadas phra– scs, foi acommett ido de um cntc>rneci– mcnto tal, que acrrho n cm profo ndos sus– piros, e copiosas lag-rimas. Lança- se aos pés de sco pae, irnpl ora- ihe mil perdões do seo nefando in ten to, e protesta-lhe ante Ocos, de mudar seu procedimento, e cum– prir santamente com a vontade de um pae tão terno e carinh oso. Cnrnprio sua palavra, e desde então dco clle ao seu pro– genitor tanto consolo e jubi lo, qu a nto antes lhe cau sára am<.1rgura e desgostos. O DOM EXEMPLO. seu filho; bons exemplos, instrucçõ s No decnrso da violenta perseguição con– sant:is, avi sos saudaveis, foram por elle tra os cath oli cos, no Japão, u m pae, e esgotados, mas a indole perversa do man- uma mãe christãos, espera vam a todo o cebo, e as criminosas pa ixões, que dclle mome n to o marty rio, para o qual se pre– se scnhoreavam, causavam-lhe diaria- paravam com forl'orosas orações. Tinham men te no vos desgostos. Soubeesse in fc- cllcs um filho de ten ra idade, e mnilo liz progen itor, e com totla a cer teza, que tremiam sobre a sor te desta crea tura. seu desalmado filho nutria o desíg nio Uma nou t.e, ac hando-se os dous comortes infame de assassinal-o, para fruir com sentados jun tos ao lár, discorriam á esse brevidade seus bens, e viver em plena respeito, no modo segu inte : - Confüidos liberdade. na rli vina graça n ós estamos rcsi1rnados Pungido, en tão, pela dôr, o bom pae á pauecer o martyrio pela san ta religião, quiz arriscar~um esforço extremo afim de que professamos,' mas, qu e Sl'rá de nosso commover um coração tão barbaro. filho , cksse fra co menino'?! terá d le fo r– - \\leu filho, disse elle, queres vir hoje ças bastant es para tolerar os tormen tos a um passeio commigo? nisso me darás sem negar a fé? Emqua nto os paes te– summo prazer. · ciam este colloq uio , o piedoso fil ho, que O moço annuio á rogativa de seu oae, tudo oudra, se apresenta, e como brin– talvez com o fito de executar mais sehuro can do, embebe um feno n aJ brazas e seu detesta vel proJecto. O pae sah e de quando vio que o mesmo estava om vivo casa com esse perverso mancebo, e pouco fogo, es tampou-o cm uma do suas mãos á pouco se encaminham á um sitio erruo com lwroica constancia 1 bem no centro da floresta. Ahi disse o - Que fazes '?! perguntaram , c á uma honrado pae á seu filho: só voz, os paes a terrorisados de uma tão - Eu sei, qu e alen tas a resolu ção de extrnnha at:ção. assass innr-me 1.... Bem que tu, meo fi- - Oque fa~o ? respond eu o filho deste– lho, me hajas escandilisado com o te\•~ rni damcnte, nada mais-c1o q ue 1 rovar-vos pessimo comporta monto , sempre _és meu que a uxili yçlo pelo omn ipotente, arrosta– filho e ai n df. en te amo I Ora pois, qu e- rei e sollre'rei comvosco o martyrio an tes , ro adr- le uma sincera pro va do amor que qu e m 11 dar de religião ! Os rlous es posos te tenho. Es tamos em um bosque; o ln- lança m-sc aton ito e ai \'Oraçadosft alH·açar gar <111e occ upamos é solitario ; ag-óra pó- seo fil ho endwndo-<1 de ca riri.is , regan– des consummar teu intento destemi da- <lo-o de snas Jag-r imas, o agradcc ndo a mcnt '. ocos por lhes haver concctl id~1 lal filh ?. Tiranrlo então um punhal , qu e trou xe- Todos trez furam pouco depois martyn – ra 09cullo, entregou-o a seu filho, e pro- sados e suas almas, entrr os cant1co:; Llos segmo : anjos'celestes foram receber a corôa da - Eis, filho meo, eis um punhal , sntiE- felirirladeeter na.
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