A Estrela do Norte 1864

t),I ..l mlTllEl,l ,A DO NU ll'l' E. = *"ª --'9 ,UQÇ.YM ◄ 4M-tSSW Q • heis, mordem até ao vivo, e mordem for- ' SI FICAÇÃO ! ella diz: CALUMN IA I ella diz : te. Os vossos inimigos, acreditai-me, não PROFAN AÇAO I ella db: : PERVERSÃO! ella diz: vêm sem profu ndo sen timen to da inj u- T J:Arç:io ! ria, um hom•lm de vossa cathe~o ria mal- 1 Sim, diz por todas as par tes essa voz da t ratado de tal fórma. ~tas, confessemol-o , 1opin ião qne nunca mais hade calar: Vida desta vez puzeste-nos em apuros, n 'uma de Jesu s : i i El'iTIRA 1 :posição mu i diffi cil , Nós nos ferir iamos I l\lr. llenan affirma o falso, o que se cha– a nós mesmos nesta l ide , e nossas feridas · ma falso ; affirma- o deliberaclanientc, fl"ia– n tío remedi ~ iam as vossas. Escutai m i- mente, audaciosamente. Di zer que n unca mi– n ha amisacle, o nosso mell or parti do é , lagre fui feito em circumsta ncias taes que calar-nos, e o vosso nada dizer, 3uardan - pu desse ser vcrilicado ; dizer que Jes us do-se do reincidencia. nem u ma só palavra profer iu de que se possa concluir qu e elle se cresse Deos ; dizer que S. João é o u nico dos Evange– listas que usa da exprcss:i o de Filho de Deos ; e que seus discursos· n ada tem de commu m com os de S. :\1a theus · dizer qu e elle emp rega ter mos só por elle usados e perfeitamcn te desconhecidos dos synopti– cos; dizer que debalde se procuraria em todo o Evang-elho uma proposição verda– dniramente theologica ; dizer que Jesus nüo instituiu sacramen tos, nem sacl:rdocio, n em mi nisterio ele ensino ; dizer que elle reprovava todo e qualquer culto extorior qualqu er que fosso a sua forma : - dizer essas cou sas, Grande Ocos I e m il ou tras destas que lllr . Renan sabe dizer com a sobra nceira infalibilidade que todos lh e co– nhecem, quanrlo , de Evan g-elho n a mi\ o; o mais humilde dos seus leitores pode convencel-o de f also : como, pergun ta aqui de todos os lados a voz da consden– cia ch ristã, como. qu er a ling-u a fran ceza qu e isto se chame? Se isto não é mentir e mentir descaradamente, que pois será ? E em fi m de con tas, que importa a palavra 1 l\lr . 1, enan affi rma absolutamen te o falso: este é o facto. Mr. Renan saber.:i a fal si– dade de suas allegaçõcs ? Então qn e ó da sua consciencia ! - Ignorará ? então que é do seu saber ? a alterna ti, a é magnifi ca, escolha lá Mr. Renan. IV. Ass im poderia fallar á Mr. Rcnan um amigo rn.cionafüta, pantheista e anti– chri sliio ( 2 ), m:i s m~nos cego e mais im– parcial do que ol.lc sobre os lados vnlne– ra veis da Vida de Jesus . Sem amargura e sem iron ia, e! le j nl:rnria pera n te o bom senso popul a r aqn ella gl'((nde linha onde l'llr. nenan con vida a granrle curiosidade, e cuja descober ta constitua a granrleori aina– lidarle, o granrle modo, n grande i n,iepenrlen– cúi, do esp irita lrnmano. E assim, todas essr s qrandes cousas qu e incham os perio– dos incontes tavelmente sonoros tle M. Re– nan, app:ireceriam quaes elles são na rea– lidade, mui mesquinhos e alguma cousa risí– veis. !\las se é isto o que pode dizer sobro a Vida de Jesus um livre pensarlor , a tó muito falta para que seja tudo o que pode e deve dizer o pensador ca tholico e o philosopho christão. E quan do não se qu er nem fe– r ir o homem que attaca a verdad e, nem atraiçoar a verdade por elle at tacada, n ão é pequen o o embaraço para conciliar as deferen cias prescriptas pela urban ida– de com o dever qu e a consciencia im põe. Mas este li vro prodigioso em insolen– cias te aberrações, os chri stãos teem-no considerado com o olhar limpido que o Ver bo de neos communica á quem o con– templa; teem-no como cri vado de l uz , tem lançado n essas frias trr.vas a luz e o fogo. Alem de todos os defei tm, já nota– dos pelo ami go si ncero , outros ell e tem r eparado que com mriior violencia revol– t am a consciencia christã. Esse$ defeitos, cujos verdadeiros nomes ter-me-hia custado ser o pri1 iro á pro– nunciar, j á tem-nos baptisado a prande ju stiça ehristã ; impr imiu-lhes cslig-mas ·i11apa1;aveis, e pregando- os no pelou ri– n ho da his toria revoltada e da opin ião in– dignada, ella diz: MENTIRA I ella diz: FAL- (2 .) Como jâ o tem feito cm outros termos Mr. L:1r1·oque, cujo,folheto não deixa de ser pedantcsco " impio nn ~rn tanto. Sim, ii Vida ele Jems: FALSIFICAÇ.\o 1 Estamos no seculo elas fal sificações. O qu e os mercadores pra ticam com as cou – sas materiaes, an tros praticam- no nas moraes : falsificam. Mr. l\en:in nesta ma– teria é o oracnlo da. ar te, é mestre forma– do cm falsifica ção. Ellc fulsiíi,ca os textos 1t antados ( bclla pala vr a d'um valoroso ri stüo (3) ele tuclo o q11e lhe fazem rever. Elle falsifica os mon umentos ; corta-os em dous, em tres, cm quatro troços, confor– me as ex igencias do sua thcse. Elle f ~ls'i– fica as idéas, clle moe-as, amalgama-as, confu nde-as em uma mi stu ra sem côr onde n ão se pode mais discriminar a ver~ dade do erro, o bem do mal o crime da vir tude, a adoração da blasphcmia. Elle (3) A. Cochin no Co1nspondant, 25 de Julho.

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