A Estrela do Norte 1864
sa:; filhos dos ch ristãos para fazal-os seus es– craYos, e creal-os no m:1home ti smo; mas como elles são Inimi gos da cruz, que é o signal do christianismo, não querem um menino , nem um escravo que tenha este signal impresso na testa ou no rosto. ( Da Estrella do Sul) J?oes i a . A IR) IA DE CARID.I. DE. Eil-a, a irmã de caridade ! Fi to o olbnr para o chão. Que modesta magcstado 1 Que sublime humilhação 1 Da grosso borel roberta, An seio pa11ido aper ta Seu martyrio e sua cruz. Onde a miseria soluça, Essa mulher se debruça, Com ella o consolo e a luz. De longes terras chegad a, Ninguem sabe d'onde vem; A' humanidade votada Lembranças de si não tem. Mulher na fórrna , anjo n 'alma. Pelos lablos sopra a calma, Sem ter nada tudo dá : Consolando as agoni.1s, Suas palavra<; macias São gotejas de manná. Tarefa o leito do enfermo, Presente o jugo da dôr ; Lança luz naquelle termo, Brtlsamo neste amargor. Não pára, nunca dcscança; - S meador de esperança , - Quem a escu ta espera e crê. E o anjo da huma nidade, Veste-a os véos da caridade, Vôa co'as azas da fé. Seu cólo é leito de amparo, Traz ouro na pobre mão; E' arr imo ao desamparo; E' consolo na afflicção. E' fraqueza que sustenta, Debilidade que alenta, o Tristeza que faz sorrir. E' a abun dancia divina Que o mal da terra fulmi na, E a miseria fuz fu gir. Intimamente pranteia A agonia uni vers:~l;_ Renhidamente pleiteia - An,io rlo hr m -contra o mal. (1) Se vê no mundo Bm affli cto Do paraizo proscripto Pela ett'rm1. maldição : Sóbb ao horto da virtnde, N' uma angelica attitude Manda aos céos uma oração. E Deos escuta-a, não póde Deixar de ouvir-U10 a orar; Ao seu canto um anjo acóde E volve aos céos a cantar. Ilrilhante como uma estrella, Direito como uma vella Posta-se diante de Deos ; Diz com re~peito profundo : - Uma oração pelo mundo Chegou agora nos céus. Eil-a ahi vai attentamente Rompendo as rui nas da dôr, A filha de S. Vicente, O esmoler do Creador. A' creanciuba que chora, Ao velho que se deplora Eil-a que diz : - Esperai ! Diz á fé: - Dorme e descança ! Diz á descrença: - Esperança ! Impõe á todos : - Orai 1 Seu corpo nunca enfraqu ece Nesse continuo labor; Nella o cansaço parece Despertar novo vigor. E' que esse espírito excita, E' que esses memhroc, agita Uma idéa-luz dos céosl Nesse lnvolu cro finito Esconde-se o infinito ; Nessa alma occulta-se Deos. Eil-a, a. irmã de caridade 1 E' u ó1a. oração de pé Combattend◊.11. impiedade Encouraçada '"'l'fo fé ; Do lado do escapulario Pende-lhe a arma- um rosario 1 E' sua insignia uma cruz 1 Segui-a Mulher-estrella, Na grande orbita della Só gyra a paz, vida e luz. VICTORIANO PALHARES . Pe11s an1ento. Semelhantes a uma náo, que o piloto quizesse dirigir sc1!1 o soccorro dos astros, os povos têm perdido o seu caminho o só o acharão olhando para o Céo. ' Typ. rl a f.STR ELLA 00 ~orm;.
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