A Estrela do Norte 1864

tlndo sem o salicr a pal .vra de São Remi– gio a Clovis , porém é o caminho que para lá conduz. Ella fez an trnr para o interior de sua casa a pobre moça attonita e confusa, que nunca tinha visto nada tão bello como a casinha, aceiada e bem arrumada, onde se lhe deu uma ceia abundan te, a melhor refeição que ella tomúra cm sua Yida. Logo que ellu ncou s:i.tisfeita, a merca– dora fel-a deixar seus trajos; deu-se-lhe roupa de dormir decente e limpa, e uma hora depois Joannn. dormia em uma boa cama, sob o tecto hospitaleiro onde o Pae celeste a conduzira. No mez de Setembro, uma das peniten– tes da casa do Bom Pastor de Londres re– cebia o baptismo. Sua alegria, sru fervor enterneciam a assembléa. Essa feliz neo– phyta era a pobre Joanna, tinha por ma– drinha, por mãe espiritual, a boa merca– dora que tinha sido para ella o instru– mento das misericordias do Senhor. Esta narração é verdadeira em todos os pontos. ( Da Estre/la do Sul. ) UAI ACASO QUE O NÃO K. Sob este t itu lo os jornaas italianos pu– blicam ha tempos a esta parte um nume– ro b'lstan te grande de factos do genero daquelle que vamos referir : vem mencio– nado no Bom Pastor de Napoles. « Um habitan te de Francavilla, provín– cia de Lecce, animado de um sentimento sacrilego de despreso para com a sagrada pessoa do Papa, havia ~to ao seu cão o nome de Pio IX. No dia i4 de Julho deste anno, achando-se só no seu quarto, cha– mou , para divertir-se como de ordinario, o seu cão, e o fez pôr-se em pé contra a parede, figurando um soldado . No mo– mento em que escarnecia irreverente– mente do soberano Pontífice, o cão, como indignado de uma tal insolencia, enfure ceu-se, saltou sobre seu dono, agarrou-ij na garganta, derrubou-o por terra e des– apareceu. Odesgraçado apenas pôde gritar por soccorro. Estava innundado de san– gu_e. Sua mu lher e filhos, accodindo a9s gntos, receberam de sua hocca a narraçao des te racto, que com difficuldado pôde pro~enr. Morreu pouco depois sem ter re– oob1do as consolações da religião. ( no "!IT, ,wlr-. ) MÁU PA I E Mfo FILHO. Certo pai, o mais criminoso e infeliz que o mundo vm, teve um filho tão máu como elle. Engolfados ambos em toda especie de maldades, cahiram._em extremo infor– tunio. o filho, além de demasiadamente desobediente e indocil, era colerico, vio– lento e q:irnsi fur!oso . Um e outro passa– vam o dia em dispu tas, contendas vio– lencias, e amaldiçoando-se reciproc~men– te. Um dia que o pai , já m;.1duro em an– nos, quiz reprehender o filho, incre– pando-lhe seu pessimo pror.eder, este mi– seravel joven, em um accesso de furor atira-se a seu pai, lança-o _por terra, ~ segu rando-lhe pelos cabellos, arrasta-o pelos degráos, afim de expulsai-o de casa. A' certa distancia, porém, c1a mesma casa, o velbo alça a voz, e diz ao filho: _- Suspe~de, malvado, suspende ; eu nao arrastei teu avô mais longe quando te igualava em idade. ' Esse pai culpado conheceu então a jus– ta vingança ,lo Altíssimo, que permittia que seu filho o tratasse corno elle outr·ora tratára seu progenitor 1•• • ••• COMO SE F'AZ O SIGNAL DA CRUZ ENTRE AS SEITAS ORIENTAES. Entre as communhões dissidentes do Oriente, o signal da cn:z não é feito como na Igreja catbolica. Os Jacobitas ( i ) se persignam com u m só dedo, da rsquerda para a direita, exprimindo assim, dizem elles, sua fé a unidade da natureza do Salvador e a trasladação da graça, -pas– sando do lado esquerdo, que é o peccado, ao lado direito, que figura o perdão. Os Nestorianos ao contrario, se persig– nam da direita para a esquerda com dous dedos, symbolo das duas naturezas que elles ~dE11iltom e~ Jesus Christo (2), e rl a appaw;ao da fó vmdo da direita, ou do bo_m :pr~ncip_io victorioso da esquerda, o prmc1p10 mao. Guillois. COSTUMES DOS CHRISTÃOS ORIENTAES. Os christãos orientaes imprimem com um ferro <9tlente, o signal da cruz 'sobre a testa dos m ninas. Es te c0stume foi introduzido, porque os mahometanos roubam frequentemente os ( 1. ) Jacobitas, hereges eutycl~ianos, quo não admiltem em Jesus Cbristo sonao uma só natu– reza. (2) Os Ncstoriano ndmit/em tnmbem c_m Jesus Christo duas pc•s011s, e ó m~so que consiste sua h Cl'C•ia.

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