A Estrela do Norte 1864

L O Qur Roma não será a capital do so– nhad o reino da ltalia unida; 2. º Que as tropas francczas sahirão de noma no prazo de dous annos; 3. 0 Que o governo italiano ha de reco– nhecer as fro nteiras romanas; A impedir que ali entrem forças armadas regulares, ou irregu lares; 4. 0 <)ue Victor Emmanu el ficará com as legações usurpadas; e que em troco toma– rá uma parte da divida romana 1 Pare1:e que os taes diplomatas estão fa– zendo uma comedia; ou que se constituí– ram hestriõcs para fazer rir até aos ingle– zes os mais fleumaticos. Que norna não será a capital do tal so– nhado reino da Italia: isso é da promes– sa de Chr isto ; e a promessa de Christo na– da tem que ver com as promessas de Na– poleão lll e de Victor Emmanuel. As tropas francezas podem ser retira– das el e flo ma, quando muito apvrou ver a Napoleão Ili, pois se o Papa carecer de apoio co nt ra as invasões dos revoluciona– rias , lt•râ as tropas austríacas, ou as hes– panholas. Victor Emmanuel e Garibaldi não h ão qe ter outro remedio, e hem a seu pezar, senão reco nhecer o que está ordenado por Deos. . Vi ctor Emmanuel, emfim, pode r eter as legações u surpadas; mas dia virá, em que ell e não possa contar, nem no territorio herdado , nl!m no usurpado com o:to pal– mos de tena para sepultura: Carlos Al– berto foi peuir á terra estrangeira estes terl'ivcis oito palmos de terra. Desenganemo-nos. O papado não mor– re ; e Roma é do papado. Esses tratados diplomaticos, feitos com obj el' tos do terceiro, e sem o assento de%e terceiro, são verdadeiros c,astelllos de car– tas, que as crcanças edificam e que um sopro derrnba. (Do Btazil Catholico. ) do e buscando qualquer g-n nho trmporal por pequeno que seja, o que devo fazer eu para adquirir os bens eternos? Um am– bicioso faz gran de capit:--tl da glor ia hu– mana que desapparecc como fumo; - aprende, p6tle dizer um homem de bem, qual a estima que deves fazer da gloria celeste. Secundo. Os máus servem de in truc– ção aos bons com o exemplo de seu• cas– tigos. Um mancebo qu e vive ele namoros, trava uma r ixa, vem á pal:-1nase ás mãos, ou recebe um golpe, ou tor- <1-se r fo de um crime: e os bons teem occasião de aprender, - eis 05 fructos do peccado, eis onde condur. uma paixão cr iminosa. Ou– tro soffre umri perda enorme no jogo, donde resulta fi car sem dinheiro, s,:;m cre– dito, e em cima disso escarnecido do mun– do : - e o bom aprende, e diz comsi go mesmo : se em vez das cartas manejasse os bons livos, niio teria aquell e que chorar e fazer rir aos outros. Um mercador faz injustiça nos seus contractos; outro em seu officio commette fraudes e eng·nnos : afinal se descobrem e o miseravel não tem mais cara de comparecer com aquella mascara, e o j usto 'aprende, -eis como fi– nalmente pagou aquelle todas de uma vez, e como Deos deixa fazer, mas não vencer. Tertio. Os máus dão aos bons uma li– ção exemplar da fraqueza humana. Por– quan to, quando vê-se um mancebo dis– colo, extravagante e perdido, um joven timorato de Deos deve dizer assim : - é grande misericordia do Senhor que 1,u não seja peior. Quando se vé um negocian te por tal modo mergulhado nos ganhos que não pensa nem em Deos, nem na alma, como se não existissem; diz um outro cornsigo : - bondade de Deos, que me dá um pouco de conhecimen to, pois que de outra fórma eu seria mais do que aquel– le cego pelo i nteresse. Quarto. Diz Santo Agastinho qu:! Deos mantem os malvados no meio dos bons, Ra~úe 11elas •1uaes Deo~ toUera ut per eos justi exerceantur, afim de que os os nmlvrulos. máus sejam materia de exercício de vir– tude aos justos. Ob ervai, pois, como se Porq .ie pois podendo Deos purgar -~ acham em vós dous generos de virtudes. mundo tirantlo delle tantos mal vados, os Algumas §.ão virtudec; pacificas, e outras deixa vi ver juntamente com os bons? são virtudes guerreiras. Virtude pacifica Porque ? é esta uma per·gunta não menos é a religião, a oração, a temperança, a mo– curiosa que u til. Eis aqui as razões e os destia, etc. Virtude guerreira é a fortale– rnotivos : za, a magnanimidade, a tolerancla, o pcr- Pr imo. Os mó.us com as suas mesmas l dão das injurias, o outras_sem~Ih_a?tes. ~aixõe::; . servem de instrucção aos bons. Estas virtudes guerreiras na~ e~ istiriam, Um apaixonado se perde atraz de uma vil senão houvessem m~lvi:dos. l eria por aca– crcatura. Isto ensina aos bons com que so a Igreja tantos ~11Thoes de martyres so intensidada de alfecto devem amar a lleos . não tivessem havido tyramnos e perse– Uro interesseiro vai miudamente estudan- guid.ores ? Teria subido Suzanua a tanta •

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