A Estrela do Norte 1864

~ gressos do racionalismo com a sua pro- 1 N:io admira, portanto, que não tendo pagação na li ttera.tura, na politica, e nos nós uma opinião catl101ica esdarecida por costumes, é intlispen savel qu e o catholico escriptorcs devotados, e seguida por cren– tcnha uma opinião, e urna crença profun- tes intelli gentcs, que niio tenhamos uma da nessa opiniüo para contrabalançar a opinião asscntacla, esclarecida e seguida opinião racionalista. j em relai;ão á qu estão romana, isto é, em Eis o vacuo, que se sente na sociedade relação á um:t questão momcntosa que di– brazileira. A indifferença em materia de rectamente entenoe com o Brazil, que tem religião, que é peior do que a heres ia a o mell1or de dez milhõf.ls de catholicos, e mais pe"versa, tem como qu e tornado dif- cuja religião ó a catholica apostolica ro– ficil a manifestação e consolidação de 11ma mana. opinião catholica; e d'aqui vem que os A qu estão romana não é uma questão poucos que aspiram a essa opinião no do- de territorio, não é uma questão de liber– minio -da politica , das sciencias, da litte- , dade politica: é preci o ser-se muito mio– ratura e dos costumes são a lcunhados de pe pa ra n ão ver a influencia do protestan– l1ypocritas, tartnfos, partida rios da inqui- ti smo inglez açaimando a burguozia ita– ~ição, e propugnadores dos au tos de fé, liana para dar um golpe mortal na subli– ,i esuitas e ultramontnnos, fautores do des- . me instititu ição do papado. potismo e inimigos da liberdade. j No jogo sorrateiro e de verdadeira pre- Mas o que entendemos, ou o que se deve di!a{ilação poli tica, que faz a Ingla terra de entender por opinião cat.holica? E' tomar lord PalrnersLon com a França de Napo– o dogma catholico na pureza de sua <lou- leão m, n ltalia é o preço da parada e o trina, estudai-o, apreciul-o com os olhos papado é o fim, embora diverso, de ambos da fé; e cm presença da historia de dese no- os j ogador s. Palmers ton quer protestnn– ve seculos , e á luz da ph ilosophia evan ge- tisar a ltalia para melhor assentar ahi o lica; e depois confrontal-a com a politit'a, dominio britannico: Napoleão quer do– com a littera tu ra e com os costumes, e re- minar o papado 11ara assegurar no thro– conhecer a sua benefi ca influencia nos no da França a sua dymnastia impro– dcstinos da humanidade, na fundação, . visada. progresso e decadencia das nações. 1 A brochura de LaGomeriére, inspirada Tomar pois o dogma catholico, e appli- pelo ous;;ido e ma nhoso arbitro dos desti– cal-o á politicado Brazil, avali ar a sua in- nos da França é quti conílagron o papado. fln enca na estctica da sua nascente litte- De certo n ão pensou o prisioneiro de 1-lam, ratut;,J., e prescrutar o alcance da ingeren- qno a scentelha produziria tamanho in– cia da moral christã nos habitas e cos tu- cendio ; por isso cercando Roma de inim i– mes da sociedade domPslica e da socieda- gos, cercou a cadeira de São Pedro de sol– de publica, eis ao que não duvidamos cha- dados fraucezes. m11r opinião catholica no Brazil. 1 Em que fi cará o jogo de Lord Palmers- 0 rac ionalismo tem bus~ad o inquinar a ton e de Napoleão m n ão podemos nós politica, a littera tura e os costumes; e para prever; mas com toda a fé catholica; com esse fim vale-se de palavras sonoras, e de toda a fé da historia, o papa~lo não ha de forçad~ signifi cação. Assim á licença cha- ser presa dos jogadores; porque a fé e a ma liberdade, á ordem chama despotis- historia dizem, que - Et portre inferi non mo, á revollllião chama prog-resso; e co n- prceualcbunt adversns eam. clue por assoalhar que a Igreja é inimiga Ha trez annos a es ta par te todos os va- da liberdade e do progresso. pores da Europa trazem para o jornalis- Para contrastar a opinião racionalista, mo brazileiro, echo in r.onsideraào dojor– que aliás lavra desmesuradamente entre n nlismo rac ionalista do velho mundo , qu e nós. é que con vi nha estabelecer, desen- a questão romana estava resolvida ; que volver, encaminhar e propagar a opinião noma vai ser a capital da Italia revolu - catholica. f&ionada por Victor Emmanuel e ,Pelo seu O ~mpenho é difficilimo. !'amigo Garibaldi; que Pio IX esta_ ás _por- A imprensa, e especialmente o jor n alis- 1 tas da morte, e outras que taes fnole1ras, mo, qu~ é um mei o poderoso de circula- qu e depõem altamente cont_ra o bom sen– ção, esta como que a soldo do racionalis- so de quem propala taes dislates : agora mo. A nossa politica é protes tanto ; a nos- trouxe-nos o ultimo vapor uma nova ver– sa lltteratura é o reflexo do scepticismo, siio da questão romana; em que os novel– que corroe o coraçã? da futn!'ª ~eração ; leir_os racionalistas parecem aproximar-se os costumes sãopr~1cameute1 mp10s,gr'-!-- ma~s _da verdade como o hydrophobo se c;as ao folhetim perigoso, graças ao scept_1- apr1x1ma da ag~a. cismo de Byron, Georgo Sand,_ e Eugemo I E o que nos d1z_a1?, os n~veUeiro_s com s ue; e ás mon struosidades de Victor Hugo, caracter e authentic1dade d1plomat1ca?

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