A Estrela do Norte 1864
lll)oauhngo .~nu:o 11.B ~4- ESTRELLA DO NORTE. W ll o~ AUSPICIOS nc s. EXC. RB\'MA. os~. D. A:-ITONIO DE MACEDO cosn, nISPO DO PAIIÁ . Vcnitc ct nmbulcmus in !uminc Domi11i. l SAI. l[. 5. 9 t i 64\..P t,/.iUUS-!:"WWW"5:!i:ii,1LZí,D üA M&t it # 1 tíl! Mii?;;&riWPt~ S\ g:-,;.::t.m':15.~.iiilí !r.d.ii ••* 2SA2iii ÇJQ.J CAr.TA AO SR . DIRE_CTOR DOS ESTUDOS RI-:– UGl0S0S1 JIISTORJC_OS E L!TTERARIOS. m. ( Con tinunçii.o. ) Corno? ~odos os ch ristãos, sem excep– ção, affirm~arn o mi lagre e o sobre-natu– ral, e mais ainda, julgam ter excellentes razões para affirmarrm; elles accrescen– tam que as ditas razões pareceram deci– sivas á S. Agostinho, á S. Thomaz , á nos– suet, á toJ os os gran des homens da Igre– ja; cl:as são ainda hoje em d ia arceitas por milhões de inLelligcncias qu e com di– rei to nenhum consideruriamos como in– feriores á vossa; e vós vindes dizer-lhes com toda a gravidade q ue os Evangelhos são legendarias, por outra fabulosos, só pela razão de encerrarem olles o milagre e o sobrenatural ?-Eu julgava, cá para mim , que em toda rliscnssão com os christãos, o ponto culminante de todas ;,s qu e· ões seria justamente saber se ha e se pód e ha– ver sobrenatural e milaares, sim ou não. Vós negaes ; bem : é este o vosso di reito, dan do vossas razões; mas ató te!- as vós de– duzido clan s e conclu dentes, não ten des, que cu saiba, o direito de dar vossas meras n egações nomo pontos de partida para de– monstrações. De veras, raro Ernesto, isto é dema is ; os theologos por esta vez dão– vos graças ; elles battcrüo palmas á logi!'.' ca - Renan; o vossos amigos, juro-vos, disto não se h ão de gabar. Supplico-vos, pelo que me toca, de n ão vos mais aven– turardes á defen der-vos com taes armas. A_gora passo á um quarto defeito, que mms ou menos so liga com o - preceden– tes, e que o olho de vossos admirador es por demais fascin~dos pelos enca ntos qu e cm vós acham , nao vf. ~11ffiriPntomonle: ,1 rrmtrnrlil'r_'iln. E' este por excell ncia o circu·10 vi0ioso em qne se movem as log·icas cnfcl'mas ; 13, sej ,\ q uem fôr dclle nüo sahe com s flo reios da rethoricn. Pedia- vos , ha pou– ro, passarmos ligeirament e obre vo sa s petições de p r incipio, perrnitti-me corrl r atra vez do Jabyrintho de vossas con tra– dicções. Como·contal-as se qu er? Ao sobren:l.tur ,ll f i qne Jesus deve u todo o seu pod tc·r ; sem ,1,o ít1 ella con virr t:o intima da sua l'elaçt1v sob,·ena taral co,n lJeo~, Elle teria sitio um homem vu luar. E en– tretanto era essa cren,:,t 11 m erro, e Psrn convicção um sonho de h allucinado . Jesus teve de faz-~r milagres ; o m ilagr e er a a con di cçã0 ci o Sf'U ascen de n t : ora, o mil:- – ~re (, uma impostura,e se um <liaoculto de Jesu s StJ en fraq ue.:e r ·11a huma aicla<l , os milagr ~s disto serão causa . Poderio' ajudar-me a e1.1tender isto? A fé no sobre– n atural e no milagrt é insensata ; e com– tudo Jesus fez bem, cren do no sobr ena– tu ral; fez bem, inculcando-se por thau – maturgo : Esses bel/os erros fo:-am o segredo de su,t força. Viva a contradicção, em– bor a ! Ainda não é turlo. - As promessas e a esperan ça de um reino apocali pLi co m•o p,ssa vnm de uma chiméra, e com Lu ,'o essa chiméra é a expr essão a mais elevacla. e a mais poetica do progresso humano. - Cs discursos de Jesus (sohre o fim da sna vid,,) estão cheios de exager:ições; elles de:;mPr– tem a na t11rcza; e esses discursos f, ram í[UC persu adiram ; e o immenso ptog,·e.~s,, do Evangelho é dev ido á essas exagerctcúes. - Todas as ghn fü,s cousas d:i. hu ma ni– dade tem sido r ealisadas em nome do pl'incipio-5 absolutos ; eo que antes de tudo deve-se comhater, são os principio:3 a hso– lu tos? - O tacto da saaalicladc consiste na negação dos prinrlpios ahso u to · o da ,; conclu sões precisas. - Qt(Ct(I sabe, se a ag11- de;;n. do espit'ito nao cons1st1ra em abster-se de concluir ? . .. - C mo nlrnni::n YO~~a l0~ka o l'nn r ili:ir
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0