A Estrela do Norte 1864
Mr. nenan tem 11ma ma1, e essa mãi I supõe 0antor da Virlade Jesus. Tenho pres– ( dizem) é um:i. Sftn t:t, qual muitas pro- sa de assig-nalar-vos os principaes ml'ios duz a chrislã Bretanha. Ontlc pois terá ellc qu e elle emprega para alcançar E'sse fim. achado a tri ste cor;i.gern de ferir o corac:ão E aq ui , Senhor, vol-o con fesso, sin to-me dos cbristãos e de sua mãi, atacanclo Chris- a1irum tanto embara çado. to por e1les amado e por el1es adorado? Pergunto-me á mim proprio, como po– Elle fere en tretanto, elle fere friamente, <lerei conserrar sempre na minha palavra sahc ndo o mal que nos faz; el1e fere, cu.1- aquelle sPrio impertu rbavel que o author culanrlo o alcance, e escutando o rui do gostoso affecta, o que ellc conser va, ain– dos seus golpes; elle fere, a ffoctando amor, da mesmo qmrndo pol' certos lados engra– r espei to e quas i atlor,tção ; aquelle com çaoos, seu modo do di scu tir toca de perto eff.~ito á quem elle ataca com essa aggru- ao comico, e ás vezes até torna-se com– vação de insolr. ncias e ele desprezo, cl le pletamen te r idíc ulo. ~Ir. ncnan, cl1)sde salva-o como a honra, o id1ial, o mes tre algum tempo zombei de nós ; elle nos burla. da humanidade . Mas eu já disse, elle é um gracejador gra- Ave, Habbi ! Debalde queria 011 afastar ve, pelo que at6 i.I1eg-a ás vezes ainda do meu pensamen to esta lamentavel mais divertido. Nesse ponto ellc alcança lemb ra nr.a; á pesar meu, lendo esse ás vezes a perfeição do genero , e quanto livro desol:1do en tre torlos os livros, ouço seu fim, quan do nelle se pensa, é digí10 aquella palavra cheia de espanto remm- de nosso pranto, tanto os seus meios, JJem bar no meu coração comu u m ccho de exam inados, merecem o nos o ri so. Eu Geths man i. Perdoe-me o author ; essa muito lhe nconselho, para o futuro, que im pressão é obra sua, e dô1· minha; não mude de tactic:1. podia deixar de sentil-a, apenas podia Mr. ncnan é sem duvida mnilo inclina– não dizer o que sin to . Mr. nenan ,iulgo-se do a receber nossos conselhos. Mas em– com direito, e deu-s:J ao prazer de ferfr- hora soberhamente desdenhoso, elle não nos e a nosso Deos com a PSpada de ha desrl.enhari a tal rezas ad vertencias de uma muito afiada ; tenho o direito de revelar ami sade que ell e es timaria, ao mesmo pas– a dõr que cite nos causa ; e si nto algum so il\u strada, sincera e delkada. Oauthor alli vio publicando a impressão que clle da Vida de Jesus terá , -supponho eu, ao me deixa. Mau grado meu , da-me a tcn- menos uma dessas :imi.;adc,s. Supponho t ação de indagar porqne, ao passo que se pois, que, depois de lid a a Vida de Jesus esfo rça eo1 deshonrar-nos o a nosso Cl1ri s- com aquella pressa sympalhica que sen– to, impõe-se o papel mais que surprehen- ti mos em ler as ob ràs de um autor es ti– dedor do rehabilitar um homem, que a maclo, o amigo sincero, logrado cm sua consciencia humana marcou para o tem- presença e muito dcsorienlado, dirige-se po e para a eterni dade com o ferrete in- á l\lr. Renan , para fallar-1be sobre seu delevel ; porque elle trata com uma in- li vro, naqnelle sós á sós, naqnelle coração du lgencia tal, que alé aos seus escanrl a- ú coração em que a amisadc tudo ou sa lisa, um discipulo ele Jesus, por demais diw r, o tndo accei ta. a t6 a verdade, que tristemente celebre na h istoria das apos- rni o se diria, e não se acccitaria algures. tasi as, para qu e não fosse dccrnte a 11m Ora . é isto, pouco mais ou pouco menos , cscriptor ex-lev ita velar-nos o seu rosto; parece-mo, o que o melhor dos ami gos, porque elle Ião aspero para com s. Jo;io, li vre pensador como ellc, j ulgando. c.om tão duro para com o mesmo Ji:sus, sente- imparriali rlade os processos da uacnt1ca, se commovido de tão in disivel compaixão sem falta ln e diria no intcrrsse da sua para o pobi·e Judas? Porque ? .... ncsisto gloria, e para honra da sua cschola : - á tentação que aqu i me dá o au thor da Meu caro Ernesto, acabo de lêr, cu tflm– Vida ele Jesus. Deixo-lho como sua in vio- bem, vosso li vro tan to tempo esperado e lavei propriedade o segredo da sua nlma ; tão impacientemen te desejado; minh_a. mas cer tifi co e proclamo sem hesitar o fi amisade é por demais sin~era, para der– da sua obra. Est;t obra, r Ppito, é Christo xar-vos ignorar a impressao que clella me en tregue sob o véu do rcspcí'fo ao dcspre- fica . Ninguem mais do que .cu, b~m o zo popular; é o anti-r:hri stianismo puro sabeis, appl:mdc o granrle desig-rno ,l que 5ob o nome mentiroso de puro christia- dcclicaes um hello taleI_1 to : ma s dando– nismo. vos toda minha srmpathia 1 dcv_o-vos toda Eis a chave do mys ter ios livro. Desafio a verdn.de , perdoar-~c-hers n~111h.:1, fra n– a qualqu er de nclle en tender cousa algu- ql~ ez_a em v1 st!l de mmha adn_uraçao. P~r- ma sem esto segredo. m1 lt1-me, pois, que vol-o diga sem d1s- ' farcc : ao passo que nos cnthusiasma o IH. vosso fim, vossos meios admiram-nos e Ba staª" fal!ar-v 0 s , obre o fim qnc se desorientam-nos. Desta vez acompanhri -
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0