A Estrela do Norte 1864

!!..!.::! do publico muito mais do que a sua obra de qu em aqui se falla? Será ver dadElira.– pessoa l . . . . men te o Filho do ll omem do Evangelho Mal me a trevo, senhor, a acabar esto que pretendem pintal'-me debaixo dessas retr ato de Jesus-Homem ; cumpre com feições injuriosas ? Será este o ideal da hu– tudo vel-o, qual nol-o tem feito aquelle manidade ? Será este o meu Christo ver– prodigioso pi n tor de Josus. Esse homem dadeiro? Será es te que pretend em apre– que mal se póde imaginar, quereis saber sen tar-me como o apogêu da grandeza o que elle se torna debaixo daquelle pin- hu mana? cel blasphemaclor? Lêde ai n Ja o qu e mi- Eassim mesmo não reun i todos os tra- nha mão hesita em transcrever-vos. ços r idícu los inOictos á figura de Christo Es te homem, depois de muita tergi ver- pelo artista audacioso, que não se en ver– sação sobre seu desi~n io, determina-se a gonlla de nos apresentar como um retra– acceitar e a representri.r até o fim seu pa- to, o que não passa de uma caricatura pel de l\Iessias. Então ello tem fé de si mes- duas vezes indecen te, e duas vezes ímpia mo á medida que os ou tros tem fé nelle ; do Homem-Deus do Evangelho. e obsesso por uma idéa que torna-se cada Que signi fica este homem, que â medi– vez mais imperiosa e exclusiva, elle mar- ela que percorre sua carreira, ombriaga– cha para. seu fim com uma. especie de im- se com o vento da sua popularidade, e passibilidade fa tal. Como , e por que meios que de alegre moralista e de doutor en– marchará elle ? Como todos os ambiciosos cantador que era a principio, torna-se que querem chegar, pela astucia, pelo ar- sombrio g igante que a tira-se fóra da bu– ti/lcio, pela Gxageração, pelo fa natismo. manidade. e passa todos os li mites ; cujos Duvidaes? Lêde ainda: .Jesus affecla saber excessos rigorosos rompendo todo o freio sobre aquelles qu e elle quer ganhar par- chegam até supprimir a carne ; e que, por ticularidades i n timas, deixando crer que uma afouteza ext.raordinaria faz passar uma r evelação do alto lhe descobre os se- essas exagerações, e ameaça o futuro com ~redas, e lho abre os corações; dissi mu- sua moral exaltada, sna linguagem h y– la ndo assim a ver dapei ra causa de sua perbolica, e seus sublimes paradoxos ? . . . força qu e 6 smt superioridade sobre os que Que sign ifica este homem, muitas ve– o cercam. Elle ama as honras, porque zcs rude e intractavel, a quem seu máu ellas sorvem á :,eu fim , e contribuem a humor arrasta ás vezes á actos inexplica– estabelecer no povo a illustração de su a veis e apparentemen te absurdos; que aze– descenclencia; elle apraz-se nas pequenas da-se contra a incredulidade ainda a me– ovações, quando os men inos o proclamam nos agressiva ; e a quem a paixão, fundo Filho de David, e elle está mui to satisfe tio da su a indolo, arranca as mais asperas com ver estes jovens apostolas conferir- invectivas; que, depois de incomparavel lhe publicamen te u m titulo que elle não bondade no pri ncipio, torna-se, como La– se atreve a tomar para si; e a âquelles que mennais, in tractavel at6 à loucura para o in terrogam sobre a significação desses qu em não pensa como elle ; e que, antes triu mphos populares, elle r esponde como de deixar seus discípulos, fez-lhes recom– habil políti co por um modo evasivo. Dou- mendações que envolvem germens de ver– tor enca ntad or, elle perdôa a. tod os com Yordadeiro fan atismo ? . .. . tanto qu e o amem. Cheio de an tipa- Qu e significa 1•ste homem, cuja exalta– thia e de odio con tra os seus adversa- ção o sobre-excitação vão sempre crescen– rios, ell eencerra em si mesmo seu descon- do, e que arreba tado pela assambrosa prq– ten tamento, e não commu nica os seus ver- gressão do sen enthu siasmo não é mais dadeiros sentimentos senão á sociedade li vre ? A' quem a grande Yisão do reino intima que o acompanha ; elle empr ega de Deos, cbamme,iando diante delle, causa termos discr etos para não chocar demais vertigem, e á quem seu temperamento os preconceitos em voga. Mestre insigne xcessivamen1e apaixonado levava. além na. if-onia, elle ~e compraz em jogos de O as métas da natm eza hu ma na, do mo.do p al:tvras~ e sorri-se da sim}2licid·-t1le de que em certos momentos ~eu s propr10s seu s disc1pulos. s"!la conversação, tão cheia discipnlos ju lga~a.m-.no .doido; e~te bo– de g-raças na Galtléa, tor na- se em Jeru- roem , cuja conccrnnma tinha perdido al– salém um fogo vivo rle disputas , nas guma co'usa da sua primitiva pureza; e quaes seu gen io se extenúa ~om argu- que, entala~o, desesperado, não é mais m:mta~ões i nsípidas s,ob~·e .ª lei e s?bro os senhor de s1, e obede~e á torrer:i,te ; esto prophetas ; e seus rac10cm10s sub ti s pr o- 1homem, e!n~m., que ~o!xa transpirar con– curam equivocas por elle adrede pr olon- tra sous m1m1gos sm1stros r esentimw– gados . ... . » t~s; qu e no_1 ;omento de soffrer sua pai- Com effeito, forçoso me é perguntar -Il' e xu.o, amaldiçoa sua aspora sorte ; e_que, .:i mim mr,; mo: Sr,rá rrnl mrntc dr .Tesm na hnra suprrma, tem um:i. Rg-oma ele

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