A Estrela do Norte 1864
,.:;,:::a_::r;:~.:.;Jh.PMS?Zfl 1 :S ., L &\PDVCiiklt+wec::,J1t - - Pedro ; rc!)r~se ri bs es·a mys tcriosa pc- 1 rio ; cu qniz um imperi o todo inteiro ; dra, sobre a qu al o Divino \l cs tr0 cdiíl- porem maior, mais solülo, mais difflcil cau su a lg-l'eja. Tú P., Pct,·11,S, ct super de conqui star que o irnperio romano. Tslo hunc pet,·am cerliffc:ibu Ei:cl-Jsi,im meam. '5o surprehendc-vos? esquecereis os senti– temas ! Só o sr-:r' l!Ol: edificou sun fgrc,ia ; mentas ele vossa juventude e e sa libet·– só ellc pódc go rnrn t1l-a. V,los se tornam, tl,ulc mais nobre qu e a ambição á que poi , os sfor()o.; d' aq11clles que ousam a piraveis. E' o hem que possuo ; não tocai-a com as su as sacrílegas mãos. Nisi me podem anebatal-o. l\las vós podereis Domfrws ced•'ficave,·it dum um, in vanum /aba- 0 ·ozal-o comigo, Florus: já passou -5C o rnvenmt, qiú (Pr/ificant cwn. Perman ecei tempo cm qu e tinhamas de soffrer capri– em Roma. Não siio exer<:.itos que hão chos d'um senb.or ou soherba d'um cor– de defend cl-a: e sim o Senhor dos exer- tezão. citas. _Yisi Dom'n 1 1s cu,stor.liel'it civitatc111, So u cu que possuo este imperio que fr1.1stm vigilnt, qui cu ·taclit eam. Todas as buscais. Minha amizade vos teria cedido infer naes tramas dos impios cont ,·a a a metad e do throno, e não gastareis cousa Igreja de C!ll11STO s,,riio pulveris:ulas; alguma. quaHLlo se jul'•arcm venuedo res , seram - Eu gas taria tudo; não 6 bastante, vencidos. Et JJúrlce infei'i uon prrevalebunt Oioclés, ser senho r dos outros, é preciso aclve,·sus eam A victoria é nossa : por- ser senhor de si mesmo. que basta a nossa fé, a fé dos povos catho - E' v •rdade; mas podeis liso ngon r-vos li cos para zombai' elos ímpios, e vencer de s~l-o, vós, cuja vida e fortuna depen- o mundo. d m d'um governador de província, ou Hwc est victoria, q1ue vúicit munclum, fic/es d'um vi sinho invejoso que quer expellir- nosfra. vos da vossa h erança? E' este o vosso Con,ripe 30 el e Agosto de 1864. imperio '! - ~linha liberdade, Dioclés, consiste em nada temer; p0sto que me expellissem deste retiro, da IJalmacia, do imperio, e O ;hoane~aD. -wea•,i1ul2iu•an1ente li- de todo o mundo, não consegneriam se- Padre LEsSA. v1·e e o , ,e,i•da,lei!D.•o el§c1•avo. n ão tornar-me mais livre. Minha liber– o imperador Diocleciano, que perseguia os ch ristãns com tanto furor, hia muitas vezes á Salona, cidade tle Oalnwcia, onde se julga que nascP,ra, e _onde tinha bellos jardins ; como preteml!a engrandecei-os, lançou os olhos para um jardim separado de seu muro sómente por uma sebe. l!er– guntou quem era o dono; responderão– lh e que era um so litario qu e á 2;:i annos mio Linha sahido de seo retiro, o que vi– via dos fructos rJ e seu campo. Quiz vcl-o, foi elle mesmo bater á por ta : o solitar io abre; Diocleciano rcconlwcc Florn s, seu melhor amigo, compatrio ta, companhei– ro d'armas, e um dos melhores officiacs do exercito, que estivera com olle em campanha, e que se t inha julgado morto em l\lesopotamia. Salta-lhe ao peseoço no mesmo instante. u Como ! sois vós a quem vujo? é possível que es tejais intcr– rado aqui ainda vivo, e que benllais sa– crificado tudo o que vosso merito, tudo 0 que uma nobre ambição vos promettia no mundo. Vós não sabeis o que per- destes. . . . 6 _ Eu sou mai s an1b1c10so que v s, meu d:i.J o está na alma sobre a qual não se tem clomini o. Ni ng-1:iem poderia. Lornar- 1111) cscrn vo, senão fazendo commettet· uma acção má , e espero que nenhum homem terá jámais esse poder . Oh ! quão IJella direcção , meu caro Dioclés, não é o ser tão moderado em seus drsejos, tão recto cm seus pe,1samentos, tão justo em seus sentimentos, que a intelligen cia inilnita nada ·tche r eprehcmivel cm vosso cora– ção! Esse imperio vale apenas ser di spu tado, e é por elle que combato á 30 anno s. Confessai- o: não ach astes qu e era mais facil governar o mundo do qu e su as 1mi– xões? - Eu o confesso : minha consciencia 1~ por vós, meu caro Floru s; vós me delei– tais, tendes sentimentos sublimes; mas entretanto sois culpado de tel-os enc~r– Q dos comvosco : clernis vir á minha côr- te; ter-me-heis ins truído. . . - Não me escutareis, meu caro D10cles. Esta doutrina não é nova; clla niio ó mi– nlta invenção; ha homens que a ensinam . Escutas te-os, honraste-os? Ju lgai-vos YÓs mesmo. ., Diocleciano lembrou-se de su as perseguições e cahi~ em profunda melan– colia. Em seguida tl.isse ao solitario : <'. A viva, tes n:i eus remorsos, eu persc– (i) Nom qne tinha Diocleciano, antes do ser gm u ma dou trma que amava; não atre– vi-me a ser justo; ainda imperador co- caro Dioclés (i} rcplícou_o soli tari~. Vós não quizest~s senão UOl lugar no nupe- imperador. • •
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