A Estrela do Norte 1864
&-:~'li' iC.E 1,1,:1 ttO NOll'I' E , por aqurlln.s á qlwrn porleriam serv~r de mo,lêlo; porém, prnrnrão ao me!_)OSa to– dos que as lerem, que a gra~n nao aban– dona in teiramcn tt! a· almas desgarradas, e que por mais en~olfauo que se es t~ja no vicio, pode-s_. sempre \'Oltar á _virt~de quando fielmente si!gue-sc suas rn sp1ra– ções. ( Tmcl. pol' um seminarista . ) Dioee~em 'il'agns. Continuam viuvas de pastor ordinario as di oceses do Rio de Janeiro , de Goyaz e de Pernambuco. o governo ainda ha pouco intimou os prP,lados brazUeiros para que puzess~m immediat mr.ntl' a concnrso m benefic10s que vaga. sem ; mns é o ca •> de applicar– se o dHo de - bem o prég-a Fr. Thomaz-. o governo exige que os bispos, que aliás não tem um pessoal sufficiente para pre– encher os benefic ios, não obstante os preencham ; mas na.? doze diocezes do impcriu o governo nao tem tres padres para os nomea i' bispos das dioceses vagas_! E não se nos diga, que o governo esta pensando na escolha. Somos os primei~os a reconhecer que.º nosso clero não es ta nas melhores condi– ções de iustrucção e pureza de costumes saceruotacs, como cria para dez~j~r; f? ªS é uma affronta e nma flagrante IDJustiça, não só dizer-se, mas até suppor-se, que não temos padres muito tlignos de reger uma diocese. Seja qual for a !'nzão do emperramento du govo ,•uu em 11 üu aomeut· prolatl oi:< pura as dioceses 'vagas, ellc não pódc ser isento da culpa de negligen te, porque devia de anlrmüo Ler Lnmaclo medirlns parn ns dio– cese do Hio de Janeiro e de Pernambuco, cujos prelados se achavam, por sua edade e achaques, como ilílpctlidos. u que ele tudo isto se p6do deprehender é guo a lgreja só é lembrada pelo estado quando tom de se JJ r· entraves no livre exercício de sua missã divi na; o que, a.o con trario, no que cl epen dfl do bispo exte– rior só ha difflculd a<les o proCü,as tinação de neg-ocios, que carccelil de prompto ex– pedien te. Aguardemos melhores eras; porque a epocha que va_mos atravessando ó de pro– va para a lgreJa. ( fut.) V1u•ie1lades. Chegou á certa cidade um violin ista_ e foi apresentado n'uma casa ondo se reuma a parte mais selecta da sociedade, no dia em que havia naufra~ado á_vista de toda a povoação um nav10, cuJos naufragos tinham perdido todos se_us havere?. O violinista convidado a tocar ah acce– deu e apresentou-se ante o concurso dos con ~idadas .que ficou admirado vendo que elle trazia uma rabeca sem cordas. Uma dama lhe perguntou emar de mofa: - Então vai tocar a secco? - Não, minha senhora. - E as cordas ? - Estão occultas. Todos aguardavam impacientemente, e perguntavam entre si: - Em que cordas irá elle tocar ? - Nestas exclamou o violinista. Nisto apresentou' em ar de um mealheiro a cai– xa da rabeca, d1zendo : - Senhores, uma esmola para os po– bres naufragos. Todos se compadeceram e a rabeca en– cheu-se de esmolas. - Não pensam, disse o artista, que as cordas em que toquei sôam melhor que as da rabeca? _ Bemditas sejam as cordas do coraçao quando vibram as harmonias da caridade. Este violinista tocou a·valsa, que o ar– cebispo de Chevcrus dançou, da qual fi– zemos menção no nosso n. 32° do anno passado. Censuravam um dia a Luiz rei do Fran– ça por gastar tempo cm exercícios de pie- dade. _ - Bem extravagan te suo os homens, respondeu-lhes com doçura; censn!'am– me por minha assiduidarlo na ora ao, o n lng uom diria nada se ou 9 as Lassc? tem– po que emprego nella em Jogar, brmcar, e caçar. . , E que guerreiro o legislador fo i S. Lmz. Certos moços lihortlnos zomba vamdo um religioso e entro outras cousas lho '! seram : .. -Ah I reverendo, vossa r~vorcnd1ss1- ma fiicará bem logrado se nao houver o tal céu. . -E vós tambem, o muito mais se hou– ver o tal inferno que a religião nos man– da crer. um dia que d'Alembert e Condorcct jan– tavam cm casa de Voltaire, quizeram fal– lar a favor do atheismo; mas este foi-lhes á mão, dizendo:
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