A Estrela do Norte 1864

• I - w: l &M &&M il« - ta nos céos escamecerá elos impios: o Se- l Chama todas as furi as do avcrno, e no nhor zombará ele seus planos I Fatigado j mesmo instante o vol cão as vomita entre de tão grande tumultuar de idéas dirigi- torrentes de lavas Satanaz faz signal do me ao meu lei to, apaguei a vela, adormeci I querer fallar, seus subd itos temerosos so e tive um sonho ;-sonho de qu e nunca reunem, !J O vulcão éspan tado emmudece. me esquecerei. Sonhei que estava nos cc Vêdes essa !~ra nça, que readquire hoj o princípios do ser.ulo XIX, e que dormia o antigo e pomposo titulo de primogenita tranquillament.e em meu gabinete. Um da Igreja? principiou Lucifer o seu dis– cspirito celeste agarrando-mo polos cabe!- curso. Ouvfs toda essa timbalhada de si– los, como fizera á Habacuc para condu- nos , todos esses clamores de alegria que zil-o ao lago dos leões em Babylonia, fez- estrugem em toda a Europa? - pois bem t me atravessar a immensidade dos ma- Eu mudarei em breve essa alegria em res, e collocou-me cm uma das torres de luto, esse prazer em dôr ! eu substituirei Notre Dame de Paris. esse pomposo titulo honor ifi co da França E di sse-me o espírito : << Vê, ouve e ob- por ou"trn ignominioso - de perseguidora serva; e do que vires, ouvires e observa- de Roma 1- Vêdes essa nebulosa ilha, que res, não te esqueças. » Lancei as vistas se lança no oceano, e que domina com os por todo o territor'io francez, e eis o que seus numerosos navios as nações do glo– vi, ouvi e observei: - Os sinos do toda a bo? E' a Inglaterra, é o centro do racio– França enchiam o ar de suas alegres e nalismo, é o m~u actual imperio. harmoniosas vibrações. As c~,thedraes, ha E' dahi que nascem as revoluções mo– muito tempo fechadas, descerravam de -<lemas, é ali o fó co, o abrigo dos revolu– par em par suas por tas , que rangiam nos cionarios, os quaes são pro tegidos e ali– enferrujados gonzos. Ond:is de povo ves- mentados com o falso nome de philantro– ticlo de galas en travam nos templos, e os pia! Vêdes todo esse cordão dos Alpes, e ministros de Christo, que tinham e,,capa- esses grandes valle;, cober tos de reinos, do ao furor da guilhotina, rodeavam o de proYincia s e de cidades ? E' a ltalia, sanctuario no meio de rcscendentes per- onde domina a Cruz ;-a ltalia, meu an– fumes, flUe exhalavam fumegantes thu- tigo imperio, usurpado pelo pescador Pe– ribulos. Oorgão enchia as profundas ar- dro. Vêdes aquella grand e cidade- com c:idas de seus harr:10nioso& sons e o Te- seu castello sobre um rio? E' o castello de Deum era en toado pelos Yenerandos bis- Santo Angelo, e Homa, minha antiga ca– pos. E' que o culto catholico tinha con- pital, asaento dos Cezares, hoje denomi– quist.ado seus an tigos fóros de religião do nada cidade eterna! E' ali onde reside o Estado, ó que a França respirava livre successor de S. Pedro, é ali o centro do com a queda de nobespierre e da guilho- catbolicismo. Vêdes defronto esse vulcão, tina. E' que a deusa razão tinha sido eles- essa grande ilha? E' o Etna, é a Sicilia. thronada da praça publica, calcada e es- Pois bem! França, Napoles, Sirilia, Roma magada pela plebe · é que o OEOS de per- o toda a ltalia ser-me-hão suj eitas em dão e de nlist:ricorctia - o Dom Pastor - pouco tempo ; e a nebulosa ilha, a Ingla– tinha aberto seus braços á tan tas ovelhas ter!'ét, ditará com o seu racionalismo a desi:rarradas para conduzil-as ao aprisco. linha de conducta que tecm ele scguil- es– E', fin almente, que a Biblia ti nha abati~o sas nações e esses povos l O indifferentis– o racionalismo; que a Igreja de noma ti- mo religioso será o princip io dessa trans– nha esmagado o n 1lto da praça de Grêve; formação, e depois insensivelmente cahi– que o Immaculado tinha vt=>ncido a deusa rão no scisma. O Papa será despojado .do da pros tituição ; que o céo tinha aniqnil- poder temporal, Pedro fi cará sem.patri– lado, como' sempre, as forças do inferno. monio , oPai commum dos fieis, sem pres– Tudo era prazer, tu do inebrian te alegria! tigio, insultado, reduzi do a mendigar,_ o espír ito agarrou -me de novo pelos ca- será finalmen te crucificado no Capitolio, bellos, conduziu-me ao Vesu vio na Ita- ~1;0010 o Christo no Golgotha 11 ._ •• » Er<);. lia, e disse-me : « Vê, ouve e obser va , e honendo Sa)i:\l.naz quando assim fallava, do que vires, ouvires e observares, não te e seus satelltfes tremiam de cncaral-o. - esqueças. ,, Uma scena diversa succodia « Suscitarei um homem , continuou o na Italia. o Ves uvio lançava negros tur- príncipe elas trevas, suscitarei um homem bilhões do fumo pelas crateras, e rugia audaz, que será o terror da chrislanda_ae. horro rnsarl'len to. Lncifer lí vido de colera, l Será um pirata. Vêdes, além dos mai es, s~bre o vesu vio, lançiva ameaçadoras aquella grande na9ão? ~ a torra de Santa v1st!3-S sobre a França o sobre norna, des- Cruz, meu a.n tigo 1mpeno. ' ê~es aq1;1ella pedrndo de seus olhos sinistros raios. ne magnifica cidade com seus. z1mbor10s e repente h_orroroso sorriso se deso-nha po1· torres, com sua formosa baI:ia, onde cru– sobre as t1 snadas faces : zam navios do todas as naçoes do globo r

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0