A Estrela do Norte 1864
• 1' 1-:li'.rBU: l,LA DO ,NOll'l' F. , motas tempestades rru e deviam assaltar a I sados ( ·l) é a revolução, é o gcnio da des– Europa ? Fallar0i de 1650, qu:m do acaba- 1 truição que derriba para destr uir : a rcvo– va. ele sumir-se no t.urnulo o terrível car- lução, in imiga eh paz, da ordem, da !i– deal, e quando Mazarino tinha. tan ta ilif- herdade, e que vacilla contim,amentc en– flculdarlc em arrancar a jornn r ealcsa ás tre os dous 111;).ÍS crueis extremos que po– pcr igosas loucuras da Pronda.? Eo secu- dcm ameaçar o mundo - a a narchia e o lo XVI, na manhü. das terríveis guerras despotismo. - da religião, na vespera do assassinato de Eis os males, s(!nhorcs; o penso que não · llenrique IV, e qu ando apenas se respira- exagerei. va vergonha e dores dos u lt imas dos Val- l\las agor a, senhores, perm itti que tam– lois? Um pou co an tes, a pretendida re- bem Yos diga rapidamen te : eis o bem, e forma e as guerras dó. Italia ; an tes destoe; para quem tem coração, o bem excede, o tempos ainda, a luta inexpiavel pela en- mal, ou ao menos tem tudo o que é pre– trega do territorio, com Joan na d' Are e ciso para venccl-o. du Guesclin, com Azincourt, Poitiers eCre- cy, com a demencia de Carlos VI, com o ( Conlinú,,. ) desp ed açamen to do grande scisma ; que de desgostos, senhores, para o }Jatriotis- O poder lte1ups r al d o Pn.pa. mo , para a fé e para a vida I Paro : por– que julgo-vos sem desejos de ouvir fallar das dlscordias do seculo XI , das questões en tre o sacer docio e o imperio, dos terro- r es do anno 1060, das lutas dos primeiros Capetos, ou da decactencia dos successores de Carlos Magno. Pouco tal vez , mas é SONHO, E IIEALIDADE. [. S ONilO. quan to basta: voltemos ao presente. Eram noye horas da noite do 20 de Ju- Pode-se dizer que nos ceguemos sobre lho do anno da graça de 1864. Lia eu a os males de nosso tempo? 8-enhores, eu Uiblia, encerrado no meu ga binete da rua soffro mais do que ning-uem, á meu r es- nova de Coruripe, onde moro. Cheguei peito, do meu p:ü z e do mundo. ao 2° psalmo prophetico de David. Eu sinto cruelmente essas ch agas que E diz o psalmo: u Porque se amotinam 0 meu tempo deixa infligirá justiça e á as n ações, e os re!s da terra se congre– honra J Ellas tocaram as mais caras aifei- gam contra Jehovah e con tra o seu Ungi- d - • . do, dizendo - rompamos suas radeias, e ções O meu coraçao, os mais amaveis lancemos ele nós ac; ataduras de sua lei? companheiros de minha vida, a metade Aquelle porém que habita nos céos rir– de minha alma. sc-ha: o Senhor zombará de seu s planos. ,1 Os pr incípios ultrajados ; o direi to pu- Aqui parei , e amargas idéas me occorre– blico vencido; as raças reaes abr indo os r am. Con siderei o estado actual da Euro– caminhos do exilio sem que a virtu de, o pa e do mundo; a lu ta do racionalismo genio·, a santidade, a innocencia ou o h e- con tra a r eligião, os esforços ~os ímpios roismo pudessem arrancar á proscripção; con tra o poder temporal do Papa. Vieram– os povos agonisando debaixo do sabre, as me á lembrança Napoleão e Mazzini, Vi– nacionalidades ca tholicas su ffocadas na ctor Emmanuel e Garibaldi Roma e a rta– Ita_lia, na Polonia 1 na frlanda ; Pio IX ~es- lia, Pio IX e o Vaticano; - algozes e victi– poJ ado, e para diz~r. tudo, Jesus Chris~o · mas ; força bruta e ll nmilclade ; o.Ho con– rnsultado em :ma d1vmdade, senhores, eis omtrado e amor sem limites ; vingan~a o os g!a~des cnme? Q!}e se levantam como perdão; poder divino e poder humano ; tern vc1s apellos a vmgança de Doos. bayon etas , espr,das e canhão conLra? hu– . Em presença destes atten tados, do tri- milde ; resignação, paciencia e per dao do um~ho da força, e em presença das inso- umilde contra os soberbos da terra I E lenc1as ~osucccsso,osentimev,to moral da afflicto perguntava á mi~ mesmo, co~o h umam dade se altera profunã.amcnte . e navid: _ Porque se amotmam as naçoes essas ru i nas são_ custosas de r epar ar. Ao con tra O Ungielo de D~os? ç> que fez o Papa? mesmo ~empo eis as ondas das paixões e E' possivel que os 1mp10s vençam, q~e dos dcseJOSq1;1e surgem debaixo, desenca- a rgrcja seja es?Jagad~, qu~ a Cr!JZ seJa deadas por 1mpr uâentes chamados aos der ribada pelo mferno l - Nao I disse eu prazeres, ao lu xo e ao bem estar. senho- com a minha fé de v~rrladeiro c~th~lico; r es essa onda não é sómente a democra- não I os poderes do m ferno serao 1mpo– cia; essa democracia u que não nos mette ten tes contra a Igreja. Aquelle que hahi– medo » como ener gicamen te o disse no :rnno p:isi;aclo. r ntre vós o filho clf)s cru - ( 1) O Sr. C:ondc d0 1\fontalcmh0r 1.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0