A Estrela do Norte 1864
& E8TREI..LA DO NUR'.l'E. Clu•o111iea ReH.giosa, neuniu-se ultimamente na Belgica um novo Cl>ngresso catholico, onde se acha– ram presentes os homens mais eminen– tes, que, ou nas fileiras do clero, ou na dos leigos, combattem na Europa pela grande causa do=catholicismo. o Bispo do Orléans, o illustre I\Jr. Du– panloup, occupou durante tres horas a attenção de mais de seis mil pessoas , e sua palavra eloquente, interrompida frequen– tes vezes pelos mais onthusia. ti cos applau– sos, obteve um desses triumphos, que são uma gloria para a lgreja uni versa!. Daremos brevemente em nossas colum– nas esse discurso, que causou a mais pro– funda impressão em todos os círculos in– tellectuaes da Europa. No entanto nossos leitores lerão com prazer as palavras elo– quentes do Sr. Henrique de füancey, ca– tholico secular, que mostm que os ver– dadeiros catholicos não são inimigos do seu tempo, como erradamente apregoam os inimigos da religião. - No dia 20 deste moz foram inaugu– radas no altar da capella do Seminario duas bellas imagens represou tando Santo Amaro, e Santo Antonio de Lisboa. Na occasião da benção feita pelo llevd . Vigario Geral, a communidado execu tou um bello pedaço religioso de musica de Palestrina, de.pois do que S. Exc llevma. dirigiu algumas palavras exhortando os alumnos a tomarem por patronos aquelles dois grandes Santos, dos quaes o primei– ro, discípulo de S. Bento, lhes offerece– cia o medelo da vida regular e applica– ção aos estudos; e o segundo, ela pu reza e simplicidade do coração, que tanto agra– dam a Doos. -Cumprimos um dever mencionando aqui a !(,cante cerimonia funebre 1 que teve lugar no dia 2t do corrente ã nordo do Brigue de guerra- Maranhão. -A' peclido da brava officialidade d'aquelle vaso de guerra S. Exc. Hevma. permittiu q1: e o Santo Sacrificio fosse ahi celebrado pelo descanso eterno da alma do Impe– rial Marinheiro An tonio Martins do Al– meida, que desgraçadamen se af0gára no dia 15 deste mesmo mez, causando es– t e sur.cesso grande pena em toda a guar– nição. Um altar portatil foi lcvant~do so– hre o convez e orn~do com a maior de: cencia, e os mystenos sagrados foram alu celebrados pelo nvd. Pé~dre l\l~noe~ Josó sanches de Brito no me10 do s1lenc1? re– colhido da guarnição, a que se umram as dos outros Yasos de gnrrra snrtos no porto. Todas as honras militares marca– das pelos regulamentos da marinha fo– ram prnstadas com uma pontualidade, qu e revela ao mesmo tempo a boa disci– plina, e espirito religioso do digno com– ma~dante e mais officialidade cl'aquelle navio. - Outra cerimonia funebre igualmen– te edificante reuniu no dia 20 deste mez na capella do cemiterio daSoledade, mui– tas pessoas gradas desta capital. Os res– los mortaes do Benemerito Dr. Angelo Custodio Correia, morto victima de sua dedicação por occasião do colora de tll55, foram reunidos cm uma urna que depois da celebração do Santo Sacrificio da l\lis– sa foi collocada no mausuléo do Illm. Sr. Dr. Francisco da Silva Castro, intimo ami– go d'aquelle Illustre Finado. -O Brazil dá-nos as seguintes noticias: u Pediu e obteve a sua demissão da rei– tor do grande Seminario Episcopal do "P.la – ranhão, o Sr. Conego magistral, Dr. Ma– noel da Silva Tavares. E' para sentir, que razões houvessem, pelas quaes o Semina– rio ficasse privado dos serviços de tão dis– tincto sacerdote. - u No dia 8 de Setembro cantou no Re– cife a sua primeira missa, o Sr. Dr. Ma– noel da Costa Honorato, na festividade da irmandade academica de Nossa Senhora do Bom Conselho. Por essa occasião dis– tribuiu o mesmo venerando doutor uma memoria historica da fundação dessa ir– mandade, que teve por primeiro funda– dor um bahiano, o Sr. Dr. Carlos Speri– dião de l\lello e Mattos, actual juiz muni– cipal da villa do Rozario em Sergipe. n - Lo-se na Cruz : u Os amigos da Terra Santa, que são numerosos em França, projectam erigir sobre o Carmélo uma estatua colossal á Virgem !\laria. u Nada mais sublime do que esta idéa grandiosa. <1 Sobre o mais bello promontor_io do , editerraneo urna estatua de Mana, ãs portas de Nazarcth, em face do Líbano, sorrindo-se ás ilhas do mar, e aos mari– nheiros de todas as nações do Universo que as costcam, que espectaculo, meu Doos ! que symbolo de esperança ! o ori– ente e o occid cnte devem um dia se reu– nir a seus pés. l) '1\p. clíl Esrrn:1.1,A no Nor:Ti.:.
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