A Estrela do Norte 1864
~$ ***' 1 WSMSi L.S& > li ,W,JH@&c:r::cn:::-~~ e - me uma crrla impressão. Envelheci de Imos Stella rnatu{ina : ag·ora é preciso cha– repente, nesta casa e nesta escada onde I mar-lhe Mater dolo-rosa. cu me lembrava ter estado tão moço. 1 E n 'ste momento meus olhos quo per– l\Iargarida me _pu nha sobre os hornbros 1 1 corriam o quarto azul e que não o reco– um peso de qurnze annos. nheda mais, se fixaram sobro uma ima- Entrei sem ser ann_unciado, na camara . g·em da l\lãi das clôres com o coração azul. Henrique saltou-me ao pescoço. j atravessado por sete espadas. Era sempre elle ; olho . cintillan Le, cora- Henri(Iue peu.io a sua mulher que fos– ção Yivo, como eu o tinha conhecido e I se procura seus fiU10s que ellc queria amado. Pouco dcpoi , quandc, o primei- mostrar- me. Eu tinha acabado o exame ro fc,go se exti11guiu, pareceu-me que eu da camara azul. não o reconliccia mais. Seu talhe esbelto - Eu niio acho aqui de conhecido, dis– e direito se tinha eng-rossado e encuna- se eu ao meu amigo quando ficámos sós, do , sua palavra tão rapi da se tinha tor- senão o t. 11 r osto e teu coração. Nós ti– nado lenta; o tempo tinha cavado rugas Ilhamos fei to desse quarto u m mu sêo sobre sua fronte desguarnecida agora lla que não é o que ag·ora Yej o. basta calJellcira; não se via mais acham- - O 3·osto do espírito, me respondeu ma tlo prazer litilhn.r cm seus olhos, que Henrique, tinha arranjado as anLigus de– tinham depois disl·o olhado de perto a corações ; pouco a pouco llas foram su– vi da. Eu me_ lembrava que Henrique ou- bstiLuidas pelo gosto e psJlas necessidades tr'ora se qu01xava de não poder domm· fü alma, que são a oração, e a recorda– no fundo de sna alma o sentimento per- ção. r'em tu nem eu pens,\mos em pôr tinaz do ridículo. aqu i u m crncifixo; eil-o. 1 1 0 lugar que - Gosto muito de rir, dizia elle ; tenho elle occupa estava, tu te lenüiras, umu um demonio que me faz observar as ca- Diana Caçadôra : elfa nos daria pouca retas das pessoas que choram, mesmo consolação quando a morte reio aqui quando cu as amo, e quando as lasti- accender os seus brandõcs I Eu dei a m i– mo. nba mulher esta imagem de Maria ao pé Ah! não tirn n ecessidade de perguü- da cruz, e clla a poz cm lugar não sei que tar-lbe a sua historia para saber que el- pintu ra poetica, depois da morte de nos– lo tinha chorado por sua vez, que o sen- strf)i;lmeiro filho. timCilto da ironia es tava domado, que O desenho, que es tá por cima do ton- a chamma do riso se tinha apagado. cn.dor, onde tinh ama,, posto a festa de A mulher de Henrique me tinha Yisto Wateau , rcp1 enta o tumulo de meu pai poucas vezes, e não 11ôde, sem um pe- no cemiterio de s ua aldeia. Foi a min!m queno esforço, lembrar-se de minha phy- primeira obra esse ediflcío, e os cypres– sionomia, e de meu nome. E eu, em tes que o cercam foram as primeiras ar– qualquer outra parte, lhe teria fallado vores que plantei. Ao lado está o retra– scm reconhecel-a. Em minha memoria to da miii de minha mu lher. Ella mor– era a fada da mocidade, vestida de g-ar- r eu nesta cumn.ra , que só nós podemos ça, coroada de flores, abordando a vida habitar de então ,para cá. Os outros re– com o sorriso nos labios, pelo. verdes ca- tratos são agora o que nos resta de todos minhas da primavera. Corn. ç.io sem ma- os que nos era m caros, gue nos educa– goas, olhos qu e jámais encararão com a ram, que trabalharam e soffreram por tristeza, espírito que nunca concebeo in- n ús , e que cuidaram. com tão terna so– quietações, ouvidos habituados á dôces licit ude de nossa feliciuade. Este anjo palavras, mãos que só pegaram rama- que vôa para o céo é a seg·unda filha que lhetes, manhã rubicuncla, flor ao desa- , Deos nos tomou, nossa queri da Thereza, broch 0 1·, emfim prome sa da vida I As- 1Nós a perdemos no anno passado, com sim el , me tinha apparecido n0 dia de I seis annos. Ella exclamou em seus u lti– seu casai Jento, christã, mulher, harmo- cJlos momentos : -Deos ! Deos I onde es• nia de belleza, de fé, ele candura; grave . tá Deos? EuO]:uero ir para onde Elle es– poPque cria, feliz porque ~mava, radiosa ! ~á) - E com ella_f:oram-se o r esto dos dias porque ignorava . . .. Qumzc annos de- . 1 fehzes de sua mai. pois era a esposa envelhecida nos cuida- Os olhos de Henrique se encheram de dos domes ticos, filha do lnto por sua lagrimas. Eu mesmo perturbado, per– miii, mãi ~e luto por seus filhos. Sobre corria silenciosamen te com 9s olhos to– suas faces 1mpallidecidas a torrente das das estas fu nebres recordnçoes. O meu lagrimas tinha cavado fL{nJo o traço dos amigo comprehendcn 1:11en pem_amento. annos, cm seu coração submettidn á cruz 1 -Sim meu caro Luiz, me disse elle ella abafava o solu~o inconsolavcl el e na~ · aper tando-me a m_ão, eis O que vem a ser chcl. :llc lcmhraYa rrnc nós a chamarn- ' u ma camura nup<'ial: no fin1 de alguns
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