A Estrela do Norte 1864
A E!!i'.R.'IU:J,1,1'. DO NOH.'.S.'I~. da essa caterva de ímpios passou, apenas deixando uma execranda lembrança da sua ephemera e desgraçada existencia, em quanto que a religião do crucificado mi atravessando Yictoriosamente os seculos na grandiosa missão de felicitar a huma– nidade. Assim os tolos repetidores das inepcias daquelles sopbistas, os dizedores do ridí– culos insípidos contra a religião, e tudo o que ella consng ra, acabarão por sua vez passando como uma sombra, que se su– mirá na obscuridade do tumulo. Coitados ! E a Igreja de Jesus Christo, alvo de to– dos os alaques do inferno, permanecerá inahala vel, porque lá está escripto: Porta inferi rwn 1Jrceva lebunt. ( Ext.) Feiiciahule «lo Ulai"is tão. poz as cousas de tal sorte rrue nossos pra– zeres se enfraquecem e são acompanha– dos de disgostos todas as Yczes que ellcs transpõem os limite. da sobriedade e da temperança. Vêde o que acontece sem– pre a aquelles que se entregam aos ex– cessos do vinho e da gula. A fo1'tuna'l-Quaes são as causas que conduzem orcfinariamen tc um homem de bem á fortuna? Aassiduidade no tra– balho, a ordem , a economia. Ora, todas estas couzas nos são ordenadas pela r eli– gião, não sómente para nos dar uma fortuna passagei!'a que mil acciclentes po– dem roubar-nos, mas tambem para nos assegurar no céo uma posição e thesou– ros que nada poderá destruir. · A estimtt pnb licet 'l - Para obtel-a não ha senão um meio possível, é ser verda– deiramente estimavel; e, para ser ver– dadeiramente estimavel, é preciso ser virtuoso, porque o mundo estima a vir– tude ainda que nem sempre a pratique. Existe no mundo um prejuiso que, ab- E' preciso pois. ser justo, fran co, mo- surdo como é, não passa menos por unia desto, caritativo, sob pena de ser tratado verdade incontestavcl aos olhos de mui- com um rigor implacavel. Ora, todas es– tas pessoas: figura- se que a religião n ão tas v·rtudes são precisamente as que a tem senão cruzes, privações e mortifica- religião mais nos rccommenda, não só– çõcs de totlos os generos para aquelles mente para merecer a approvação dos que praticam .sua moral e seguem seus homens, mas tambem para merecer a preceitos, e cl'ahi concluo-se muito natu- approvação e os favores de Decs. ralrnen te que, para ser feliz neste mun- Os enca"'.tos da amiZllde, ae doçuras ela fa- do, é preciso não ser religioso. mi lia ? - 0 consistem estes prazeres na Este erro ó hem grave ; importa refu- união dos corações? Essa união é o cffci– tal-o para que a impiedade não possa to da caridade, esta vir lude tão vivamen– ser vir-se delle como de um argumento te recommendada l)ela religião; carida– con tra a religião, afim de, que as pessoas de que faz sobre a terra os verdadeiros fracas na fé não se deixem desanimar por amigos, os bons pais, os bons filhos, os apprebensões chimericas. e, digamol-o bons esposos, os bons cidadãos, para, em– tumbem, afim de que os verdadeiro fieis fim fazel-os um dia no céo os eleitos de saibam que elles esco lheram a melh r par- Deos. te para o tempo como para a eternidade. Está pois provndo que tudo o que a re- Ern que consiste a felicidade desta vida? ligiã.o nos determina para merecer a fe– No dizer mesmo das pessoas mundanas, licidade elo céo é necessario para dar- nos ~lla consiste na saúde, na fortuna, na es- a felicidade da terra, a felicidade tal co– tima publica, nos encantos da amizade, mo o mundo a entende e a deseja. nas do~uras da familia : pois hem I exa- Mas ainda não é tudo : a r eligião faz minemos se a religião tira ao homem al- ainda uma cousa muito mais irnportan– guma destas van tagens. te para nossa felicidade temporal. Se al- A saúde ?-Quaes são as causas natu- gum desses revezes tão u suaes nesta vi– raes dJ enfraq uecimen to e da ruina d" da, pela vontade de Deos, nos tirn. todos saúde? não é, como todo o mundo sabe, "'os nossos bAns, toda a nossa riqucsa ter– os excessos qu e nos levam á sensualic1!1-- res tre, a re11gião está comnosco para su s– de ? - um medico, para conser var a sau- tentar nossa coragem, e dar-nos cm tro– dc de seu doen te, lhe prohibe os exces- ca consolações que valem centuplicada– sos, e lhe prescreve um regimen; a reli- mente mais que a saúde, que a fortuna, gião , por um motivo mais importante, que os prazeres da amizade e os encan– faz absol utamen te o mesmo: ella nos tos da familia: ella nos mostra J~~u 5 pro?iiie os excessos, e nos prescreve um Christo sobre a cruz com sua coroa ele regunen sal utar; e, notai até que ponto espinhos, e mais alto, -no _céo, um thro--: 1eva Deos a sua bondade afim de nos fa- no e a coroa da ímmortahdade • • . Que cili tar o cumprimr,n to el e' sna lei, clle d.i s- consólaçõrs, ffll P alegri as ! • • • Mas estas
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