A Estrela do Norte 1864

iiAI SP ,_ s a-t:; '"R>& RM► C?IS+ R de?G SY JSILd&, C4i$ W:: W l:::2 • decisõe do pontiflce catholico, mas si m as decisões do papa frnn cez ou do papa an -tl'iaco ? Dizei-me, deputado h espanhóes, quan– do uma lucta gigantesca s levanta se en– tre o Yosso povo e o povo proleclor do p')n tifi e, como acu~irieis a clla? _Q~~ con– fiança. vo merec nam suas op1n10e s·, soubesscis ou presumi ssei , e de presumir cm sempi·e, que pesava sobr celle a ferroa m:io do vo~so poderoso inimigo? Dizei-me; qHundo sua santit1adc cresse injustas as preten~ões do Cesar, e c1uan<lo mantlasse rcsistenciaa um preceito ímpio, o Cesar francez ou o Cesar au s tríaco, p cr– rnittiri am a livre expressão do m n.nd· .to do pon tífice, o não chamarjam alrn _o á s ua legi tima sentença, o D,LO ol.J_tarrnm r1uc se cxecula~s~ com a f~rra e o escan– dalo, a perscgmçuo e o castigo? Quem po– <leria cyitar que o imperador ou r ei que lhe desse asylo, se in tromcttessc uas at– tribuições religiosas, ou pretendesse \'U.– ler-se delln.s para seus fins político·, ou para sustentar sua dymntLstia? Solfrcria con trnclicção ? ;\ão : desde os acampamen– tos, com botas e esporas, cheirando a pol– YOrn e coberto de pó compareceria com o ehicote na mão perante o bh po de Paris ou de Vienna ( que outra cousa não r upre • sentaria o papa) o discu tiria sobr o do– gma, disciplina, e moralidade, e, ou hem notoriu.mcnte marcaria como tri bunal de appellação o conselho de estado, ou o con– selho pu blico, ou atraz do argumento vi– ria a ameaça, u colera, o rcsentimcnto, o orgulho ferido, a rebellião, a perseguição, o scisma, a apostasia. Napoleão I nas suas épocas tl.c incredu– lidade cm que perseguia o pontífice, quan– do n ão pensava cm que viria um tempo cm qnc se visse sem soldados, vendido por , cus geueraes, só com o seu magnu- 11imo coração; quando n ão pensava que aquclle Yencrabilissimo ancião, ol;jccto de suas persegui,ões, haYia de ·cr o uni– co qne lhe ab riria os brar,os e o recebe– ria cm seu seio carinhoso, r apolcão, res– plandecente ele g'lor ia, ebrio de seus trium– pho.-, Deos na terrn., a cujo aceno tremiam os reis e se prostravam mudas de lerro a. nações, afflrmava o que u vos afíir– mo : « O papa está fúrn. d.e Paris, e está bem: não rc;;ide cm :\ladrid nem cm Vienna, o por is o toleramos a. sua autoridl1tlc csvi– ritual. O mesmo podem dizeF cm flladrid e cm Viennu., crcis que se cst L1·cra m P~– l'iS os austríacos e os hespanllocs se su.1c1- lariam aos seus accordos? « Dita. temos, verdadelrn ditu, ~1c (Jl~O nfio resida t'll1 J•'mn,~a, e de fJil C 1wo rrs1- dindo em Frnnça não resida lamb ·m cm trrras inimig·ns, ele qu more ua antiga Roma, lon ''O <la mão dos imperadores da Allemanha long-e da dos r0is de Frauça Jon;;-e da do reis d he panha, manten– do a balança cnti·e os sobornnos catholi– cos, incliuado sempre pnra o mai s forte mas erguendo-se promptament, se o mais forte iraJtn de converter-se em oppressor . Os ,erulos tem feito isto, e os secu los fi– zeram hem . " o q ue dizia ~:tpoleão, i to lliz o mundo catholico: não pó<lc con cntir, não con– scntirú que o papa se chame fr:rneez, aus– t1·iaco ou hc, panhol : n er.cssila que se,ia papa uni vc1·sal, o mesmo do J ra 11<·0 como do negro, do nsiatico como elo africano, elo que bebe as agn:is do domado Tejo como do que com o remo fere as tur,u · ondas do i1li!"'issipi. E para qno assim o creia, é mis ler·, que o considere li \TC e in·· depcncle!lle; ha de contcmplal-o ·ol1erano. O pontifico !ta de ser rei ou martyr ; não ha para ellc out,'o f11turo senão o 1hrono ou as catacumlHL, a corôa da prrsegni– ção ou o triplice <Ladema; ou adorado ou crucificado. ão púdc o que mnncla abso– luto n,t conscicncia de duzento, mil hõe ele catholicos espalhn.dos cm todas as par– tos do munrlo ser subdito ele ningucm . Convertei o patifice cm subd ito, e ca.re – ccrú da indcpendcncia material: sem ella, cm baraçn.rla é n. indepenclencia espiritual ; o que embaraça a imlcpondencia c,piri– tual, difficnlla o exerci ·iodo pontificado , ataca a Igl'eja, que aonde e tá Pedro ali es tá a Igreja ; e o que ataca a Igreja não pôde aceit«r-se, não se aceitará nunca por nenhum cr.tholico. Não é dogma, se Lem uito. J' o abemos: que catholicos tem susLentatlo o contra– l'io? Porém se é bcrn ~erto qne não é dog– ma, se tambem é certo qu Jcsu Chl'islo não disse q11e os pontifices fossem reis, não é menos certo, toda.via, que o poder temporal é um i'aeto providenci,tl e mila– groso. 1\ pcnn.s reconhecida a l'Clifl'iüo, _no mesmo momento de o ser, que mtenor violcncia é essa que move a Constan tino a fundar uma 110,·n. cõrtc, a lcYan lar nos confins ela Asia e da Europa a sumptuosa J3y;mncio, hoje escrava do~ Tur,·c~l e a deixar nomn. para os poutrficc ? h que sem o saber, sem o c1uere1·, sem o pr_e· u– mil· seqncr, por um impulso myslenoso, sanccion ava com os seus a.rtos, q ue o po– der espiritnal de ·i~ se~ independente elo temporal , qne os rers nao cn.bcm nn. cida– de elema, que aonde brilha o augusto cl,cfr do ratholicismo, tudo é escmo tudo r perrneno, tudo mi crawl. (Cunti11tí1r . )

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0