A Estrela do Norte 1864
ll ,.e as etZN?➔A 1?, o se -t t l:a ,~.r?: se w:arzzw 11::a~ ~ ri onal, e se lhe impedem soccon·os e au– xílios, o s l ilc chama bn11didos. E' isto porque ha por Yent nrn. duas jus– tiças na terra ? E' que po r Ycn tura o fer– mento cJ em:igogico que entra em abun– danciu no lc "rnnl:i.mento ,la Polonia atlra– h e as symrrnthins da re ·oluriio cosmopo– lita que se mostra na impren :1, que cres– ce nos congressos, que se assentn nos con– ;;clhos de ministro!>, qu e cega os ol hos dos monarchas, que extravia o animo das tur– b .1s? E' que o realismo dos valente::; na– poliiano so consitlcra tilo imperdoavel c ·ime, que os torna i ncapnze. do sagrado dir3ito de pelejar µela sua independencia ? S ali s~ comhato con tra um gover– ne> scismatico, aqu i contra um governo atho . Se ali lla um Mouraw_ieIT, aqui ho um Cialdini, um Fumol, um Pianelli , deshon– ra da humanidade, vergonha daltalia. Se al i se enforca aos chefe: dos partidos t~ se depor ta os p risioneiros, aqni fn sila– . , aos chefes, aos prisioneiros, até aos sus– µeitos . Se ali s queimam algumas casas de campo, aqui, além disto, i ncendeiam-se 27 povos. E não ohslan te clama a Europa pela Po– lon ia, e calatla e impassi\·cl, de braços cruzados ve ugon isar lentamente nos t or– mentos ao infeliz r ino 1rnpolitaoo. Deputados da nação hesp:rnhola, fidal– gos s m1 re g·cncrosos, se alg·uns de vós es– tranhaes o accrho da minha li nguagem, l;:i.urac u ma vista sobr o o c!'antcs flores– ,·ente reino <lo Na_polos, e de corto a com– paixão brotará no vosso peito, e as mi– nhas phrasos vos parecer,lo justificadas .·m vista d'b.s cnwldades, que ali se com– móltem. Não quizera ser injusto com nin– ;.;-nem ; talvez por todo<; se terão commet– tido, mas pensai na barbaridade desses verdugos, que com o nome de militarus estão deshonrando o uniforme piemon– tez; pensai na desesperação de um povo, q11e vê invadido o sou tenitorio, expulso o c;eu rei, perseguidos os sous bis110s, en– taipa<las as suas e-asas, conflsrados os seus J1e1.1.,, queimado<; povos inteiros, fusila– dos os seus fil hos, :i.s su as mulheres me · dig-antlo pelas encrur. ilhad de Napoles o sustento de seus irmãos e de seus mari– dos prisioneiros, sepultados ma terialmen– te em immundos calaboL 1 ços1, YicLimas da fome e das en fermidades, e ~1z0i-me, se– nhores deputados, ~e o napolt tan? ~ruo te– nha sangue nas veias pódo trans1g-1r com o ocJ ioso es trangeiro, e com a barbara es– coria. da demagogia européa, qu~ t~m as– sen tado os seus arraiaes na behss1m:i. e na in frliri ssima Par tnnope. Estranhareis que a crucz:i. da defcza cor– respontlu. a crueza do ataqu e ? Que a hu– manidade que foge chorosa do acampa– men tos das trop:1 r g-ulures não encontre abri"o nas gucrrillrns dos bl'iaantes ? Ecu disso b1·iauntes, isto é, bandoleiros! Bandoleiros, bandidos I Elles os que com– batem pelo seu rei, peb. sua indepen– dencia l ( Continúci. ) @ ~ llif ~ , ® a~m:,tou- <e a f eU.cà ~.ulle. Um califa de Ilagdad, não oi cm qu secu lo, andando um dia á caça, cah iu do cavallo em que mon tarn, e morreria in– falli velmonte o nã.o fosse um pastor que lhe fez parar o cavallo , com g-rando isco de ser tambcm victima. o califa, coberto de feridas e de contu-· sões ( os califas ap zar de serem califas, lambem, <J naodo cahem, se magoam e su fazem contusõe1, ), foi concluzido para o sou palacio. Quando lhe passou o maior soffrimento quiz ver o seu salvador. Fo– ram chamar o pobre pust.or , conduziram– no ao palacio, e foi introduzid o no cparto do príncipe doente. Est dirigiu-lhe as seguintes palavras : - Salvaste-me a vida, meu filho; que– ro recompensar o teu soccorro ; jnro pois pela minha barLa, que hei de t, r tudo quan to me ped ir es. Bem v,}s q11e a minha generosidade é dig-na do meu poder. - Oh ! meu senhor, r espondeu o pas– tor, eu não desejo gTandes cous:1s. Para eu ser feliz basta-se apenas u ma pe<Juena cousa - 6 ter uma choupnna minha com um jardimsinho, para alü YiYf'r cm pa6 com a minha mulher e meus filhos . - Tú não és difficil do contentar, diz– lhe o califa sorrindo-se ; e drnm:i.ntlo o rnu visir, mandou dar immediatamcnte ao pastor uma casinha e um prado situa– dos junto de Bagdad. Lá vae o meu homem pulando de con– tente , contando á totla a gente a. :ua feli– cidade, e nesse mesmo dia tomou posse do seu novo domínio. Não lon"e de su a casa havia um visinho com o qu:tl tomou conhecimento. O visi– nho ti nha um pccrueno rebanho do qual tirava uma bonita su bsistoncia. " Esqueci-me do pedir algum gado ao califa., dizia um dia o nosso pastor ; o meu visinho vive mui to mais commodamente que eu. Oque hei do eu fazer d'um cam– po sem vaccas e sem carneiros? n ~a manhã do dia seg-u in lc dir igiu-se o animoso pa~tor ao palacio, e pediu para fallar ao califa . Eslc tinha dado ordem, para o deixarem scrnprr rn frnr. ◄ 1
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