A Estrela do Norte 1864
A. ES'I'RE.LL_~ iO N@U'.lr.lE. no espirito do castellão que o decidiram a dar hospitalidade ao peregrino, enchen– do-o ele beneflcios, e o tornaram caritati – vo com os pobres, que d'ahi em dian te achar:im nelle um decidido pro tcc tor. Dai sempre um generoso socco1To aos infe– lizes, abri-lhe eis portas de vossci casa, ainda que seja uma choupana, e a paz e a felicida– de reinará nella sempre. SERVIR AOS IIOi\IENS NADA AFIANÇA. Um cor tezão, que tinha passado a vi da no ser viço do seu príncipe, adoeceu gra– vemente : o soberano que o amava, veio visital-o em pessoa, acompanhado de ou– tros seus vassalos ; achando-o proximo a expirar, e commovido do estado em que estava, disse-lhe : - Pede-me alguma cousa e não temas a recusa. - Príncipe, diz o enfermo, na triste si tuação, em que estou , tenho uma cou– sa a pedir-vos : quero que me dês um quarto de hora de vida. - Ah! isto não está em minhas Ifl ãos fazer-te, pede outra cousa. - Pois que l diz o enfermo , ha cincoen– ta annos qu e vos sirvo e não me podeis dar um quarto de vida ! Ah l se eu t i– vesse servido fielmente a Deos, Elle me concederia não só um quarto de hora como uma eternidacle de bens. E, tend~ deixado de fallar , expirou . Felizes aquelles que se aproveitam ela licão que nos dá este homem do nada das coúsa; humanu,s, e da necessidade de trabalharmos pela salvação da proprü alma. HUMILDADE. Godofredo, sendo acclamado Rei de Je– rusalem jámais quiz cingir sua fronte com o diadema. Ah ! ( dizia elle) ci i– r ei cu a minha cabeç.a com uma c de ouro ornada de diamantes em uma cidade, onde o Filho de b eos, o Creador e Senhor do Universo fo i visto coroo.d~ de esp\nhos, para expiar nossos crimes !. .. um m1 scravel verme, um vil mortal pois receberá em Jcrusalem mais honras que o ·ro~o-Pod~roso ! o q e pensal-se– h a da mmha _piedade ? o ue dir-se-ha do meu respeito para com O Salvador?... A VERDADEIRA FELICIDADE NÃO ESTÁ NAS HONRAS E NA GLORIA DESTE MUNDO. Uma tarde, passoava Napoleão só com o se~ co~fidente, M. do_B~u~ienne em um dos Jardms de seu dommw imperial. An– davam elles a passo largo meditand o vas- LCA& €ti Sii ~ tos planos de conquistas. De repente el– les ouviram soar o campanario da aldeia q~e annunciava o Angelus : - Pára, diz o imperador a seu confidente, escuta : is– to me recorda meus primeiros av nos no collogio de Brienne ; então eu era feliz ! eu era feliz l - No Domingo passado foi transferido pelas cinco horas da tard e o SS. Sacra– mento da Sé para a igreja do nozario cm observancia á di ·posição ela Por tari'.1 elo Exm. Sr. Bispo Diocesano, de 11 de Julho ele 18f-i3. Este acto foi feito com o decoro devido muita ordem e re pr.ito. Além da irmandade do SS. Sacramento formavam o pres tito desta proci são o R vm. Cabido e os ~emil~aristas : ao chegar á i"TPj a do l10- zar10 ve10 ao encon lro a l rmandadc res– pectiva. O San ti. simo Sacramento foi col– locado no Sacrario do altar-mór qu~ es– tava decen temen te ornado, onde perma– necerá ató que se concluam as eleições na Sé. _Da FrcgucziadeSanL'Anna ela Campina fo1 lambem transferido o santíssimo pa– r:. a igreja elas l\fcrcês, onde foi recebido com toda a solcmnidade pela irmnndade de Santo Christo, tendo á sua frente o Exm. Sr. Commandan te das Arma . Na freg:iezia da ss. Trindade não se deu es ta transladação, porque no seu dis– tricto nenhuma igreja ha para onde po– desse ser transferido o SS. Sacramento, visto achar-se em concerto a igreja do Nazareth e a antiga matriz arru inada. Amanhã começarão a faz er-se nesta pa– rochia as preces determinadas na citada portaria de 1-1 ele Julho. - No dia 8 se fez na cathedral a festi– vidade de Nossa Senhora de Bellem, Pa– droeira des ta Província. O altar da Vir– g·em es tava ornado com esmero, e nelle se celebraram as novenas. Na missa da. solcmn idadc orou o nevd. Benefici ado Bcrnal. Pe11san1e1Dt o . - Aquello lema de um antigo - Non ipsa sed per ipsa - quer dizer que as crea– turas não são nosso fim, e sim meios de subir para Deos. TYll, da ESTRELLA DO No r.TE .
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