A Estrela do Norte 1864
El§'.ll' EIJ,IL.4 CJO . Hl'.Ei'lli:, • rre11e111li11111en11to e en 1e1uln. o homem que diz : « !\linha educação moral e. tá feita, e as minhas obras a tem corroborado, " engarrn.-se. Devemos sem– pr e aprender a reg·ular- nos para o dia presente, e para o fu Lu ro; devemos sem– pro fortificar a vir tude, com a repetição de novo actos ; dernmos sempre atten– der ás nossas faltas, e arrepender-nos del– las. Si m, arrepender-nos I Nada ha mais ver– dadeiro do que aquillo que di z a Tgreja ; que.-. no sa vida deve . er toda de arre– jJen ln'men to, e de aspiração a emendar– mo-nos. - O christianismo não 6 ou tra cousa. O mesmo Voltaire, cm um daquel– lcs momentos em que não era devorado pelo furor de o escarnecer, escreveu: - « A confiissão é cousa maravilhosa ; 6 um freio para a culpa. Na mais r ernoLa anti– gui dade rei nava o u so de se confessarem na :celebração de todos os sagrados mys– terios. Nós temos imitado, e sanctifinado aquelle prudente costu me, que é optimo para conduzir os corações ulcerados do adio par a o perdão. " Isto confessou Vol– taire, o seria vergonha que assim não pensasse quem se honra de ser chr istão. Pres temos pois ouvidos á consciencia ; envergonhemo- nos das acções que ella que a arrogancia do peccador é uwa fo r– taleza affectada, que so perde no leito da morte, se o phrenesi não a sustenta ; res– ponde-lhe que a for taleza d'aquellc que está senhor de si, é precisamente o des– prezo do esca.rnen, quando abandona a vereda do vicio pela da virtude. Quando tenhas commett icto um erro, não r ecorras á men tira par.1 o negar, ou atenuar. Fraqueza torpe é a mentira. Confessa que tens errado ; e a vergonha que te hade custar esta confissão gran– gear-te-ha o louvor dos bons. Se te acontecer offc nderes alguem tem a nobre humildade de lhe pedir vcnia. Uma vez crue o teu procedimento cons– tante o não desdiga, n inguern por isso te repu tará vil. Apertinacia na offensa, em lugar de uma retractação honrosa, é pro– vocar a um cluello, ou a uma perpetua inimizade ; é uma arrogancia só propria de homens soberbos e ferozes ; é uma in– famia, que em , ão se pre tende decorar com o brilhante nome da honra . Não ha honra sen.ão na virtude, e não ha Yirt ude senão com a condição do arre– pendimento do mal, e cJo propo ito cl :t amenda. Silvio Pclh co. nos esprobra, confessemol-as para puri- & iteran~a. úcat·- nos e não cessemos de recorrer á esta salutar piscina até ao flrn de nossos dias. Deixai-me, caros leitores, 1:efcr ir- rn5 Se isto se 01servar com fervor; se a repro- boje um conto, do qual tiraremos em sc– vação das nossas faltas não parar nos la- guida a moral. Possa ella aproveitar-vos, bios ; se o arr epend imento for acompa- e o con to di vertir-vos. nhado do u m vivo desejo de emenda ; ria Viviam n 'uma pequena aldêa. de Fran– quem quizer, mas nada nos pódc ser mais ça, ás margens do mar, dous mancebos u til , nada mais sulJli me, nada mais digno orphãos, i rmão e irmã ; eram pobres e do homem. habitavam j untos uma mesqu inha caba- Quando conheças quo tens cornmettido na; fiava a irmã e fa zia Lodos o serv iç um erro, não h esites em o reparar . Só da casa ; o irmão ia á pesca, e apanha\',t J'eparando-o terás a consciencia tranqui- mu itas vezes mais fadi ga do que peixes.. la. A demora da r eparação prende a alma Ellc tinha sido soldado, havia militado e a suhmette ao mal com apertados vin- sete annos , e voltado á sua terra com ga– cnlos , habituando-a a menosprez::ir-se. lões de sargen to o.o braço e sem vintem na Mas l ai do homem quando inter iormente algibeira: era além dis to u rn moço acti– se deses tima ! ai do homem quando fin o-e vo, in telligente 1 ambicioso e muito crr– estimar-se, sentindo na consciencia uma dulo . Com toaas estas qualidades e de– c.orr unção que ali não deveria existir ! ai ú'eitos, a vida modesta e lrnnquilla da do hÔmcm quando cré que não havendo aldêa. não pO;jia convir-lhe ; aspi rava por– semelhante corrupção, nadn mais tem tanto á ior tú na, julgando, como tantos que fazer senão dissimular! Degradado ou tros, que ella dá felicicidade ! .Nssim, da classe dos entes nobr es, já não é mais no fi m de algu ns mczes, resolveu doix,~r <lo que um astr o cahi do, uma des\·entura o paiz e ir ao longe procuror 1:iqucza. Ti– da. cr eação. nha elle ouvido dizer que m1; 1tas pess~ns Se algum .ioven impuden te te chamar pobres, como elle que haviam pa_rti do fraco? porque, como elle, não te obstinas para as Indias, tinham rnlta tlo ,rn;l,ona– ao cnme, responde-lhe que 6 ma.is forte rias ; quo de simplc~ soldado~ se t1!1l:am aquelle que lhe resiste, do que o que se tor nado nesse pa1z amua semi-sel V,lgrm , deixn. nrraslar pelo Yi r io _; r e~11ond e-lhc g-enorar~ e m inislros da frnrrra : C's(a prr-
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