A Estrela do Norte 1864
.. & ESTRE1LL litario; a mesma vida monasticu, que tanto no mundo consideram, uns como in toleravel , e ou tros até cpmo ignobil é aprazivcl e con venicn te para o r eligioso ph ilosopho . que não se cr ê inutil a socie– dade, exercendo a sua caridade a pról d'uns pou cos de monges, e de alguns po– bres agricultores. A toga, que muitos tra- r:zem corno enorme peso, pelos constantes cuidados qu e exige, é grata ao homem pr edominado elo zelo de defender com prudencia os direitos do seu similhante. A nobre carreira elas armas tem infini– tos a ttractí vos paro os qu e respiram co– r agem, e sen tem que não ha acção mais gloriosa elo que expor os dias da vida pela patria. Só porque poucos nutrem es tas virtu– des, se ouvem tantos amaldi çoarem a condição quo tem abraçado. Quando tu pruden temente houveres escolhido uma carreira, n ão imites os eternos lamen– tadores. Não te deixes levar de vão ar– r ependimento, do vellei dades de mudan– ça. Todos os caminhos da vida tem seu s espinhos. Logo que pozeste o pó em um, pr osegue ; r etroceder é fraqueza ; persis– tir é sempre bom, excepto na culpa ; o só aquelle que sabe persistir na sua em– preza póde aspirar a vir a ser distincto al– gum dia. Silvio Pellico EXCELLENCIA DA ldlSSA. Já que Jcsus-Christo, na Eucharistia, é ao mesmo tempo o sacrifi.cador e victi– ma, concluímos que a missa é uma cou– sa tão nobre, tão preciosa e tão excellen– te, que se se r eunisse todas as virtudes, todas as boas obras, todas as acções san– tas dos homens, dos anjos, dos Seraphins e da SS. Virgem mesmo, toda a honra, todo o lou vor, e todos os ser viços que el– les lhe tem rendido, e podem r ender– desde agora até á consummação dos se– culos, tudo isto n ão seria tão agradavel a Deos, e n ão lhe r enderia mais honra e gloria do qu e uma só missa offer ecida com a devoção e a piedade convenie . Tenho hor ror a um cer to~ odo de fal r que commumen te se acua n a bôca dos christãos. « Meu senhor, dizem elles a um padre, eu venho pagar-vos uma mis– sa ... » Pagar u ma missa l E com que a pagar eis vós? qll:al é a somma de p_rata, do ouro, ou de diamante que possa ~gua– lar a uma só missa ? o que v~s dais <I:º padre é uma esmola_ para o aJudar a vi– ver porque como diz s. Pa_ulo - aquel– le que ser ve'ao.altar, deve viver llo altar; D mas pagar a missa, isso é impos:5ivel. Nada ha, não direi, na bolsa dos ricos , no erario dos r eis, cm todos os thesouros do Oriente; m:.is sim, cm todos os meri– tos dos piedosos que es tão sobre a terra dos santos que estão no céo, que ao menos se aproxime, ainda queíseja um pouco do preço e da exccllcncia de uma só mis– sa, porque é Jesus-Christo que ahi está offer ecido; é Elle que se offerccc e que so offer ece com um aifec to admiravel o di– vino. Ch11•Gn1ilc~ eD.ãgiosro, f:".:' -De noticias u lt.u:namentc recebidas do Amazonas, vimos que S. .Exc. I evma. tinha já ido até Tabalinga, extrema fre– guezia do Solimões ; per.::orrido todo o li ttoral em que toca o vapor, empre– gando o tempo da demora deste nos por tos, cm visitar as ~!atrizes, conbc.::en– do dci estado das aUaias e escripturação parochial, e ainda em administrar oSan– to Sacramento da Chrisma, fazendo ou– vir em Lodos estes pon tos na voz auto– risada do primeiro Pastor, a doutrina san ta da salvação. Deos robore a saúde de s. Exc. nevma. para consagrar-se todo ao interesse espiritual do seu rebanho. -Estão se celebrando na Cathedral as novenas de Nossa Senhora de Belcm, Pa– droeira da cidade ; o povo tem dado provas de sua devoção, senão no grande concurso de pessoas , que concor rem ao a<:t,o, ao menos :no r espeito, e decen cia coL1 que es tão na casa de Deos. - \Uesto Domingo não haverá o aclo religiQso á noite no Collegio, por causa da no,ena n a Crrthedr al , á mesma hora. -II~je 7 ás quatro horas da tard e ~erá o San t1ssmo Sacramen to levado procis– sionalmcn tc da caLhedral para a ig-rcj a filial do Roz').'io , onde tem de habitar durante os ~1u; das eleições populares, segundo esta d-terminado por S. Exc. Revma. Um pov0profundamen tc catho– lico, como o do PétLi, não precisa de con– vite para concorre. a este acto, e dar provas do seu acatam,qto ao Dcos Omn i– potente que tem suas lclicias om habi– tar entre os homens no '1.cramento ado– r avel do seu amor. Ty11. da EsTRELLA no Non-..,
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