A Estrela do Norte 1864

eia, pouco a pouco desenvolve-se a cabe– ça e desprendem-se as perna do ursozi– nho; cm urna palavra clle começ.a a to– mar sua figura natural. SalYa a comparação, nos proporemos es– te exemplo á todos os pais e mãis. Quan– do Deos lhes dá um filho lhes dá junta– mente a missão de o habituarem á vir- r tude, de o formarem no bem e de o fa- r zerem um menino honesto e christão. Entre os ursos é a língua que faz este trabalho de forma!;ão ; en tre os homens é tambem a língua que deve ser o ins– trumento dessa grande obra, não labcn– do, mas fallando . Oqno não podem , com effeito, as palavras, os conselhos de um pai, e d'uma mãi l O espírito do filho é om suas müos, como uma cêra molle, prompta a receber todas as impressões! se estas impressões são boas, são christãs, o !'uração desse menino se formará se– gundo a vontade do Ser Eterno ; clle se- . rá puro, amavel, compassivo, rccto e religi oso; se ao contrario, a primeira di– recção é má, um germen do vícios será deposto em sua alma, e este pobre me– nino crc cerá com defeitos que o defor– marão e mais tarclc o perderüo. . Pais o mães, applicai-vos attentamcnte a esta primeira iníluencia sobre o espi– rita de Yossos filhos ; as impre_ssões da infancia nunca se apagam totalmente. A cdncação começa desde o berço sobre os j oelhos da mãi. Primeiro que tudo ensinai vossos fi– lhos a amar e a servir o bom Dcos : en– sinai-lhes a balbuciar o sagrado nome de Jesus e de Maria ; conduzi-lhe a mãosi– nha innocente para fazer cm si o signal da cruz, antes mesmo do poder compre– hcmlcr a santidade dcllc ; cm horas de– terminadas ensinai-lhes suas orações o nas pequenas hi storias, que lhe contar– des para formar seu espírito, referi-lhes sem· cessar os factos da h istoria do Salva– dor e da vida dos santos. Uma menina de 4 ou 1í annos estava um dia sobre os joelhos de seu pai, .a quem acariciava tornamente : « Então tu me amas muito, lhe ?.?rguntou o pai? Oh sim, respondeu a c1:_1,m~a? porém depois do bom Deos. Nao v1c1e1s vossos meninos com nm ternura cega_e desintelligonte. Esta pa– lavr~ é m~n_to profunda: -viciar um µi enmo. V1c1ar um trabalho é defor– mal- o, é tornal-o inutil o. pordcl-o . as– sim são os pais fracos o pouco cons~ien– ciosos que corrompem seus filhos isto é que não os habituam a respeitar e~ amar o dever, que cedem a todos seus capri– chos, que cuidando delles além do termo marcado, lhos deixam tomar hahitos ele D NOITE. impertinencia, de máo caracter, de genio extravagante, de glotoneria, de curiosi– dade; cm uma palavra os acariciam quan– do os deveriam punir, e fazem delles pe- · quenas personagens insoportav~is. . Em o nosso seculo, quer no campo, n quer na cidade, quer entre os nobre , quer entre os plebeos o uso quasi geral é que os filhos se;iam os senhores da casa e vejam seus pais a seus pós. O mundo anda ás avessas : filhos corrompidos nun- ca serão senão homens mcdiocres, quan- do o não forem perversos; que irnpor– tancia tem então a primeira ed ucação ! Avi so aos pais que amem seus filhos e quo queiram seriamente trabalhar na fe– licidade delles. ( Trad .) lR!eun eaff i eta. V. (Conclus1io.) A Providencia recompensou o generoso pai, de sua coragem, lhe dando cm Hen– rique, a ternura da filila amada cuja se– paração clle tinha consentido. Este ge– neroso mancebo nunca mais deixou seu tio o lhe consagrou sua vida. Elle cazou– se com uma mulher amavel e christã que preenche, tanto quanto clla pode, o va– cuo deixado por Benedicta na casa pa– terna. Quanto a jovcn religiosa, ella viveo oi– to annos na communidade, Gd ificando todo o mundo com seu zelo e dedicação. No oitavo anuo, uma epidemia terri– vel comer.ou na cidade cm que ella ha– bitava. Ella dedicou-se, com uma admi– ravel generosidade ao serviço dos pobres doentes, o colheu nes te heroico ministe– rio o gcrmen d'uma febre lenta, que em um anno e alguns mezes poz termo a seus dias. Pouco tempo antes de morrer, l\liss Bc– nedicta me escreveu estas linhas, as ul– timas que suas mãos traçaram : « l\feu Padre. « Eis meu fim ! Agradecei por mim ao bom Deos as g·ra~as que elle me con– cedeu, e i felicidade qu~ el,le me deo. Achei o ccntuplo promctt1do aqucllcs que abandonam, por seu amo~, oc; pobres e tristes dias do mundo. Deixo o mundo contente e confiada na miserícordia do meu divino esposo. « Qnando cu morrer, orai por minhn

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