A Estrela do Norte 1864

Do111nintgo 4 ele Setenllbw•o . A ESTRELLA DO NORTE º soo os AUSl'ICIOS DE s. E:l:C. íl EVMA. o sn. D. A:',TON IO IJE MACEDO COSTA, ll!SPO DO PAnÁ . Vitla de JD. li'• Da1.• holont eu tio Pihu•, o Bisam eao l"a11•á, tõn•a – ala d~, obn•a « Reta.•all:os e eBogi@s dolil vaa•aées e domia~ «!Jue iH as– t1•aIJ.•1111~l! : n. ~-o BD!ftll' ·u!DO!le:.,.:a, e1111D. vã11•tu•les, Ae 11• s, Bll'nnns e a •te@, 11 ,mm. » ( Conclusão. ) l\:o anno ele i 724 cm o tl ia ti ele Ju nh o se embarcou para o Gram-Pará (*), e ape– nas entrou naquella vasta diocese não se poupou a trabalho alg·um para a ed i– ficação do seu povo e do seu clero. Pre– gava, instruía, cathequisava, e baptisava. Por meio de uma condição suavíssima, qual ou tro S. Francisco deSalles, elevava espírito e os enchia daquelles sentimen– tos o sublimes idéas qu e faze m nasce!' as grandes verdades da religião. Entre os cuidados do seu zelo verdadeiramente apostoli co, v igiava continuamente sobre a vocação o vida dos que se destinavam ao sacortlocio, não fian do a su a instrucção de ou tros mestres, o o seu paço era a es- ~olla da virtutlc o da sabedoria, onde se formavam dignos ministros elo sanctua– rio . Eminava, praticuva o orava com cl– lcs, sendo modesto nas acções, parco na comida, pobre nos moveis, e en tre as elc– Yarõcs do sua alta dignidada niio conhe– cia· ou tra gmncleza, que a de instruir, o edificar. Porém aonde resplandeceram com maior brilho os eifeiLos da sua cari– dade foi naquella épocha dcsaslroza. cm que b povo do Pará sentiu e foi fcrid? <1:e urn contagio. l\Jilhat'es dellc foram v1ch– mns. Bem poucas eram HS casas onde a morte não descarregasse seus golpes. E_ram innumcravcis os en fermos ; alguns ti_uham tanta necessidade de quem lhes vigorasse o corpo, como de quem lhes Yi- ( * Oodc chegou no dia 29 de Agosto de t 724 e lomon posse ern 2J de Srtcmbno do m 5mo anno. Venite ct ambul emus in lum ine Domin i. fs,u. I I. 5. vificusse o espirita; a tudo acudia: a tudo abrangia a caridade do bom pastor : admi– nistrava-lhcs os sa<.;ramcntos, elarn-lhes o susteu to, je vendo a pouca conformidade de mu itos,os oxhorl::l'ta, os animaYa na paci– onciaG soffrimento com que deviam tolei'a r tamanha tribulação. Não perd ia occasiüo do honrar a Deo , apro,;eitar óproximo, o tlesem·penhar as obrigações do seu Apos– tolado. o seu zelo não Unha limitr.s para conter -se sómente na capital <la diocese. Conhecia que um Bispo cm qualquer si– tuação que se considero devo trabalhar para exaltar o Nome do Senhor, cstentler a pregação da fo, e cuidar na santificaçJo do seu rebanho. Aborrecendo os mimos da vida e as commodidadcc; elos palacios visitava tão vasta diocese. Não temia atra– vessar aridos desertos, trepar altas serra– n ias, navegar arrebatadas correntes. Não esmorecia á vista de medonhos sertões, para descobrir entre aquellcs idosos ma– tos a choupana elo miscra,·cl indio, a cu– jos barharos ouvidos nunca tinham che– gado as alegres noYas da salvação. LO\·:rn– do no peito a lei do Senhor, e na borca os oracu los da tli vina sabedoria, solicito, cheio elo paciencia e ele doçura, instrui,t a todos aquelles que estavam sentados á sombra ela mor te, ensinava-lhes os mys– tcrios da fé, e lhes apontava o reino elos Céos. Caminhava em cessar do terra cm terra, solfTondo cm tão longas jornadas algumas prirnçõcs e trabalhos indisirnis : , ,)dobrando o seu zelo naqncllas poYoa– ções (Jue via ry.ais atoladas em vicios. Nas visitas que fez ás villas de Nossa Senho– ra de l.\'azareth, e ele Camutá para com– mover os corações daquelles que estamm emperrados no crime, e reduzil-os n; 11J!!:.:. verdadeira contricçiio, ordenou prOl' 15 ~~es de penitencia e ora quem yrrdau.una– mente a ropr;senLan caminl!an<1o a pé descalço uma aspcri{ corda _lan~ada ao pescoço 'nm crucilixo nas maos, os olhos vertcntl'o laµ-rimas copiosas, xl'lam".'\ lo

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