A Estrela do Norte 1864
• A\ .a,:~'ll.'lt.EL.lLA\ DO :NUU'EE. 1 fez-se em lagrimas. Mas vencendo logo a « Meu Padre. sua emoção r eplicou : - Se eu me Li Yesse ca ado com Henri- << No so Senhor foi para comigo mil ve- ·quc, o teria amado muito , e talYcz essa zes mais terno do que nunca pensei. Elle affeição tão terna excedes e a que clern a cli poz tudo; a entrevista , que eu tau– meu pai. Deos só deve ser amado mais to temia entre mim e meu pai, passou- e que elle. E' a Deus que cu sacrifico a fe- como en nunca podia e perar, nem pre– licidade de sómente viver para aquelle ver. que tão fielmente me con agrou sua ter- « Deixando-vos, encontrei meu pai, nura durante dez annos, e cujo amor sei que tinha sahido para o seu passeio da nunca me attrabirá. Oh I reverendo Pa- manhã. ' Elle viu meus olhos vermelhos, drc, não sou homem, não tenho a honra e perguntou-me se eu chorava por cau a de poder ser soldado; m·as, graças á Deos, de vossa partida. Em resposta lancei-me tenho inst inctos virís. Se cu fosse mi- á seus braços: « Choro, papai, porque lil ar e que para seguir meu estandarte vos quero deixar!» - i\Ie deixar, minha fosse pr ciso separar-me delle, meu pai filha?- Sim, para ser religiosa» . Jul– mcs ruo me diri a que marchasse. Pois guei desmaiar dizendo estas palavras; bem ! lenho certeza di to, Dcos mo cha- mas eu ainda não conhecia meu bom pae ma para snas bandeiras; vossos labios tal como elle é. vão pronunciar para mim a palawa de u Ellc apertou-me convulsivamente con– ordem. Para que h esitar cm fazer para lra seu coração, cujos surdos baques eu um r ei eterno o que milllêl.res de homens ouYia. Depois fez-me a sentar junta delle n es te mundo faz em para uma mages tadc no banco do jardim, o pediu-me que lhe mortal? di ssesse tudo o que me tinha levado a Benedicta es tava lançada a meus pés. es ta gra:ve drcisão. Seus olhos banhados em lagrimas scin- « Referi-lhe a nossa con,;,ersa. « Eo que tilla vam, e sua voz vibrante soava aLé o disse o l\evd. Padre ?» me IJerguntou elle. fundo clfl minha a1ma. - Elle di sse que Deos me chamava. « Bc- Es teudi minhas mãos sobr e sua cabeça, nedicta, pr oseguiu papa i, deixai-me pen- o pedindo a Deos que guiasse meus la- sar dous dias; depois vos darei a respos– bios, respondi : ta. » Trez dias passaram-se sem que elle - Sim, minha filha, tenho convicção nada dissesse. Somente meu tio Henri– qu e foi Deos quem vos in pirou estes ge- que o interrogava muitas vezes para sa– nerosos sentimentos ; que Deos vos pede ber se ello estava doente. que lhe consagr eis vossa vida. Respondei « ll ontem a tarde, pelas quatro horas, a seu apello; contai com a minha bon- cu quiz ir á capella. A porta estava u~ dade para enxugar as Ingrimas que ides pouco aberta; passei mui devaga1; e v1 fazer derramar. 1 meu pai, que orava de joelhos sonre o Mic;s Benedi cta, de joelhos, seguia mi- pavimento, e com os braços cruzados so– nhas palavras. Quando acabei, ella poz bro o peito. Ajoelhei-me em um canto, e a cabeça entre suas mãos , como para cm me uni com tedo o fervor á sua oração. um rapido olhar r ecordar todo o seu « Alguns momentos depois clle levan– passado, e ouvi-lhe murmurar estas pa- tou-se. nevd. Padre, vós conheceis a esta– lavras : tura de papai, suas grandes feições, tão -De todo meu coração, meu Doos, de r espeitosas e tão nobres, sua posição tão todo meu coração I A' vós só, para sem- martial. Nunca o ar de seu rosto tanto pre ! me impressionou. Dir-se-hia que elle hia o que podia eu ainda dizer? para o martyrio; tanto tinha encenada Entre nós ludo es tava dito. Eu mo re- om seu rosto a firmeza o a dôr. tirei depressa, temendo achar algu em de « Passando junto de mim, elle viu-me, casa que pudesse advinbar a minha im- 1 ',<,1arou 1 poz suas mãos sobre minha cabe– mensa commoção. ça, vo tou-s ~ para o grande crucifixo qu e occupa o altar, e me disse com um acento vr. que me fez extremecer: « Bon edi cta, mi – nha filha, diante de Deos vos entrego 3:0 O_s oito dias seguintes foram para mim vosrn senhor, e meu. Vôs é livre segun· mms longos que seculos. Não ousei voltar vossa vocação. >) Eu não pud e respou d er i a Hactan -CasLle. Sentia-me vivamente minhas lagrimas corriam ~II!- abu nd ª 1 ~– preoc~upado por saber o que era feito de eia. Tomei sua mão_ e lleJei-~- Ddepois Benedicta, quando na manhã de do- r etirou-se e eu fiquei só para agra ecer mingo foi- me entrJgue por 11m menino j a Deos. D~qui a u~. 1:1cz, meu L'adr~, cs– a seguinte rarta: tarei na Bclgira 01l1c1tando a honra rnes-
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