A Estrela do Norte 1864

~___,___::;sat':,:1Jilit 7- :ttt .,,,t.:.J? p ; 4Vêi 9 4êffi'' 5;•« ;;;; li Gi\-Z'.2&.lrfli E 5en ti men to o ennollrece l::mlo como o ele aspirar, mau g-rado ás suas m iseri as, á perfeição, á felicidade, a Deos, força é reconhecer a exccllcncia d,1 neli g ião, , cultival-a. üo te desa ni mem nem os mu it os hipo– critas, n em aqucllcs moLc,i :ulores, que ti– verem a ou adia do te chamar h ipocriLa, porque és r eligioso. Sem força de an imo n ão se adquire nenhu l!la Yirlutle, não se cumpre nenhum sublime <leYer : tam– bcm para ser pio, é mi ster não sei· pu– silanime. i\ lenos ninda te acobar de o s-r asso::i:: u.lo , como cbris tão, com muito cnl!'enhos Yulgarcs, pouco aptos a compreh en clcr toda a su bli mic!ade da nclig·ião: por qrn111 lo ainda q ue o n ,l;::-o póu , e deYc ser ll clig-io o, não se scg-110 cl'ahi que a Hclig-ião se.ia uma n1lgar idadc. O igno– ran te é igualmente obrigado ú. h oncs li– daclc ; clcvcrá por is o enYCl'/!'Onbar-sc o h omem culto d ser boncs t,)? Os t eu~ es tudos, L a Lua razão 1cm lc lcrndo a conhecer que não ha 11clig iãu mais pura elo qu e o cbri tiani. mo, mais i ·<m ta d'cn os, mais rc, plandcccn te cm s:rntiuadc, e r1uc mais manif slc o rn– r actcr de diYina. l\enh uma h a qu Lenha cont riJ1uiclo La nlo r "t adian tar, e gen eralizar a ci– vilisação, para abolir ou suaYisar a cs– craYidão, 1mra fazer sentir a todos os mortacs a sua fraternidade cm Deos, e com o mesmo Deos. Attcnta a t L'{lo isto, e cm part icu lar á s•Jliclcz das provas h islori cas da íl elig ião: cst~s são taes, qu e soppor lam todo o exame imparcial. E para n ão and::u·cs ill udiclo - por so– pll ismas ro n lrn. o Yttlor d'aqu cllas pro– yas, aju nta á. i ndag-açõt·::i a lembrança do grande numero d'homcn eminen te , que a· r cconhr.:cran .,or perfri tas, come– çanr' J por alg uns f,l u10sos pensadores do no&so tempo ató Dan te, a lC- s. Thorn az, atú San to Agostinho, al ,; os primcirns Padres da Ig reja. Todas as narõcs to olfcl'CC ' 111 illustrrs n omes, que n"cnlrnm incredulo ousaria desp1nar. o ccl~hrc naco n, lão cclr hrael ~ pela c•scolo. cmJ)irica, bem longe de ser w crc– dulo como o seu s ma is nrd cnf cs panc– g-irislas , :cm pro se declarou Christüo, Ch ri Lão cm G1·orio, a in da q ue cm nl1"U– mas cousas lt' 1uia enaclo; e rscrrH_eu n m tra tado ria rr>rilwlc r/11 Ikliuioo. I:c1h– n itz fo i um rl os mais sabio~ apolog-1~tas do Ch ri stiani sn10 . ew lon n iio ~e cnYcr – p;onhou tlc rompot· u111 lruta,lo .~ohrc a n ,11f n,-mfrf,1,/,, rln.< E,·,111ucllu .<. J.r,,·kc <'~- crcYeu áccrca elo Christianismo raciona– vel. O n osso Volta era um fl sico consum– maclo , e homem de yasta instrucção , e mostrou-se tod a a vida virLuosi ssimo Ca– tholico. Similhantcs espíritos, e muitos outro valem de cer to muito para ccrti – fl carcrn qn o Ch r istian ismo está cm per– fe ita h armonia com o saber; com aquellc saber, qu e ó multíplice nos seus conhe– cimentos, e nas suas indagações ; não r cstricto , unilateral, 011 pen ·ertido pelo excesso do cscarnco, e da irreligião. Si/via Pelhco . DE SANTO HONORATO, RISPO DE AR LES . lfan ,t1 clo es te car itatiYo prelado vasado quasi to.la a bolsa com os pobres, sobre– Ycio mai s nm ped indo esmola, a quem deu o r esto ; e di sse parn os circun st:mte : « Som du vida não tarcla aqui alguem que me traz alg uma cou, a , Yi sto qu e não tenho já que dar. » Assim succedco; por– que logo lhe vi eram novas offertas. UM TRATADO DA VIDA DE S. JOÃO DE DEOS . Foi S. João de Deos o primeiro cb ris– ti'í o, que na Europa se consagrou ao ser– viço dos pobres alienados. Não tendo re– cu rso algum para cu mprir seu gener oso desígnio, começou a vender lenh a no mercado, com o fim de empregar no ali– mento delles o produclo desta venda. Alu– gou depois u ma casa para asilo, e cu idou dos alienados com toda a aifcição cl'u m bon. pai. Passava elle os dias em soccor – rer c.s que j á tinha podido recolher, e as noites em ir buscar ou tros. Sustentado cm su a obra <le caridad e po r muitas pes– soas virtuosas, pode brevemente cngran– c.ecer seu es tabelecimento, e com alegria o via prosperar qu ando de r epente um medonho incendi o YCio pôr cm perigo os <lêploravcis obj ecLos de sua arnisadc e do seu cuidados . A vista das chammas , s. João r eune lodas suas forças para tentar salrnr e%es pobres que estavam envol– vidos nellas. Debaidc lhe representam, aue clle se expõe a perecer sem certcsa do uvral-os. " Se cu não tenho, r espondeu cllc, a. fclicidilclc de os linar, ao menos terei o mcrito de o ter tentado; e se mor– rer serei mart T da caridade. Pode-se dese– jar uma melh'or morte ? » E se lança aos dcsYcntu rados, a-travez dos perigos de toda especie, carrega uns após outros em suas costas, e desta maneira con_serva– lhcs a vida, para continuar a sc_r~1r -llrns cm um norn h ospital que lllc cr1 gm logo com as dadivas que cada um clepoz á seus prs.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0