A Estrela do Norte 1864
• Mii'2:':'.:7':a..:S-::.Xf ♦# # S"A 4.:..ti.crm.< Pii!Mft1$• ,:e-: q B & Ih #li ? -::-» ê& 1 15 m:asca..:.. .wwws.F.zn nada, o magico Simão elevou -se mages– tosamen te aos ares no meio dos applausos de todos os espectadores. u . Deixamos o magico Simão ergu endo-se aos ares, e São Pedro h u mildemente ajoe– lhado em uma pedra da r ua visinha. As supplicas do apostolo sobrepo,iaram o po– der infernal rlo magico, que derepen te cahiu como ferido de r aio, e qu ebrou a cabeça em terra. A multidào retlron-se estupefacta, descontente, e accusando em alta voz desta desgraça os christãos, de quem Simão era inimigo. Assim destes dous Simãos, um, entre– gando-se ao diabo, acabou miseravel– mente no dia em que julgava attingir o cu me das honras, e da fortuna; outro de– dicando-se á Deos, por suas h umildes vir– tudes e roLusta fé, adquirio uma gloria immortal. E' preciso fazer uma escolha destes dous destinos; n ão ha termo me– dia ; é preciso entregar-se á Deos, ou ao diabo. s. Pedro tinha orado com tanta energia, que quiz Deos perpetuar a memoria disto por um novo prodigio, e a pedra onde se tinha ajoelhado o apostolo conservou pro– fundamente gravado o signal de seu s joe– lhos. Esta pedra se acha preciosamente guardada na igrej a de Santa Francisca llo– mana , erigida no mesmo lugar, em que se deu este milagTe. Entretanto, os pa– gãos, secretamen te invej osos dos virtudes dos christãos, os accusavam de todas as desgraças publicas, e só procnravam pre– texto para desencadear contra clles seu adio. A Yirtude faz-se sempre detes tar daquelles que não tem coragem de imi– tal-a. O imper ador Nero, verdadeiro monstro de crueldade, matador de su a p ropria mãi, concebeu, para livrar-se des tes im– portunas discípu los de .Jesus Christo, o pr oj ecto mais odioso e mais cru el que se pode imaginar . Uma tarde ma ndou lan– çar fogo em quatro cantos de Homa. Do eira:lo de seu palacio, cujas immcnsas minas ain da h oje se Yeem' no mon te Pa Jatin_o, com fer oz alegr ia co~emplou este horrn el espectaculo. Separado do ince11- dio por vasto5 j ardins, via á seu s pés ex– tinguirem- se as c~rnmmas q_ue elle pro– prio tinha accendldo, e deleitava-se com os gemidos dos desgraçados surpr~hen– didos por esta ca tastr_op!1e. No dia se– guinte accusou os clmstaos de seupro– prio cri me • deu ordem de prender.ª todos e de enttreo'.al-os á ving·ança das leis, e ~o furor do p~vo. os supplicios mais tem- Yeis fornrn in reutados para os fo zcr perecer: uns foram lançados aos tig-res e aos leões ; ou trns afrogados cm azeite frr– ventc ; outros rül accr ado. por pentes de fel'l'o ; ou tros, emfim, cobertos de pez der– r etido, e accesos como tochas nos jardins de Nel'O. ( Coutlnuação. ) Desde cinco h oras en estava de p é, pre– sa de um verdadeiro cuidado . Sentia sem pond.erar muito uma gra nde rcspom abi– lidade prestes a pesar sobre mim , e, atra– vessando as grandes salas, julgaya ver os retra tos dos antepassados me olharem para me pedi r que full asse com pruden– cia e discripção. Miss Benedicta •estava já na capella. Ella confessou-se, commungou na missa que eu celebrei, e vi ainda lagrimas so– bre suas palpebras. Alguns momontõs depois desciamos por um doce decli ve no meio de frescas r lvas para um gr ande passeio, ao longo do qu al co rre um pequeno r io, cuj os l.it~ os são plantados de grand es arvores. Eu romp i por pr imeiro o silencio P"– noso a ambos. - Quizcstes fallar-me, mi nha fil ha ; pedistes meus soccorros e mett ro nsclho. Eis-me promp to ; que posso fazer 11or vós ? - Oh ! meu padre, annunciar-me a von tade de Doos. -O que é pois, minha filh a, qu e tanto rns perturba ? Me pareceis ser des as al– mas felizes, cuj o caminho es tá traçado ; todo o mundo YOS ama. Sois rica, ama– Yel e piedosa. Vosso pai chora pensando em Yós. Que afflicção secre ta pode alte– rar todas rssas alegrias? - Meu Padre, para <Jue cu li o Evange– lho? Ah! tudo o que me dizeis, sinto. e sei. Eu fui feliz até o anuo passado. Via a minha vida. como uma festa. Na verda– de era para mim u ma conti n ua alegria. - Pois bem, min b.a filha, nada mud0u. -Não, ni nguem mudou; ninguem se- não eu. - J\Ias emllm, que tendes? .- J\Ieu Padre, ao menos prometei-me chzer toda a verdade, e fallai-me .:.orno Ocos mesmo. lia ~ez mczes, pouco mais ou munas, que mil vezes por dia, peço á. Deu s qu e ponh a sua palavra cm vossos labios. Ah! Elle Yai me ou vir.
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