A Estrela do Norte 1864
IE~'l'IJ!!IE.lLft"i.-\ .C ~ ~-fl> R '..li'!E. - :""'""- ~ -?li& Q.I.:<:S ##;e; A iv..>lti'f :: '#R EI i :a ◄«t lt!Mf5wi1Clf&:. O .\;IBJCIOSO. Que idéa formais VÓ'"- do arnbicioso preocupado com o desejo tl0 se fazer gran– de? se eu vos dissesse qnc é um homem ini migo, por profiss:1o, dr. todos os ou– tros l.J.omcn s ( entendo <lc Lodos HC!uclles com quem cllc pode ter ro!ações de in– teresse), um homem para quem a pros– peridade de oulrem ó um supplicio; q ue não púde vrr o mcrito, cm qualquer su– jeito qu e se encontre, sem oüiar e sem o combater ; que não tem, nem fé nem sinceridade ; scmrc prompto, lo;;·o c1ue sej a necessario para os seu s intentos, a tra– hir u m, supplantar outro , a clcsücrcdi– tar este, e a perder artul'llc, por puuco que seja o proveito qnc J' Li espere ; que da sua prctendiua 'i':rndeza, da sua for Lun a, faz uma diYi n e, ú qual nã l!a nem amizade, nem reron rntimcnto, nem con idera01io, nem dever que nfto sacrifique, n ão l he faltan do trnr:as e dis– simulaçõe cspeciosas pa:'a o fazer h o– nestamente, segun do o mundo : cm u!l'.a pnlavra, se cu \'OS dissesse_que o ::tm?1- cioso é u m homem que nao ama a mn– guem, e a quom ningucm podo amar ; se eu Yol-o fi gurasse deste modo, não <li– r icis que eu vos fa;;ia a p int ura de um monstro na sociedad e ? E comtudo por pouco que mediteis sobre o que se pas– sa todos os dias no meio de Yós, não con– fessareis que este é o verdadeiro caracter da ambição ? Bourdaloue. QUA;-iTO t VAi\'TA JOSO TE R RECEBIDO BONS r lHNCIPIOS HA INFAi\'CJA . Um official qu e se tinha <lisli 1.mniõo em muitas occnsiõcs, cu.hiu c;n u oo falta con– traria á sua honra o ao seu e~tado ; o cm conscqucncia disso foi denunciado , ap– prehcndido e posto cm prisão; procc5sa– ram- no segundo as leis e tle\'ia ~cr ju sti– çado . Annunciaram-l~c se1:1- destin~, di– zendo-lhe que era prcc1so d1spor-se a ap– pareccr dian te do fi rande Ocos, prepa– rando sua consciencia. l\fas cm log~r de sentimentos do penitenci 1 L ellc só tmha o desespero. Grande numero de _pessoas piedosas e ministros do Jesus C!ms_to lhe fallam e exhor lam com o zcl~ II_!a1s ar– den te á morrer como bom chrislao ; mas ninguem pô<lc conseguir cousa al8"u~a, e eo.tc i nfeliz persistiu cm su~s .mas d1s– nosiçõcs. Por u ma grando frltc1dade, ou ân tes por um cffcilo admiravcl da Pro– videncia, chega á esta cidade, um_ sani o sacerdote ; faliam-lho da tris,c situaçao desse ofilcial, que mudara o nome que outr'oru trazia. Induzem-no a ir vcl-o o e ·hor tal-o a hem dispor-se; ellc parc ahi s di rige e no momen to cm que en tra na p risão o offkial o reconhece por ter sido seu mestre em seu s estudos : - Al1 ! mr u pai, lho diz clle todo trans– por laclo, ·ós me salrn tcs da por ta de uma elPrn i<lade desgraçad a : neste mo– mento cm que en tras tes, cu csta\·a prom– pto a lançar- me cm um precipício que está junto desta pri são; eu ia formando o f:alto vara ahi prccipit,ar-mc quando lcmlmü-me destas palavrQ.!, que vós sem– pre nos repetíeis : ~llom dum t111cle pcndet mtemd,1s, um momento d'onde depende uma eterni<ladc. Então cu disse á mim mesmo : Des;:rraçallo, como cu sou ! eis esse momento ! Este pen samento mo de– teve, e nesse mesmo instante vós appa– rrr('sLPs. Confessai- me, eu vos conj uro ; Yós fostes meu mcs tr em minha moci– dade, sede meu g- nia o meu soccorro na occasiiio ela morte. Elle faz sua con fissüo, se prepara a sof– frer sua sentença, o morre cmfim ·omo Yerdadciro christão. O CAnlPANA RIO DE PROBIDAUE . . Ha na ilha de Ré um uso mu ito antigo que testemunha a probidade dessa popu– lação boa·e christã. Quando ahi perde-se um objecto, quem o acha, leva- o ao sino da aldeia e ahi o pendura · o proprieta– rio não duvida achar esse objec lo porque ningucm u sa apossar-se dellc. Feliz o paiz qne guarda semelhantes costumes. §oneto. EM LOUVOR DO SANTJSSJMO ROSARIO. Refrigerio feliz nll calma ardente, companheiro fiél na vida e mor te, Antidoto sublime, santo o for te Contraosmales crueis da humana gen to ; 1 1Bm nossas trevas lu z resplandecen te l'/05 azares 1.la vida boa sorte ' Estrella brilnantissim'a elo ndrte Que condu z e illumina docemente ; The~ouro de prazer assás jucundo , Amigo sempre certo e generoso, Conselheiro leal e profundo : Tal o mimo suave e precioso Que o Ceo concedeo, povos do muncl o, ne Maria o Rosario portentoso.
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