A Estrela do Norte 1864
1. ( ~ 5S#Af2P 41;;;.r.m,_i.:a::u::rmmm:.z> ,:.; corado nem muito palido: era o véo transparente de uma alma grande. Pelas dez horas e meia despedi-me de meus hos– pedes, e em particular de Uenri quc, que me interessava muito desde que co– nheci os projectos de Lord Hactan; e sor– rindo me despedi de liss Bcnedicta que levantou-se, acendeu uma vela e m'a en– tregando disse-me cm voz baixa: -Esperai-me daqui á uma hora, o mais tardar. Eu a olhei mui to admirado. Ella res– pondeu ao meu olhar pondo o dedo sobre seus labios, e eu sahi pensativo. Era pouco mais de onze horas quando, ouvi um pequeno ruido na porta; !'.liss Bencdicta entrou e me dis5e Ianç:mdo-se de joel!Jüs : . . - Orai mcn Padre, oh ! orai por mim amanhã pela manhã. Eu não quero vos deixar sem·ter-vos aberto completamente Q meu coração, e não tenho coragem de fazel-o. Amanhã me levantarei ás seis horas, dizei vossa missa o mais cedo pos– sivel; depois ele vossa acção de graças, se o permittircles, sahiremos jun tos para o parque, e ás nove horas a carruagem de meu pai vos condnzirá ; tenho immensa necessidade do soccorro de vossos conse– füos e de vossas orações, porque meu co– ração está prestes a trahir-me. - ~las, minha filha, não podcriois des– de esta tarde? .. . .. - Oh ! não, meu Padre, não; quando eu vos tiYer fallad tudo se acabará, nüo tenho ainda coragem. - Até amanhã; clormí em paz debaixo da aza elo vosso bom anjo: cu vou orar por vós. ( Continúa.) Ai. e a dell'a de s. Peth·o ea1 B@HHI. Cada pastor celebrava antigamente a festa da sua ordenação, cujo dia se fazia notavel pelos regosij os publicos e pela pomp8: das ceremonias religiosas ; e des– se an tigo costume vem o consagrar-se uma época do anno á trasladação pai ncma ela séde augusta, cen o glorioso da Yerdade e ela unidade. Ninque~ ignora que s. Pedro estabele– ceu primeiramente a sua séde em Anthio– chia, nessa assembléa ele discípulos fieis que foram os primeil·os que mereceram o nomo de Christãos. l\Ias es ta conquista não era sufficiente para o ardente zelo do_ Apostolo; vencedor do demonio no Onenle, elle quiz ir a Roma para o ata- 1'/\r gfJ/11 e o ~cu t hrono : e a qual outro, senüo ao príncipe dos Apostolas, perten– cia ele direito o priYilcgio do plantar· a fé nesta soberba capital, que parecia não e ter tornado a patria do paganismo e da superstição, senão para vir a ser ao depois o foco da reli"'iü.o e ela virtude? Assim, a cadeira de Pedro devia pa ar e passou realmente de Arrtiochia , seu primeiro as– sento, para noma, sua immutavele eter– na sécle. Os sabios não são concordes ácerca da época desta trasladação; uns refc:rem-rnL ao anno 42, outros ao anno 66, e o maior numero ao anno 48 da era vulgar. Seja porém qual for a época certa da trasla– dação, não se pode levantar contra a sua realidade cspccie alguma de duvida, pois que este facto incontestavel é demonstra– do, ass~m pela autoridade ela historia, como pelo testemunho unanime de toda a tradição. Com razão pois o Papa Paulo IV, vendo que se celebrava esta festa em muitas igrejas especialmen te com o titu– lo ele Cadeira de s. Pedro em Antiochia, ordenou por meio de uma bulla expres– sa, em í5a8 , que se honrasse de um mo– do ai nda mais particular a sécle pontifi– cal, transportada pela autoridade do che– fe dos Apos tolos para a cidade de noma decorada pelos gentios, bem como pelo& christãos, com o nome prophetico de Ci– dade Eterna. O objecto desta festa, mais neccssaria do que nu nca nc tes dias de impiedade, ele insubordinação, ou de indilferença, é · recordar-nos, 1. 0 a firmeza incontrasla– vel deste eclificio fundado sobre a pedra, e contra o qual as vortas do inferno jámais pi'evalecmio; 2. 0 a obrigação em que es– tamos ele receber com r espeito todas as decisões emanadas desta fon te da verda– de, e de temer os raios em que todos os seculos teem esmagado o erro e os seus particlarios, segundo a bella expres ão ele Santo Ireneo. que com a autoridade destu Igreja, estabelecida pelos gloriosos Apostolas Pedro e Paulo pretende con~un– dir todos aquelles a quem a vangloria e cegueira induzem a procurar fóra do seu seio r iquezas de illusão e de engano_; 3.º a necessidade de nos conservarmos rns~– paravelrnente unidos a esta casta e um– ca esposa do Salvador, a qual ?ómente nos pode conduzir a essas nupcias _eter– nas que o celeste esposo hade um dia ~e– lebrar com os seus escolhidos na gloria, segundo es te oraculo de S. Cypriano: «Não tew a Deos por Pai aquello que nã.o tem a Igreja por l\lãe ; » e tambem: « Aquellc que não vive na unidade ela Igreja ó um estrangeiro, um profano, uni inimlg-o~ n 4. 0 a suhmi ssão plena e
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0