A Estrela do Norte 1864
.ti E§'r.REi..l,~ DO NOll'!'E, mentos que tu temes. (?s _homens, ~e~:.:- Eu quereria ter hoj e comnosco_ para to– busados de todos os preJu1zos da rellpao mar cl.J.á, uma duzia de bons amigos para e da beatice seriam ligados pela frater- te ouvirem· Como tu fali as bem! É a nidade · e demais, as leis, e ajustiça hu- primeira vez que ouço palavras bem ar– mana s~ber1am reprimir os attentados e rasoadas na bôca de uma mulher. delictos de lesa-sociedade. -Tu mofas de mim? - ,\leu amigo, a justira humana ó fra- - Não Peos me defenda! Ao contra- ca sem o appoio da justiça divina. Que rio tenJ{o gostado muito do que me tens pode a lei sobre a conscienr.i a ? Como é dit~. Tens querido provar que abolir a. que o braço da Justiça poderá reprimir religião é acabar com as batinas preta?, os casos que se passam no segrP,do das como diz Garibaldi, e com todas as toll– familias e dos quaes só Deos é testemu- ces que elles nos pregam ó o mesf!JO ~1ue nha? Tu sabes mais do que eu , quantos dizer que a sociedade se desmp ralt ~ 1111- e qnantos innumeraYeis crimes ficam mediatamente, e se entrega as maiores impunes na sociedade. E por ventura, é loucuras. E para isso trou xes te como só ladrão um Lucas? . .. E são só assas- exemplo a rernlução frauceza que é um sinos os malvados que apunllalam os- caso todo á parte. 1ensivamentc seu semelhante ? Sim, tua -Queres ainda outros exemplos ? Não justiça pune os malfeitores desco9ertos, 6 só a revolução fran ceza que se aponta. mas os assassinos da honra domestica, os Tu que és mais instrnido do que eu, qi.ie assassinos do pudor, os assassinos da vir- apenas sei fallar de meus bordados, tu Lucle como descobril-os? Ella é impoten- deves saber por tanto que os povos anti– t e neste caso. Sabes a lei que devia então g-os deixaram grandes Jiçõe~ aos povos dominar? é a lei do mais forte ; ella se- modernos. um a um tn veras desme~ – ria a unica, e de Lraço dado com o ~gois- brar- se e cahir á proporção que o senti– mo e com o interesse, tudo se poria ob manto relígioso diminuee que a corrup– seu abominavel domínio. ção augmenta. Não é vcrda?e por cxem- - ~fas, minha qu erida, espera! tu te plo, que noma _ti?lrn perchdo todas a exaltas e pareces querer lcrnr tudo de suas crenças rellgwsas quando debaten– rojo como teus balões. Não é a primeira do-se nos braço da dissolução ella sef! – arcada que tenho recebido nas canellas. tio seu imperio enfraquecer- e e cah1r Mas pensas, por exemplo , que só a reli- em rninas '? Tu mesmo me fallas te alg~1- i;-ião pode garantir a sociedade contra as mas vezes da historia de noma, e se na_o falta s que são naturaes á natureza do me engano eu te ouvi dizer qu e ella ti– homem? O paiz christão deixa por isso nha descido um a um todos os clegr~o de ter ladrões, malfeitores e assassinos da degradação mor al antes que o chn5- de todas as cspecies que tu apontaste~? tianismo a viesse regenerar. Nas festas - Narciso eu nunca folhem tantos 11- r elig·iosas profanação; debaixo dos porti– \TOS como tu; mas dize-me, não é ver- cos dos te'mplos, profanação; no segredo dade que a esperiencia tem mostra~o que dos santuarios domes ticos e na pompa os crimes, us desordens e a relaxaçao dos das ceremonias nacionaes, sempre .~or– Gos tumes cstiYeram sempre cm propor- m pção e infam ias. E tudo o qu~ a 1ma.– çilo com o enfraquecimento do senti meu- ginação pode conceber ~e mais dcg~a– to religioso ? Eu sempre vi apon tar nas dantn era consagrado, bc1.1 ado , e adorn- conversações de gente instruiu.a, como do. Não é essa a verdade, Narciso ? . exemplo desta ver dade, a Fran ça, que _ É verdade I Tu falla s como um 11- Volt~ire e os ouLros implos q1;1 e_ tu tanto vro, D. Maria. Mas eu nunca di ss? ~ue u_d~1ras, regcn~raram, elos i,re1m::os da rc- se deve despresar inteiramente a rellgiao. hg1ao . Que se v10 na l·rança quando Jc- T t cll or 1 !\Ias tu sabes, Narci- sus Christo foi l;anido dos altares, quan- - an ° m_ - 1 Úumano não pára em do uma outra deusa, cu,i o nome me farQ ! 0 , queéâ espJ ~~ vez regeitadas as verda– cóxar , foi adorada e ioseI'Rlada , quando · sna qt~ a. . s da religião o naufragio cmfim se prohibio de pron unciar o nome des pnmordreQuem foae d~ Jesus Chris– cl e Ocos? Qual a moral que abi reinou seráé comp \i~çar-se ni s braços de Vc- Llurante alguns annos ? qual a fraterni- to para dade que unia os homens? qual a lei que nus 1 . . .· castigava e punia ? Lê com um pouco de - Porqu~ me fazes_csja mJutia, D. '."'ª– :1Ltenção essa pagina de sangue da histo- ria ? Eu nao sou c~nsta~- como tu , isto r ia e tu me dirás o que pensas de uma é, não sou um de\ oto, na~ me conf~sso, sociedade scm'crenças e sem religião. não a.n90 rez!lndo o r ozano pela~ ruas, Oh I D. i 1aria , eu te admiro, e estou mas nao cre10 ter-l~ dado moti 0 vo al– llm _ t~nto vaidoso de _ter-te por IUl11her ! gnm de desgos to depois que somo, casn-
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