A Estrela do Norte 1864

' A ESTRELLA. UO NORTE. c.;;.a.:::::Ff N 51/i'T"';"'!"P' Stit 1·,n·:i dl! um novo dia que se levanta ~obre -~ humuni dadc, para dirigil-a durante <'~ta pl111 ·e de agita.ção febril e de progres– ~o material para um .futuro prospero, oc- 1·u1Lo aiuda em sombrias nuvens. O or– ~u1l10 e o cgoismo são as duas doenças que affligem as sociedades modernas. s. Vicente de Paulo por seus exemplos e pnr suas doutrinas apresenta ao mundo, na humildade e na cledicação, os dous re– rn edios unicos capazes de cural-as o de d.csviar della~ os perigos para com o es– tacto o os povos. ' _ 1. 0 Que magnifica li ção com effeilo para ;t Jgreja e para as sociedades, a modestia e a simplicidade tleste homem de Deo ! Durante a sua longa vida, e lá continua– mente .,m con tacto com a: classes as mais elevadas,; seu gcnio o conduz ató nos con– selhos do throno ; tol'na-se o arbitro dos grandes, dcstribuidor de to'das as gra.i;as, sua subida virtude attrahe todas as con– ·idcré\,ções e reune em torno de si o res– peito e a confiança do todos; é'a alma de tudo quanto se faz de magnanimo e de \Jom , e a sua influencia é a luz que gyra touas as intclligcncias através dos movi– mentos que agitam todo o corpo social. E entretanto mercc alguma ousa apro– ximar-se de sua pessoa. Sabe bem solli– d tar e obter os diamantes da rainha Anna J 'Austria. para soccorrer as necessidade do..s pobre . Porém Deus pão permitte que lenha di stincção alguma humana, nem qlIC sej a cJcvado á dignidade alguma da igrej a ou do estado. Foi dado ao mundo para tornar-se o modelo dos padres. Ora es te modelo é precioso em nossos dias. De hoj e em diante o clero não terá ou– Ira influencia sobre os povos que não seja a tl e sua virtude . Quanto mais fraco e pobre for o pon to d vi sta humano tanto maior será o seu lJOder para conquistar as ·almas e ganhar us corações, se souber iivrar-se de todo projccto pessoal e de todo interes e deste mundo. Se se desprender de todo o ele– mento terrestre; se abafar em i todo o :sentimento do ambi ção; e só a pirar em fim occultar-sc na sombra da humilda– dr, o eu lriumpho sobre o orgulho nosso seculo é ccl'to, e a cicdadc está salva. E La grande lição stá no fundo <le todos os movimentos que -0g-itam os povos. , 2. o uma graYe questão se colloca no seio da sociedade moderna.. E' Cf!1 rod_a della , 1110 gra\'itam todas as mLelllgcncws. Só dla ocrtt lta. o segredo do futm·o das gera- ções futu ras . . Esta questão é a da au toridade. Só tam– })em a religião poderá rcsolYel-a, porque 1:we só el\a possuo a luz q1ie esclarece ..a todo o homem que vem ao rnwtdo. O principio da agitação dos povos não é novo, sómente mudou de objecto. Ou tr'ora eram as he– resias que perturbavam a sociedade. Mas a calma se restabelecia, quando a igreja tinJ1a fixado de uma maneira invariavel as verdades que a duvida e a discussão consideravam incer tas. Hoje ,é a proprfa base da ordem soçial qú.e está cm questão. O trabalho que af– flige os espiritos e que agita os povos não tem outro flm, nos desígnios da Provi– dencia senão o de erguer todas as ruínas que o li vrc exame dcmocratico amontoou sobre clla. Bem depressa reapparecerá, , não duvidamos, brilha·ntc com as luzes da fe, e o edifü:io social poderá n ella de novo asse~tar-sc com, segurança e felici– dade. A rcligiüo conserva uma palavra do Ernngelho que dissipará todas as illu– sões, e que e.stá no fundo das grandes commoções que agitam o mundo. E' á ella que compete resolver o problema da au Loridad e,e da obcdicncia, da riquezn e .ela pobreza, que a razão humana sem ella jámais resolverá. <1 1 1 as nações, disse Jesus Chris~o, os príncipes dominam os povos, e os gran– des exercem obre elles o poder. Porém entre Yós assim não será. ,Aquellc que quizer ser o primeiro será o servo de to– dos ; as im como o filho do homem não veio para ser servido, porém para servir e dar a sua vida : Pl'inc11Jes gentiwn domi-· nanltll' romm, ct qui m11jol'eS sunt potestatmn eJ:m·c&nt in eos. Non itn erit inter vos. Qui 1;0/ uerit p rimt1s 1:s e eJ'it o'innium pc1-vus; sicut Füius homin is noii vcnit rninistl'Ctl'i secl rninis- tJ•m·r, P{ dare animam ,ç11r1m. » • ( Conti,iúo . ) Eclu~a ção 1•eiigiuas a. De cli fferentes instrucções p::tstoraes dos senhores Bispos de França, pas amo.s a extractar algumas passag·ens, em que re– luz o zelo que an ina estes Hlustrcs prela– dos, e que se fazem dignas da mais séria ponderação, em um tempo no qual com o mais pc1·tinaz empenho se di sseminam pGr toda a parte cs as perniciosíssimas doutrinas, quejáinfolizmentc se vão pro– pagando entre nós, pretendendo-se collo– car a philosoph~a acima da religião. " Loni:;-c de 1~os ~ p~nsamento de susci– tar aqm qucs toe irritantes que deixem ..,uspensas .as pessoas graves e reflexivas, e de ~xamrnar: se a ba_!>e cm -que repousa o l'nsmo publrno e tá em harmonia com

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