A Estrela do Norte 1864

do, p :i.ra ir allivi:r nos hospitaes aquelle I mam a suppressão de certas ordens: re- - ~cer_vo de todas as ~izerias humanas,_cu- nunciaria an tes a isso do que levar uma Ja vista tanto hum ilha o nosso orgulho, mão sacrilega á instituição das irmãs da quanto repugna á nossá delicadeza. Os car idade. povos separados ç.a communhão romana " Seria pouco conveniente em materia não tem imitado senão imperfeitamente de caridade fazer comparações e apreciar uma caridad~ tão ge:i;ierosa. (2~) a maio r ou menor utilidade das pessoas Podemos dizer aos ecclesiastrcos ( pro- que a ella se dedicam. Invoco sómente testantes) q~e julgaram durante o cho- em favor da effi cacia particular da obra , lera _dever cmdar <l:'" s~as mulheres e seus das irmãs da caridade nos hospitaes o filhos de preferencia as ovelhas que lhes testemunho dos inglezes. Todos whigs, foram confiadas, que os outros doentes toris, radi ca"s, dão testemunho dos im– não fi caram privados dos soccorros da mensos ser vi,ços que as irmã~da caridade Religião. As irmãs lhes deram todos os tem prestado nos hospitacs miliLares no socco1Tos possíveis e os padres çatholicos Oriente : to-aos ( lêde seus jornaes ), todos fi caram dia e noute jÚnto ao seu leito de proclamam a immensa superiori dade dos dores para os fortificar contra as angus- hospitaes dir igidos pelas irwãs da carl- tias da morte. (27) daá.e em relação aos que tem sido dirigi- - Um protestan te, M. Arnold, mandado dos, com muito maior despeza, pela admi- - em commissão pelo seugoverno para exa- ni stração ingleza. minar o estado da Jnstrucção publica em " ~1e parece além disto , senhores, que França, diz o seguinte: , as res{leitaveis irmãs exercem a carida- " Geralmente o povo prefere as escolas de como deve ser exercida em nosso se– 'da:. associações religiosas ás dos leigos. culo. Quanto ao que diz respeito ao sexo fcmi- "Temo pouco a influencia polijica que nino, está t'óra de toda a du vida: a su- podem e:l.'ercer, as irmãs da ca ridade e periori dade das escolas dirigidas pelas ou tras ordens que se dedicam á instrue– irmãs de caridade está acima de qual- ção popular. Na verdade, tenho tido mui– quer con testação. tas relações com as irmãs da caridade, u Causa-me admiração, dizia o Conde e nunca vi que ellas se occupassem da de Cavour, o vêr -erguer-se dos banco politica. Não é essa ordem, senhores, que da esquerda protestações con tra a ex i~- poderá exer cer alguma influencia em tencia das conqregações exclusivamente nossos negocios emquanto tivermos in– dedicadas á caridade . ... stituições livres, emquan to possuirmos " Mas declaro formalmente que nenhu- a liberdade da palavra e a liberdade da ma pressão, quer venha do -parlamento, imprensa. " quer de fóra, poderia resolver-me a as- Os pro testantes attribuem á escriptura signar uma lei que supprimisse as ordens sagrada demasiado poder, imaginando de caridade. Eu deixaria dez vezes o mi- que ella penetra nos corações como a pala-· nister io antes do que tornar-me solidar io vra .faltada e assim j ul<ram fazer tudo em um acto que, no meu pensar, faria pelo Christianismo, espalhando só a Bi– utn ma! immenso ao nosso paiz aos olhos blia nos paizes mais diversos. Neste pon- da Europa ci vilisada. " to, estamos muito atraz dos Catholicos. E continúa ainda Cavom· : Argreja Cathol ica õn viou sacerdotes, que, u Si m, senhores, a suppressão das ir- como os apostolas do Christo, annunciam m ãs da caridade seria o maior dos erros; ~m alta voz aos pagãos' a palavra de eu considero esta instituição como uma De0s. (28) Em seu pio entbusiasmo estes das que mais honram a religião, o catho- fi~i:s ser vos de noma se arriscaram nas licismo, a propria civ ilisação. Vivi mui- fl orestas inbospitas da velha Allemanha, tos annos nos paizes pro te tantes tive aventuraram-se na Gran-Bretanha, e pe– r clações com os hom ns mais hl;era netraram ató as frias regiões do Norte da ~e!igião reformada, o I_l1il itas vezes os habi tadas pel~s Godos. (29) l'ercorrer~m ouvi rnveJarem ao cathoh c1smo a insti- zonas estrangeiras, levando cm suas maos t1iiçio das irmãs da car ltlade . . . a cr uz e o Evangelho, e annunciando poT " ll epito-o, pois, S'.mhorcs, ainda qu-e toda a parte a paz do Senhor e suas divi– e l l es t , ja convencido queas necessidades nas promessas ; nós os vimos, no meio da época e o in teresse da civilisaoão recla- das populações selvagens, penetrar teme- (26) Voltaire. (Euvres. (27) Anmukung des Redacte~rs ~ines _nicl:t kathol. Blaltes von Saifll-Loms ( V1d. Ritter s .Tnhr l,11r h 18~' 1• 1'. lTT p. 25. (28) Bemerkunyen eines prot~stanten in Re11s; sen etc. 1824 p. 32. (29) D'. G. vou Ekendahl, Geschichte des schwe– rli•rhf'n l''lllc.1· unrf Reichs, T. I 1827 pa~. 3h2 . j

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0