A Estrela do Norte 1864
Do111u1gu ;l. n uo IU AE.STRELLA-_ DO NORTE. SOB o s AUSPICIOS r,e s. l!XC, n llV~IA, O s n . D, A!IITOl<IO llll ~!ACEDO COSTA, BISPO DO PA11Á. -~s 011•1ieus n•ell;gi@l!!~f!l jui!gadiu~ 11011.· e 0en•i1Dt41!11•es 1u•etestantes. 81\R\"E RESPOSTA E)f rAVOI\ DESSAS OílllEi\'S J?tLO J3LSPO DO PAP.A. n. ( Continúaç:io. ) , Um fidalgo de Saboia, Bernardo de Mcn– thon, que vivia de !l23 a f0 03, levantou sobre o cume dos Mpcs dous hospícios que tomaram depois delle o nome de Pe– queno e Grande S. Bernardo. Estes dous estabelecimentos em qu acham os via– Jantes, ha noYe seculos, abrigo contra os perigos á que se acham exp9sto.s 'atraYes– sanclo os Alpes durante o inverno, tem immortalisado seu nome nos annacs da humanidade. Ellc confiou o cuidado des– tes dous estabolecimenlos a monges da ordem ele S. Agostinho, que, no espírito do piedo o fundador, com uma abnegação sem excmpl9, exerceram sua missilo bos– pitalei ra aló a cpocba de Carlos Manoel I u Hei de Sardenha. Tendo tido " te principe discussões com os cantões suissos sobre a nomenção do prior, confiscou os bens do convento, e entregou a adm inístraçãcY dos hospícios a ecclesiaslicos !oculares que e en tregárarr. ao seu pio encargo com o mesmo amôr e dedicação. - A morada nesta montanha deserta, que é contada entre os pontos habitados como o que mais olevaçlio tem (2,340 metros ) apre– senta perigos de toda sorte. Um inverno eterno reina nestas alturas ; debalde se procuraria ahi uma arvore, uma moita, um ras~o sequer de vegetação; o alvor da nevo_ ollusca o olhar elo viajante. Toca ao horo1smo a ~eclicação destes ecclesiasti– cos, qu_e ah1 congregados dão soccôrro aos viaJantes desviados e acompanhados dos servos do ('.Qfin'nto, ns guiam atr:n'cr. Vcnitc ct ambulcmus in lumino Domini. 1S.\1. li, 5. destas montanhas do neve, e ministram, emprestam ou dão roupa aos pobres via– jan tes. C0ntam-se para mais ge 0,000 pessoas que atravessam annual Q101 te o monte S. Bernardo e que demoram mais ou mQnos Jompo no hospício. Pelas tor– mentas mais ter r.iveis, quando flocos dó neve obscurecem o dia, poem-se el!es a cami nho, acompanhados de cães fieis, para levar soccorros aos infelizes sepulta– dos debaixo das neves. (23) 'ada iguala a caridade verdadeiramente celeste que vela cm tantos conventos, á cabeceira elos pobres infcrmos cabidos.cm extrema miseria, e que lhes dá todos os soccorros d'arte, reconduzindo-os á vir– tude. Só Deos conhece esta dedicação e a recompeDsará sem duvida na. eternida– de. (24) Não conheço sobre a terra nada ·mai;, . veneravel do que as irmãs do caridade; virgens, distinctas muitas vezes pelo nas– cimento tan to quanto pela fortun a, pelo engenho atilado assim como pela bclleza, que'voluntariamcnto r enunciam a todos os bens da terra para soccorrer aos po– bres infcrmos o a mendigos c;ohortos tle andrajos. Lavam sem asco as chagas dos leprosos o curam suas ülceras. Calmas o resignadas, não se aterram com o stertor pos moribundos e procuram nlliviar.-lhes com brandas píJ.lavras o piedosas preces a pa sagem _para o outro mundo. Cer to só a Religião pode ,inspirar a energia neces– sçria para preencher tão difticeis de,reres, e a religião qqp dá esta energiadeve ser sem duvida a Yerdadeira. (25) Talyez, repete o-proJ?rio Voltaire, nada exista maior neste mundo do que o sa– criflcio, que faz um sexo delicado, da bcl– leza, da mocidade, do nascimento olcva- (23) Allg. d. Real Encyklopadic o. cd Leipzig, 1B~ii 1'. 1 p. GOG. (26) Schneidcr, 1. e. • F (25) Joh Wit genannt v. Doru:i;, ragn1e,1/ LJu y nu'ine,;1 LPhf'1l etc. Braunc:chwe1g.
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