A Estrela do Norte 1864
• 16 lher, a condessa Victotia, acaba do esca– pa~ á morto, tem dous filhos ; o conde Lmz casado com a princeza del Drago, e o conde Hercules, casado com a sobri– nha do cardeal Cadolini. o conde cae– tano é viuvo e não tem filhos . O finado conde José, antigo capitão do corpo de cavallaria, morreu á alguns annos e não de!xou progenie ; porém as quatro ir– mas, das quaes uma sómen te ainda vive deram grande numero de sobrinhos a~ Papa, este mesmos lhe dão muitos se– g~ndos sobrinhos. · Entl'etanto, convém dizel-o para gloria do Soberano Pontifi– ce1 e_sta pleiade de irmãos, de irmãs, elo sonrmhos, de segundos sobrinhos, nunca custou um real ao Estado da cgreja. ·c– nhum cargo, nenhum emprego, nenhu– ma m3ssão ; ninguem póde dizer que a elevaçao do cardeal i\Iastai á dignidade suprema, procurasse o miuimo accresci– mo de fortuna aos Mastai. UM RECONHECrnIENTO - O PAE E O FILHO. Com os embaixadores japonezes ( vin– dos ultimamente a Paris ) acha-se um interpreto ch amado Frantz Blcckmann . _Eis uma I?istoria a respeito delle que nao pode deixar do ser interessante aos nossos leitores. Seu p_~c era habitante da Hollanda. Alü, a occ..1.s1ao, o mar brando, fizeram que F~antz ompreheJ?-cles e viagens a paizes d!stantes,_ e J.)ed11:clo a seu pai sua ben– çao e mmto dmhell'o, embarco u-se n'um navio que partia para Batavia. Passaram-se annos sem nova alguma de Frantz . Sem duvida Fruntz era morto devo– rado por algum tigre, morto pelo frio ou submergido no abismos do oceano inqico. O velho pai, a quem a 'fortuna e a felicidade não favoreciam cm Amstar– dam , VC!D a Paris. Seus recursos acabaram-se, e elle r esol– veu escrever a um seu amigo pedindo– lhe emprestn.do uma pequena quantia. O amigo 1)10 respondeu logo (( en vio-te o que · me podes. Tambcm envio-te a photographia dos embaixauor!)s japol\Jll– zes. Ahi observarás ::i. feiçfi de um desses estrangeiros : é justamente o retr ;i.to de teu filho» o velho pai com e.!foito não pode dar credito a seus olhos. . São suas feições, seus olhos, sua esta– tura I sim, mas este trajo oriental Este alfange curvo, estas chi_ne~la s, esta cabeça r apada 1... Emfim, na~ importa. Eil-o que el)tra humildemente no pa– tco do Louvre (pa1acio do Cmperador) no momento rm qne o~ j;:i11011nrs ahrm. . EH~ ½'lnça u m oil1ar sobr e aquelle, cu – Jas fe1çoe es tavam-lhe no coração. "Frantz , exclamou elle, estendendo– lhe os braços, Frantz I és tu? ..... » Fran tz, ( porqu.e era justamen te clle) lançou-se aos br~ços de sim pai e abra– çara:m-se p,or mmto t.cmpo derramando lagnmas d alegria. Os embaixadores commovidos desta sce– ~a os rodearam com in t_ere so, e o pobre velho Blackmann está rico e feliz porque tornou a achar seu filho. Ciu.•011nil!!a ReHgi@sR. Ia-n_os esquecendo consignat· nn. nossa chromca 1:ma_ bella ceremonia que teve logar na 1gre,1a de Santo Alexmtra do– mingo 5 do corrente. S. Exc. r..evma., de– pois ele uma lissa cantada mandada cele– brar por alguns devotos em louvor da San– tissima Virgem, administrou o sacramen– to da Confirmação á cc1·ca do 400 pes ons. o mesmo Exm. Sr. ordenou que as esmolas dadas n 'essa occasião pelo · fieis no valor de 82,000 róis fossem recollüdas á caixa.– pia da diocese, para educação de meni– nos pobres, e sust~nto de pessoas desval– lidas, que rec bem subsidfüs de ta mes– ma caixa. - Continúa na dioce , graça aos ge– nerosos e forços cio Governo dr tn Provin– cia, o movimento para a edificaçã.o e res– ta?ra_ção dos. templos. Uma bella igreja foi feita, ~od a de i:iovo, em Gurupá, ces– sando a rndecencia com que eram ali celeb_r~do~ os sanctos l\iysterios em um p3:rd1ei_ro 1mm~mdo, cuja vista fazia tão tnste 1mpressao sobre os viajantes do Amazonas. Outra igreja se está edifican– do em Porto do Moz, e em poucos mezes e~tará prom~ta a de Mucajuba. Monsa– ras (em ~ar-1Jó) vai restau rar n sua. neos abençoa:ª os esforços combinadas do povo e _do Governq , e pouco a pou o ficará a d10cese p1:ov1da de templos decentes. - Tem-se ceiebrado todos os domingos pelas 7 horas da noite na igreja ele Santo Alexandre uma bcnç,1o solemne acom– panhada do canticos dos meninoél con– cqrrenclo .i:trande numero de fiéis. 'Essas pias reun10~s, que deixam sempre n'alma uma su:,,.ve impressão, são animadas pela p_al?-vra do n_osso E ·m. Prelado, quC! con– tmua a e_xphcar em e Lylo a.ecos irnl : todas as mtelligenr,ias os deveres fund ~ mcntaes da vida c-hristã. ª Typ. ela ESTRELJ.A DO NORTE. J
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